Estudo de alternativas para a estrutura sem transição de um edifício comercial em concreto armado utilizando como condicionante de projeto a malha de pilares para vagas de estacionamento

• Autor(a) principal: Daniel, Eduardo Carneiro
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/218098
• topic: Engenharia civil; Concreto armado; Pilares; Edifícios comerciais; Estacionamento

O presente trabalho busca analisar quantitativamente cinco concepções estruturais para um mesmo edifício comercial de dez pavimentos em concreto armado, sendo os dois primeiros pavimentos garagem, e os outros oito, salas comerciais. Tem-se como condicionante de projeto o espaçamento entre pilares necessário para a alocação de vagas de garagem nos dois primeiros pavimentos sem a necessidade de vigas de transição, pois entende-se que estes elementos são utilizados quando não há um desenvolvimento conjunto e unificado entre o projeto arquitetônico e o estrutural. Além disso, estas estruturas frequentemente geram custos maiores, maior dificuldade de execução, e por fim, impactam o pé direito dos pavimentos. Sendo assim, os pilares foram distribuídos em eixos espaçados de 5 x 5m e 7,5 x 7,5 m, possibilitando a colocação, respectivamente, de duas e três vagas de estacionamento entre eles; considerando o disposto na lei complementar municipal nº 284 de Porto Alegre. Foram adotadas as dimensões de 2,5 x 5 m para cada vaga de estacionamento, incluindo a folga para os pilares. Após a elaboração de uma planta arquitetônica simplificada que possibilitasse o uso destas malhas de pilares, cujo desenvolvimento foi realizado de maneira a aproximar-se de um projeto arquitetônico real, foi utilizado o programa computacional TQS para o estudo das viabilidades técnica e econômica. As cinco concepções escolhidas foram: pilares distribuídos em malha de 5 x 5m com lajes maciças e com lajes nervuradas; pilares distribuídos em malha de 7,5 x 7,5m com lajes maciças, com lajes maciças com vigas formando uma malha de 3,75 x 3,75m e, por fim, com lajes nervuradas. Posteriormente ao lançamento e projeto das estruturas correspondentes de modo a atender todas as exigências de Estado Limite Último e de Serviço das normas brasileiras, comparou-se o consumo de concreto, armaduras e fôrmas em cada uma das opções estudadas, bem como os custos de mão de obra. As configurações mais econômicas resultaram na utilização de malhas estruturais de 5x5m. O uso de lajes nervuradas para essa malha resultou em quantitativos menores que os correspondentes para lajes maciças, mas o mesmo custo total devido à mão de obra. Para a malha de 7,5x7,5m, as opções mais econômicas foram com o uso de lajes nervuradas, embora o custo da estrutura tenha sido maior que na configuração de malha de 5x5m. Os resultados obtidos indicam que as comparações entre sistemas estruturais visando identificar o mais eficiente economicamente devem obrigatoriamente considerar os custos totais, incluindo mão de obra, e a edificação como um todo, e não somente partes da mesma, ou apenas os quantitativos de materiais.