Interação dinâmica solo-estrutura : atenuação na catenária inversa de estacas torpedo para plataformas offshore

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hoch, Bruna Zakharia
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/107509
Resumo: Este trabalho determina a atenuação, provocada pelo solo, entre as cargas dinâmicas de entrada e saída no trecho de catenária inversa em estacas torpedo de plataformas offshore em função das diversas frequências de vibração aplicadas na linha de ancoragem. Para tanto são abordados assuntos gerais sobre os desafios enfrentados atualmente na indústria petrolífera, os quais motivam o presente estudo, assim como também conceitos de modelos reológicos, para caracterização do comportamento do solo, e de análise dimensional, para correta semelhança entre os dados gerados pelo modelo reduzido criado e o protótipo. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi tomado como base o caso típico fornecido pela Petrobras para o estudo, o qual define um torpedo com penetração no leito marinho de 28,8 metros, do ponto em que a linha de ancoragem encontra o solo, no Touch Down Point (TDP) até o padeye da âncora. Além disso, foi estabelecida em 45º a inclinação com que a plataforma tensiona esta linha de ancoragem e entre 3000 e 7000 kN a carga de projeto para as estacas. A Petrobras também forneceu as cargas no TDP, que se mantêm oscilando em torno de 4000 e 4500 kN, podendo alcançar um pico de até 6000 kN, e a densidade espectral, mostrando que há um pico na frequência de 0,1 Hz. Para os ensaios em laboratório, o solo foi modelado com uma proporção de 15% de bentonita e 85% de caulim com teor de umidade de 120%. Os experimentos foram divididos em ensaios estáticos e dinâmicos, sendo estudados ângulos de 0 a 55° de inclinação da linha de ancoragem. Nos ensaios estáticos foram aplicadas cargas correspondentes a até 9000 kN no protótipo. Nos ensaios dinâmicos, as tensões oscilantes foram aplicadas no modelo submetido a cargas correspondentes a 6400 e 4480 kN no protótipo. Foi feita varredura decrescente de frequências, e foram estudadas duas amplitudes na mesa vibratória. Os dados foram processados no Octave. Os resultados revelaram que a atenuação estática varia entre 20 a 30% por metro de catenária, durante o descarregamento. Os valores para atenuação total oscilaram entre 35 a 45% por metro de catenária, levando à conclusão de que existe atenuação dinâmica de aproximadamente 15% por metro de catenária. Também se concluiu que a atenuação possui relação com a resistência ao cisalhamento do solo, decrescendo com o aumento de carga, e que o efeito da viscosidade é praticamente inexistente, propondo a existência de um efeito dinâmico provavelmente não relacionado à frequência, ou então uma relação entre a atenuação dinâmica com a estática no carregamento.
id UFRGS-2_b034d0a3906a500589495c5319637a57
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/107509
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Hoch, Bruna ZakhariaRocha, Marcelo Maia2014-11-27T02:23:15Z2014http://hdl.handle.net/10183/107509000940530Este trabalho determina a atenuação, provocada pelo solo, entre as cargas dinâmicas de entrada e saída no trecho de catenária inversa em estacas torpedo de plataformas offshore em função das diversas frequências de vibração aplicadas na linha de ancoragem. Para tanto são abordados assuntos gerais sobre os desafios enfrentados atualmente na indústria petrolífera, os quais motivam o presente estudo, assim como também conceitos de modelos reológicos, para caracterização do comportamento do solo, e de análise dimensional, para correta semelhança entre os dados gerados pelo modelo reduzido criado e o protótipo. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi tomado como base o caso típico fornecido pela Petrobras para o estudo, o qual define um torpedo com penetração no leito marinho de 28,8 metros, do ponto em que a linha de ancoragem encontra o solo, no Touch Down Point (TDP) até o padeye da âncora. Além disso, foi estabelecida em 45º a inclinação com que a plataforma tensiona esta linha de ancoragem e entre 3000 e 7000 kN a carga de projeto para as estacas. A Petrobras também forneceu as cargas no TDP, que se mantêm oscilando em torno de 4000 e 4500 kN, podendo alcançar um pico de até 6000 kN, e a densidade espectral, mostrando que há um pico na frequência de 0,1 Hz. Para os ensaios em laboratório, o solo foi modelado com uma proporção de 15% de bentonita e 85% de caulim com teor de umidade de 120%. Os experimentos foram divididos em ensaios estáticos e dinâmicos, sendo estudados ângulos de 0 a 55° de inclinação da linha de ancoragem. Nos ensaios estáticos foram aplicadas cargas correspondentes a até 9000 kN no protótipo. Nos ensaios dinâmicos, as tensões oscilantes foram aplicadas no modelo submetido a cargas correspondentes a 6400 e 4480 kN no protótipo. Foi feita varredura decrescente de frequências, e foram estudadas duas amplitudes na mesa vibratória. Os dados foram processados no Octave. Os resultados revelaram que a atenuação estática varia entre 20 a 30% por metro de catenária, durante o descarregamento. Os valores para atenuação total oscilaram entre 35 a 45% por metro de catenária, levando à conclusão de que existe atenuação dinâmica de aproximadamente 15% por metro de catenária. Também se concluiu que a atenuação possui relação com a resistência ao cisalhamento do solo, decrescendo com o aumento de carga, e que o efeito da viscosidade é praticamente inexistente, propondo a existência de um efeito dinâmico provavelmente não relacionado à frequência, ou então uma relação entre a atenuação dinâmica com a estática no carregamento.application/pdfporEngenharia civilInteração dinâmica solo-estrutura : atenuação na catenária inversa de estacas torpedo para plataformas offshoreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EngenhariaPorto Alegre, BR-RS2014Engenharia Civilgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000940530.pdf000940530.pdfTexto completoapplication/pdf3609156http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/107509/1/000940530.pdf1179618f1ad121dfca9cceeeba59edb4MD51TEXT000940530.pdf.txt000940530.pdf.txtExtracted Texttext/plain170557http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/107509/2/000940530.pdf.txteed5a6ac56d01635916c4c2b20c6fb96MD52THUMBNAIL000940530.pdf.jpg000940530.