Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO) : II. cromita primária e suas transformações metamórficas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Strieder, Adelir Jose
Data de Publicação: 1992
Outros Autores: Nilson, Ariplinio Antonio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/263866
Resumo: As ocorrências de cromita nos corpos de serpentinito alojados nos Metassedimentos Araxá têm sido descritas como podiformes. Isto é feito principalmente com base nas feições texturais observadas, já que as análises químicas são escassas e genéricas. Este artigo apresenta os resultados de uma aprofundada análise petrográfica e petroquímica dos cromititos presentes nos corpos deformados, mas se pôde reconhecer texturas primárias do tipo: schlieren disseminada a maciça com glomeropórfiros. nodular e globular. Os grãos individuais de cromita são grossos e subédricos-anédricos; possuem núcleo com cor cinza escura homogênea e bordos cinza-claro extremamente corroídos no contato com a clorita. Com base na petrografia e na petroquímica, sugere-se duas fases de transformação metamórfica para a cromita: 1. cromita com Al + antigorita → cromita com Fe (III) + clorita com Al. caracterizada pela acentuada trocade Al3+; 2. cromita com Fe (III) + clorita com A1A → cromita com Fe (III) + clorita com Al e Cr + hematita + rutilo. que envolve a retirada de Cr3+ para formar a clorita avermelhada de bordo e de Fe3++Ti4+ara formar as exoluções de hematita + rutilo. A cromita primária e a metamórfica também são quimicamente fáceis de distinguir. A cromita Fe (III) possui razão Cr3+/Cr3+ + Al3+ superior a 0,45 e razão Mg2+/Mg2+ + Fe2+ entre 0,8 eO,4, além de decréscimos importantes de Cr3+, com aumento de Fe na segunda fase de transformação metamórfica. Os núcleos de cromita cinza-escura têm composição muito restrita: razão Cr3+/Cr3++Al3+ entre 0,33 e 0,39 e razão Mg2+/Mg2+ + Fe2+ entre 0,8 e 0,6; representam, assim, a composição da cromita primária podiforme.
id UFRGS-2_c5fef6097085d3742b24ad58b1bcd007
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/263866
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Strieder, Adelir JoseNilson, Ariplinio Antonio2023-08-23T03:28:45Z19920375-7536http://hdl.handle.net/10183/263866000485280As ocorrências de cromita nos corpos de serpentinito alojados nos Metassedimentos Araxá têm sido descritas como podiformes. Isto é feito principalmente com base nas feições texturais observadas, já que as análises químicas são escassas e genéricas. Este artigo apresenta os resultados de uma aprofundada análise petrográfica e petroquímica dos cromititos presentes nos corpos deformados, mas se pôde reconhecer texturas primárias do tipo: schlieren disseminada a maciça com glomeropórfiros. nodular e globular. Os grãos individuais de cromita são grossos e subédricos-anédricos; possuem núcleo com cor cinza escura homogênea e bordos cinza-claro extremamente corroídos no contato com a clorita. Com base na petrografia e na petroquímica, sugere-se duas fases de transformação metamórfica para a cromita: 1. cromita com Al + antigorita → cromita com Fe (III) + clorita com Al. caracterizada pela acentuada trocade Al3+; 2. cromita com Fe (III) + clorita com A1A → cromita com Fe (III) + clorita com Al e Cr + hematita + rutilo. que envolve a retirada de Cr3+ para formar a clorita avermelhada de bordo e de Fe3++Ti4+ara formar as exoluções de hematita + rutilo. A cromita primária e a metamórfica também são quimicamente fáceis de distinguir. A cromita Fe (III) possui razão Cr3+/Cr3+ + Al3+ superior a 0,45 e razão Mg2+/Mg2+ + Fe2+ entre 0,8 eO,4, além de decréscimos importantes de Cr3+, com aumento de Fe na segunda fase de transformação metamórfica. Os núcleos de cromita cinza-escura têm composição muito restrita: razão Cr3+/Cr3++Al3+ entre 0,33 e 0,39 e razão Mg2+/Mg2+ + Fe2+ entre 0,8 e 0,6; representam, assim, a composição da cromita primária podiforme.The chromite occurrences of the serpentinite bodies emplaced in the Araxá metasediments have long been described as podiform. This is chiefly based on their textura! features, since the chemical analysis are scarce. This paper shows the results of a careful petrographic and petrochemical study of the chromitites present in the Abadiânia (GO) serpentinite bodies. The chromitites are variably deformed, but it is yet possible to recognize primary textures such as: glomeroporphyric disseminated to massive schlieren, nodular and globular. The individual grains are coarse and subhedral to anhedral; they have homogeneous dark-gray core and light-gray bordures extremely corroded in contact with chlorite. Based on petrography and petrochemistry, two phases of metamorphic transformation of the chromite are suggested: 1. Aluminian chromite+antigorite -> ferrian chromite+aluminian chlorite, characterized by the accentuated Al3+ change; 2. Ferrian chromite-f aluminian chlorite -> ferrian chromite + Aluminian chromian chlorite + hematite+rutile. involving the remotion of Cr3+ to form contact reddish chlorite and of Fe3++Ti4+ to form the hematite+rutile, exsolutions. The primary and metamorphic chromite are also chemically easy to be distinguished. The ferrian chromite has Cr3+/Cr3+ + Al3+ ratio greater than 0,45 and Mg2+/Mg2+ + Fe2+ between 0,8 and 0,4, besides important Cr3+ decreases and Fe increases of the second metamorphic transformation. The dark-gray chromite cores have a very restrictive composition: Cr3+/Cr3+ + Al3+ ratio between 0,33 and 0,39 and Mg2+/Mg2++Fe2+ ratio between 0,8 and 0,6; then, this composition represents the original podiform chromite.application/pdfengRevista Brasileira de Geociências. São Paulo. Vol. 22, n. 3 (1992), p. 353-362PetroquímicaRochasSerpentinitoChromiteMineral chemistryAbadiânia ophiolitic melangeEstudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO) : II. cromita primária e suas transformações metamórficasPetrological study of some tectonic fragments of the ophiolitic mélangetn Abadiânia (GO) : II- the primary chromite and metamorphic modificationsinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000485280.pdf.txt000485280.pdf.txtExtracted Texttext/plain38721http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/263866/2/000485280.pdf.txt82751ff5707d3644983064f327a2e961MD52ORIGINAL000485280.pdfTexto completoapplication/pdf1363173http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/263866/1/000485280.pdf185cec629ea13eae51d0ea33ca51559fMD5110183/2638662023-08-24 03:33:01.593936oai:www.lume.ufrgs.br:10183/263866Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-08-24T06:33:01Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO) : II. cromita primária e suas transformações metamórficas
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Petrological study of some tectonic fragments of the ophiolitic mélangetn Abadiânia (GO) : II- the primary chromite and metamorphic modifications
title Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO) : II. cromita primária e suas transformações metamórficas
spellingShingle Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO) : II. cromita primária e suas transformações metamórficas
Strieder, Adelir Jose
Petroquímica
Rochas
Serpentinito
Chromite
Mineral chemistry
Abadiânia ophiolitic melange
title_short Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO) : II. cromita primária e suas transformações metamórficas
title_full Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO) : II. cromita primária e suas transformações metamórficas
title_fullStr Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO) : II. cromita primária e suas transformações metamórficas
title_full_unstemmed Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO) : II. cromita primária e suas transformações metamórficas
title_sort Estudo petrológico de alguns fragmentos tectônicos da melange ofiolítica em Abadiânia (GO) : II. cromita primária e suas transformações metamórficas
author Strieder, Adelir Jose
author_facet Strieder, Adelir Jose
Nilson, Ariplinio Antonio
author_role author
author2 Nilson, Ariplinio Antonio
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Strieder, Adelir Jose
Nilson, Ariplinio Antonio
dc.subject.por.fl_str_mv Petroquímica
Rochas
Serpentinito
topic Petroquímica
Rochas
Serpentinito
Chromite
Mineral chemistry
Abadiânia ophiolitic melange
dc.subject.eng.fl_str_mv Chromite
Mineral chemistry
Abadiânia ophiolitic melange
description As ocorrências de cromita nos corpos de serpentinito alojados nos Metassedimentos Araxá têm sido descritas como podiformes. Isto é feito principalmente com base nas feições texturais observadas, já que as análises químicas são escassas e genéricas. Este artigo apresenta os resultados de uma aprofundada análise petrográfica e petroquímica dos cromititos presentes nos corpos deformados, mas se pôde reconhecer texturas primárias do tipo: schlieren disseminada a maciça com glomeropórfiros. nodular e globular. Os grãos individuais de cromita são grossos e subédricos-anédricos; possuem núcleo com cor cinza escura homogênea e bordos cinza-claro extremamente corroídos no contato com a clorita. Com base na petrografia e na petroquímica, sugere-se duas fases de transformação metamórfica para a cromita: 1. cromita com Al + antigorita → cromita com Fe (III) + clorita com Al. caracterizada pela acentuada trocade Al3+; 2. cromita com Fe (III) + clorita com A1A → cromita com Fe (III) + clorita com Al e Cr + hematita + rutilo. que envolve a retirada de Cr3+ para formar a clorita avermelhada de bordo e de Fe3++Ti4+ara formar as exoluções de hematita + rutilo. A cromita primária e a metamórfica também são quimicamente fáceis de distinguir. A cromita Fe (III) possui razão Cr3+/Cr3+ + Al3+ superior a 0,45 e razão Mg2+/Mg2+ + Fe2+ entre 0,8 eO,4, além de decréscimos importantes de Cr3+, com aumento de Fe na segunda fase de transformação metamórfica. Os núcleos de cromita cinza-escura têm composição muito restrita: razão Cr3+/Cr3++Al3+ entre 0,33 e 0,39 e razão Mg2+/Mg2+ + Fe2+ entre 0,8 e 0,6; representam, assim, a composição da cromita primária podiforme.
publishDate 1992
dc.date.issued.fl_str_mv 1992
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-08-23T03:28:45Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/263866
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0375-7536
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000485280
identifier_str_mv 0375-7536
000485280
url http://hdl.handle.net/10183/263866
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista Brasileira de Geociências. São Paulo. Vol. 22, n. 3 (1992), p. 353-362
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/263866/2/000485280.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/263866/1/000485280.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 82751ff5707d3644983064f327a2e961
185cec629ea13eae51d0ea33ca51559f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801225096708227072