Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO). : III. texturas e composição química dos corpos máficos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Strieder, Adelir Jose
Data de Publicação: 1992
Outros Autores: Nilson, Ariplinio Antonio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/263892
Resumo: Quatro grandes corpos máficos afloram na região de Abadiânia. Eles foram intensamente deformados e metamorfizados com as rochas metassedimentares onde estão tectonicamente alojados. Este estudo dos corpos máficos abrange uma ampla descrição e análise das suas feições petrográficas e, posteriormente, uma investigação da sua natureza petroquímica e do posicionamento tectônico de onde derivam. A análise petrográfica revelou evidências texturais que permitiram identificar a estabilidade de uma mesma paragênese metamórfica principal nas fases deformacionais observadas, definir as condições de temperatura (550-600°C) e de pressão (> 5 kbar) do metamorfismo e sugerir um protolito gabróico, ao invés de vulcânico, para os corpos máficos. A partir desta última característica, foi realizada uma investigação química para avaliar a ocorrência de processos acumulativos, já que eles podem Ter modificado a composição química do magma inicial e, conseqüentemente, mudar os procedimentos para avaliar a afinidade geoquímica destas rochas. Como nenhum efeito de processos acumulativos foi observado, um grupo de diagramas petroquímicos que empregam elementos menores e traços foi usado para indicar a sua afinidade geoquímica e o seu posicionamento tectônico original. Por este procedimento, sugere-se que as rochas máfícas da região de Abadiânia possuem afinidade com basaltos toleíticos de alto-K e representam rochas formadas em sistemas de arcos-de- ilhas. A Ultima associação com os corpos de serpentinito de natureza harzburgítica mostra que os corpos máficos podem ter sido originalmente parte de uma seqüência ofiolítica completa, mas, hoje, fazem parte da melange ofiolítica identificada no Estado de Goiás.
id UFRGS-2_bf2385c794b82ff39ec576cc0c2c1476
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/263892
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Strieder, Adelir JoseNilson, Ariplinio Antonio2023-08-23T03:29:52Z19920375-7536http://hdl.handle.net/10183/263892000485283Quatro grandes corpos máficos afloram na região de Abadiânia. Eles foram intensamente deformados e metamorfizados com as rochas metassedimentares onde estão tectonicamente alojados. Este estudo dos corpos máficos abrange uma ampla descrição e análise das suas feições petrográficas e, posteriormente, uma investigação da sua natureza petroquímica e do posicionamento tectônico de onde derivam. A análise petrográfica revelou evidências texturais que permitiram identificar a estabilidade de uma mesma paragênese metamórfica principal nas fases deformacionais observadas, definir as condições de temperatura (550-600°C) e de pressão (> 5 kbar) do metamorfismo e sugerir um protolito gabróico, ao invés de vulcânico, para os corpos máficos. A partir desta última característica, foi realizada uma investigação química para avaliar a ocorrência de processos acumulativos, já que eles podem Ter modificado a composição química do magma inicial e, conseqüentemente, mudar os procedimentos para avaliar a afinidade geoquímica destas rochas. Como nenhum efeito de processos acumulativos foi observado, um grupo de diagramas petroquímicos que empregam elementos menores e traços foi usado para indicar a sua afinidade geoquímica e o seu posicionamento tectônico original. Por este procedimento, sugere-se que as rochas máfícas da região de Abadiânia possuem afinidade com basaltos toleíticos de alto-K e representam rochas formadas em sistemas de arcos-de- ilhas. A Ultima associação com os corpos de serpentinito de natureza harzburgítica mostra que os corpos máficos podem ter sido originalmente parte de uma seqüência ofiolítica completa, mas, hoje, fazem parte da melange ofiolítica identificada no Estado de Goiás.Four large mafic bodies outcrop in the Abadiânia region. The bodies were strongly deformed and metamorphosed together with the metasedimentary sequence were they are tectonically emplaced. This mafic bodies study embraces the description and the analysis of their petrographic features and, later, the evaluation of their petrochemistry and the tectonic setting where they come from. The petrographic analysis showed textura! evidences that permited to indicate the estability of an unique metamorphic assemblage in the observed deformational phases, define the metamorphic temperature (550-600°C) and pressure (>5 kbar) conditions, and suggest a gabbroic protolith instead of a volcanic one. In this way, a chemical investigation was put foward to evaluate the occurence of cumulative processes in the original rock, since these processes could have modified the chemical composition and, consequently, may change the procedures used to investigate the geochemical affinity of them. No cumulative effects were observed and, thus, a serie of minor element diagrams were used to indicate their geochemical affinity and geotectonic setting. By this approach, it is suggested that the mafic rocks outcroping in the Abadiânia region display a high-K tholeiitic basalt affinity and represent rocks of a island-arc setting. The intimate relationship to serpentinite bodies of harzburgitic composition show that mafic bodies may have originally been part of a complete ophiolite sequence, but are