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1159http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/107509/3/000940530.pdf.jpge2b7f5eab8fe736aa6d0267e3320ddeaMD5310183/1075092018-10-22 08:17:08.902oai:www.lume.ufrgs.br:10183/107509Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2018-10-22T11:17:08Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Interação dinâmica solo-estrutura : atenuação na catenária inversa de estacas torpedo para plataformas offshore
title Interação dinâmica solo-estrutura : atenuação na catenária inversa de estacas torpedo para plataformas offshore
spellingShingle Interação dinâmica solo-estrutura : atenuação na catenária inversa de estacas torpedo para plataformas offshore
Hoch, Bruna Zakharia
Engenharia civil
title_short Interação dinâmica solo-estrutura : atenuação na catenária inversa de estacas torpedo para plataformas offshore
title_full Interação dinâmica solo-estrutura : atenuação na catenária inversa de estacas torpedo para plataformas offshore
title_fullStr Interação dinâmica solo-estrutura : atenuação na catenária inversa de estacas torpedo para plataformas offshore
title_full_unstemmed Interação dinâmica solo-estrutura : atenuação na catenária inversa de estacas torpedo para plataformas offshore
title_sort Interação dinâmica solo-estrutura : atenuação na catenária inversa de estacas torpedo para plataformas offshore
author Hoch, Bruna Zakharia
author_facet Hoch, Bruna Zakharia
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Hoch, Bruna Zakharia
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Rocha, Marcelo Maia
contributor_str_mv Rocha, Marcelo Maia
dc.subject.por.fl_str_mv Engenharia civil
topic Engenharia civil
description Este trabalho determina a atenuação, provocada pelo solo, entre as cargas dinâmicas de entrada e saída no trecho de catenária inversa em estacas torpedo de plataformas offshore em função das diversas frequências de vibração aplicadas na linha de ancoragem. Para tanto são abordados assuntos gerais sobre os desafios enfrentados atualmente na indústria petrolífera, os quais motivam o presente estudo, assim como também conceitos de modelos reológicos, para caracterização do comportamento do solo, e de análise dimensional, para correta semelhança entre os dados gerados pelo modelo reduzido criado e o protótipo. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi tomado como base o caso típico fornecido pela Petrobras para o estudo, o qual define um torpedo com penetração no leito marinho de 28,8 metros, do ponto em que a linha de ancoragem encontra o solo, no Touch Down Point (TDP) até o padeye da âncora. Além disso, foi estabelecida em 45º a inclinação com que a plataforma tensiona esta linha de ancoragem e entre 3000 e 7000 kN a carga de projeto para as estacas. A Petrobras também forneceu as cargas no TDP, que se mantêm oscilando em torno de 4000 e 4500 kN, podendo alcançar um pico de até 6000 kN, e a densidade espectral, mostrando que há um pico na frequência de 0,1 Hz. Para os ensaios em laboratório, o solo foi modelado com uma proporção de 15% de bentonita e 85% de caulim com teor de umidade de 120%. Os experimentos foram divididos em ensaios estáticos e dinâmicos, sendo estudados ângulos de 0 a 55° de inclinação da linha de ancoragem. Nos ensaios estáticos foram aplicadas cargas correspondentes a até 9000 kN no protótipo. Nos ensaios dinâmicos, as tensões oscilantes foram aplicadas no modelo submetido a cargas correspondentes a 6400 e 4480 kN no protótipo. Foi feita varredura decrescente de frequências, e foram estudadas duas amplitudes na mesa vibratória. Os dados foram processados no Octave. Os resultados revelaram que a atenuação estática varia entre 20 a 30% por metro de catenária, durante o descarregamento. Os valores para atenuação total oscilaram entre 35 a 45% por metro de catenária, levando à conclusão de que existe atenuação dinâmica de aproximadamente 15% por metro de catenária. Também se concluiu que a atenuação possui relação com a resistência ao cisalhamento do solo, decrescendo com o aumento de carga, e que o efeito da viscosidade é praticamente inexistente, propondo a existência de um efeito dinâmico provavelmente não relacionado à frequência, ou então uma relação entre a atenuação dinâmica com a estática no carregamento.
publishDate 2014
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2014-11-27T02:23:15Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2014
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/107509
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000940530
url http://hdl.handle.net/10183/107509
identifier_str_mv 000940530
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/107509/1/000940530.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/107509/2/000940530.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/107509/3/000940530.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 1179618f1ad121dfca9cceeeba59edb4
eed5a6ac56d01635916c4c2b20c6fb96
e2b7f5eab8fe736aa6d0267e3320ddea
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br
_version_ 1817724571336310784