Impacto da Variabilidade Interanual da Precipitação nos Reservatórios do Semiárido do Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medeiros, Felipe Jeferson de
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Lima, Kellen Carla, Caetano, Darllin de Araújo, Silva, Francisco Jânio de Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário do Instituto de Geociências (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/29766
Resumo: Os principais reservatórios dos Estados que compõem o Nordeste do Brasil podem apresentar problemas técnicos e econômicos de acordo com as condições meteorológicas. Desta forma, esta pesquisa descreve como os volumes armazenados do maior reservatório dos Estados do Ceará (CE), Rio Grande do Norte (RN) e Paraíba (PB) foram afetados em dois anos extremos de precipitação. Para tanto, utilizam-se análise subjetiva e a técnica estatística da correlação cruzada para inferir como as variações interanuais dos reservatórios ocorreram em virtude da distribuição espaço-temporal da precipitação. Os resultados mostraram que os impactos hidrometeorológicos apresentaram relação direta com os anos extremos, com o volume anual armazenado variando +61,37 (-18,01), +37,30 (-33,11) e +35,09 (-29,59) % no ano 2004/ chuvoso (2012/seco) nos reservatórios Castanhão (CE), Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves (RN) e Coremas (PB), respectivamente. Por intermédio do método da correlação cruzada, defasagem entre a precipitação dos anos extremos e o nível dos reservatórios, foi possível inferir para o ano chuvoso de 2004, que os aumentos no volume armazenado dos três reservatórios ocorreram na lag 0, indicando que os excessos de precipitação no semiárido norte influenciaram no nível dos reservatórios Castanhão (CE), Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves (RN) e Coremas (PB) no mesmo mês de ocorrência. No entanto, no ano seco de 2012, a defasagem nos três reservatórios foi registrada no lag -2, indicando que as chuvas influenciam no nível do reservatório somente após dois meses. Portanto, esta pesquisa apresenta aos gestores como os maiores reservatórios dos seus estados podem se comportar em anos extremos de precipitação, servindo como uma ferramenta para o planejamento de controle do uso da água.
id UFRJ-21_e8ad0cf64f3b98874847e1d78f71e9a0
oai_identifier_str oai:www.revistas.ufrj.br:article/29766
network_acronym_str UFRJ-21
network_name_str Anuário do Instituto de Geociências (Online)
repository_id_str
spelling Impacto da Variabilidade Interanual da Precipitação nos Reservatórios do Semiárido do Nordeste do BrasilRecursos hídricos; Nordeste do Brasil; Seca; Precipitação; Correlação cruzadaOs principais reservatórios dos Estados que compõem o Nordeste do Brasil podem apresentar problemas técnicos e econômicos de acordo com as condições meteorológicas. Desta forma, esta pesquisa descreve como os volumes armazenados do maior reservatório dos Estados do Ceará (CE), Rio Grande do Norte (RN) e Paraíba (PB) foram afetados em dois anos extremos de precipitação. Para tanto, utilizam-se análise subjetiva e a técnica estatística da correlação cruzada para inferir como as variações interanuais dos reservatórios ocorreram em virtude da distribuição espaço-temporal da precipitação. Os resultados mostraram que os impactos hidrometeorológicos apresentaram relação direta com os anos extremos, com o volume anual armazenado variando +61,37 (-18,01), +37,30 (-33,11) e +35,09 (-29,59) % no ano 2004/ chuvoso (2012/seco) nos reservatórios Castanhão (CE), Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves (RN) e Coremas (PB), respectivamente. Por intermédio do método da correlação cruzada, defasagem entre a precipitação dos anos extremos e o nível dos reservatórios, foi possível inferir para o ano chuvoso de 2004, que os aumentos no volume armazenado dos três reservatórios ocorreram na lag 0, indicando que os excessos de precipitação no semiárido norte influenciaram no nível dos reservatórios Castanhão (CE), Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves (RN) e Coremas (PB) no mesmo mês de ocorrência. No entanto, no ano seco de 2012, a defasagem nos três reservatórios foi registrada no lag -2, indicando que as chuvas influenciam no nível do reservatório somente após dois meses. Portanto, esta pesquisa apresenta aos gestores como os maiores reservatórios dos seus estados podem se comportar em anos extremos de precipitação, servindo como uma ferramenta para o planejamento de controle do uso da água.Universidade Federal do Rio de JaneiroMedeiros, Felipe Jeferson deLima, Kellen CarlaCaetano, Darllin de AraújoSilva, Francisco Jânio de Oliveira2019-10-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/2976610.11137/2018_3_731_741Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 3 (2018); 731-741Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 3 (2018); 731-7411982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/29766/16770Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociênciashttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2020-08-12T18:46:40Zoai:www.revistas.ufrj.br:article/29766Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/indexPUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/oaianuario@igeo.ufrj.br||1982-39080101-9759opendoar:2020-08-12T18:46:40Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.none.fl_str_mv Impacto da Variabilidade Interanual da Precipitação nos Reservatórios do Semiárido do Nordeste do Brasil