presently tectonic fragments in the ophiolitic melange identified in Goiás Stateapplication/pdfengRevista Brasileira de Geociências. São Paulo. Vol. 22, n. 3 (1992), p. 363-371PetroquímicaRochasSerpentinitoMafic rocks petrochemistryAbadiânia melange ophiolitic fragmentsGoiás, BrazilEstudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO). : III. texturas e composição química dos corpos máficosPetrological study of some tectonic fragments of the ophiolitic mélangetn Abadiânia (GO) : III- textures and chemical composition of the mafic bodiesinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000485283.pdf.txt000485283.pdf.txtExtracted Texttext/plain45518http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/263892/2/000485283.pdf.txt2d6c9c3778940e742be2c52f739303eaMD52ORIGINAL000485283.pdfTexto completoapplication/pdf1069477http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/263892/1/000485283.pdfbf94f4c160c87c950f3e7999e1c69fcaMD5110183/2638922023-08-24 03:34:03.860609oai:www.lume.ufrgs.br:10183/263892Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-08-24T06:34:03Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO). : III. texturas e composição química dos corpos máficos
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Petrological study of some tectonic fragments of the ophiolitic mélangetn Abadiânia (GO) : III- textures and chemical composition of the mafic bodies
title Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO). : III. texturas e composição química dos corpos máficos
spellingShingle Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO). : III. texturas e composição química dos corpos máficos
Strieder, Adelir Jose
Petroquímica
Rochas
Serpentinito
Mafic rocks petrochemistry
Abadiânia melange ophiolitic fragments
Goiás, Brazil
title_short Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO). : III. texturas e composição química dos corpos máficos
title_full Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO). : III. texturas e composição química dos corpos máficos
title_fullStr Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO). : III. texturas e composição química dos corpos máficos
title_full_unstemmed Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO). : III. texturas e composição química dos corpos máficos
title_sort Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO). : III. texturas e composição química dos corpos máficos
author Strieder, Adelir Jose
author_facet Strieder, Adelir Jose
Nilson, Ariplinio Antonio
author_role author
author2 Nilson, Ariplinio Antonio
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Strieder, Adelir Jose
Nilson, Ariplinio Antonio
dc.subject.por.fl_str_mv Petroquímica
Rochas
Serpentinito
topic Petroquímica
Rochas
Serpentinito
Mafic rocks petrochemistry
Abadiânia melange ophiolitic fragments
Goiás, Brazil
dc.subject.eng.fl_str_mv Mafic rocks petrochemistry
Abadiânia melange ophiolitic fragments
Goiás, Brazil
description Quatro grandes corpos máficos afloram na região de Abadiânia. Eles foram intensamente deformados e metamorfizados com as rochas metassedimentares onde estão tectonicamente alojados. Este estudo dos corpos máficos abrange uma ampla descrição e análise das suas feições petrográficas e, posteriormente, uma investigação da sua natureza petroquímica e do posicionamento tectônico de onde derivam. A análise petrográfica revelou evidências texturais que permitiram identificar a estabilidade de uma mesma paragênese metamórfica principal nas fases deformacionais observadas, definir as condições de temperatura (550-600°C) e de pressão (> 5 kbar) do metamorfismo e sugerir um protolito gabróico, ao invés de vulcânico, para os corpos máficos. A partir desta última característica, foi realizada uma investigação química para avaliar a ocorrência de processos acumulativos, já que eles podem Ter modificado a composição química do magma inicial e, conseqüentemente, mudar os procedimentos para avaliar a afinidade geoquímica destas rochas. Como nenhum efeito de processos acumulativos foi observado, um grupo de diagramas petroquímicos que empregam elementos menores e traços foi usado para indicar a sua afinidade geoquímica e o seu posicionamento tectônico original. Por este procedimento, sugere-se que as rochas máfícas da região de Abadiânia possuem afinidade com basaltos toleíticos de alto-K e representam rochas formadas em sistemas de arcos-de- ilhas. A Ultima associação com os corpos de serpentinito de natureza harzburgítica mostra que os corpos máficos podem ter sido originalmente parte de uma seqüência ofiolítica completa, mas, hoje, fazem parte da melange ofiolítica identificada no Estado de Goiás.
publishDate 1992
dc.date.issued.fl_str_mv 1992
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-08-23T03:29:52Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/263892
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0375-7536
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000485283
identifier_str_mv 0375-7536
000485283
url http://hdl.handle.net/10183/263892
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista Brasileira de Geociências. São Paulo. Vol. 22, n. 3 (1992), p. 363-371
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/263892/2/000485283.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/263892/1/000485283.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 2d6c9c3778940e742be2c52f739303ea
bf94f4c160c87c950f3e7999e1c69fca
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801225097175891968