Sociologia na escola : (re)contextualização da teoria e do cotidiano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/157052 |
Resumo: | Este estudo propõe um recorte analítico sobre a construção do conhecimento sociológico no ensino médio, durante o período de estágio docente obrigatório, a partir das narrativas e dados produzidos por entrevistas aos licenciandos estagiários de sociologia no Ensino Médio. A discussão está situada na práxis docente dos estagiários de sociologia diante das tensões decorrentes de atravessamentos de outros saberes e conhecimentos localizados na escola. Os conhecimentos que coabitam a escola podem ser tanto aqueles produzidos pela própria profissão docente que englobam desde a tradição institucional da escola, os saberes próprios da didática, currículo e ensino-aprendizagem, quanto aqueles provenientes do mundo da vida calcados no senso comum da comunidade escolar. Estes saberes heterogêneos que dinamizam o ambiente escolar tornam-se significativos se reflexivamente articulados à construção da aprendizagem do pensamento sociológico ou, por outro lado, danosos, se o estagiário não estiver atento ao rigor metodológico próprio das ciências sociais. Desse modo, a manutenção do conhecimento sociológico, pelos estagiários, é analisada a partir do processo de recontextualização que, para esta pesquisa, envolve dois grandes movimentos: a busca de rigor sociológico e a busca de contextualização da sociologia na sala de aula Para balizar a reflexão, o conceito de recontextualização de Basil Bernstein, sociólogo da educação, fundamenta a dialogização entre o discurso vertical (conhecimento oficial) e o discurso horizontal (saberes do cotidiano) no processo de pedagogização do conhecimento. Demonstra-se, assim, que as dinâmicas de recontextualização da sociologia e de outros conhecimentos que atravessam a escola mobilizam estratégias e ações pedagógicas que visam a intensificar o diálogo entre estagiários e alunos. Cria-se um contexto de empoderamento da voz do aluno e o reconhecimento da diversidade de “vozes” em detrimento de uma igualdade homogeneizante. Este processo permite a concretização de um espaço institucional de mudança entre os envolvidos. |
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