title Impacto da Variabilidade Interanual da Precipitação nos Reservatórios do Semiárido do Nordeste do Brasil
spellingShingle Impacto da Variabilidade Interanual da Precipitação nos Reservatórios do Semiárido do Nordeste do Brasil
Medeiros, Felipe Jeferson de
Recursos hídricos; Nordeste do Brasil; Seca; Precipitação; Correlação cruzada
title_short Impacto da Variabilidade Interanual da Precipitação nos Reservatórios do Semiárido do Nordeste do Brasil
title_full Impacto da Variabilidade Interanual da Precipitação nos Reservatórios do Semiárido do Nordeste do Brasil
title_fullStr Impacto da Variabilidade Interanual da Precipitação nos Reservatórios do Semiárido do Nordeste do Brasil
title_full_unstemmed Impacto da Variabilidade Interanual da Precipitação nos Reservatórios do Semiárido do Nordeste do Brasil
title_sort Impacto da Variabilidade Interanual da Precipitação nos Reservatórios do Semiárido do Nordeste do Brasil
author Medeiros, Felipe Jeferson de
author_facet Medeiros, Felipe Jeferson de
Lima, Kellen Carla
Caetano, Darllin de Araújo
Silva, Francisco Jânio de Oliveira
author_role author
author2 Lima, Kellen Carla
Caetano, Darllin de Araújo
Silva, Francisco Jânio de Oliveira
author2_role author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Medeiros, Felipe Jeferson de
Lima, Kellen Carla
Caetano, Darllin de Araújo
Silva, Francisco Jânio de Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv Recursos hídricos; Nordeste do Brasil; Seca; Precipitação; Correlação cruzada
topic Recursos hídricos; Nordeste do Brasil; Seca; Precipitação; Correlação cruzada
description Os principais reservatórios dos Estados que compõem o Nordeste do Brasil podem apresentar problemas técnicos e econômicos de acordo com as condições meteorológicas. Desta forma, esta pesquisa descreve como os volumes armazenados do maior reservatório dos Estados do Ceará (CE), Rio Grande do Norte (RN) e Paraíba (PB) foram afetados em dois anos extremos de precipitação. Para tanto, utilizam-se análise subjetiva e a técnica estatística da correlação cruzada para inferir como as variações interanuais dos reservatórios ocorreram em virtude da distribuição espaço-temporal da precipitação. Os resultados mostraram que os impactos hidrometeorológicos apresentaram relação direta com os anos extremos, com o volume anual armazenado variando +61,37 (-18,01), +37,30 (-33,11) e +35,09 (-29,59) % no ano 2004/ chuvoso (2012/seco) nos reservatórios Castanhão (CE), Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves (RN) e Coremas (PB), respectivamente. Por intermédio do método da correlação cruzada, defasagem entre a precipitação dos anos extremos e o nível dos reservatórios, foi possível inferir para o ano chuvoso de 2004, que os aumentos no volume armazenado dos três reservatórios ocorreram na lag 0, indicando que os excessos de precipitação no semiárido norte influenciaram no nível dos reservatórios Castanhão (CE), Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves (RN) e Coremas (PB) no mesmo mês de ocorrência. No entanto, no ano seco de 2012, a defasagem nos três reservatórios foi registrada no lag -2, indicando que as chuvas influenciam no nível do reservatório somente após dois meses. Portanto, esta pesquisa apresenta aos gestores como os maiores reservatórios dos seus estados podem se comportar em anos extremos de precipitação, servindo como uma ferramenta para o planejamento de controle do uso da água.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-10-16
dc.type.none.fl_str_mv

dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/29766
10.11137/2018_3_731_741
url https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/29766
identifier_str_mv 10.11137/2018_3_731_741
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/29766/16770
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociências
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociências
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 3 (2018); 731-741
Anuário do Instituto de Geociências; Vol 41, No 3 (2018); 731-741
1982-3908
0101-9759
reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Anuário do Instituto de Geociências (Online)
collection Anuário do Instituto de Geociências (Online)
repository.name.fl_str_mv Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv anuario@igeo.ufrj.br||
_version_ 1797053540152115200