Desastres naturais e a economia: análise das perdas na produção agropecuária pela seca no semiárido brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Lucas de Almeida Nogueira da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/8977
Resumo: O Nordeste brasileiro sofreu, entre 2012 e 2015, uma das piores secas registradas na sua história, resultando em diversas perdas socioeconômicas na região. Dada a importância do desastre da seca para o semiárido brasileiro, esse estudo pretende avaliar e quantificar as perdas agropecuárias decorrentes desse desastre. O objetivo é identificar as perdas de área plantada e de valor da produção agropecuária, avaliando se as culturas familiares sofrem maiores consequências na ocorrência de secas. Além disso, outro objetivo é estudar a relação da seca com a produtividade por hectare colhido e estimar as perdas monetárias no decorrer das últimas décadas. Para isso, foi construída uma base de dados em painel em níveis anual e municipal de precipitação média mensal, incluindo diversas variáveis de produção agropecuária. A construção e utilização dessa base permitiu a implementação de uma estratégia empírica robusta e difundida na literatura mais recente sobre economia do clima. Os resultados encontrados apontam na mesma direção que a literatura existente, alertando para as grandes perdas agropecuárias causadas pelas secas em regiões vulneráveis. Municípios com precipitação média inferior a 30mm/mês perdem, em média, 27,4 pontos percentuais da sua área plantada por conta da seca, enquanto municípios com precipitação média entre 30 e 60mm/mês perdem pela seca, em média, 9,5 p.p. da área plantada. Esses resultados são ainda mais expressivos quando são analisadas culturas majoritariamente familiares separadamente: no caso do milho, municípios com menos de 30mm/mês perdem, em média e pela seca, 44,0 p.p. de toda área plantada. Isso corrobora a hipótese – extensamente abordada na literatura – de que os produtores familiares sofrem as maiores perdas por sua maior vulnerabilidade.
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No. of bitstreams: 1 LANCosta.pdf: 580264 bytes, checksum: aec9e4221da9a20bb7f3afdb32e5d79d (MD5) Previous issue date: 2019-01O Nordeste brasileiro sofreu, entre 2012 e 2015, uma das piores secas registradas na sua história, resultando em diversas perdas socioeconômicas na região. Dada a importância do desastre da seca para o semiárido brasileiro, esse estudo pretende avaliar e quantificar as perdas agropecuárias decorrentes desse desastre. O objetivo é identificar as perdas de área plantada e de valor da produção agropecuária, avaliando se as culturas familiares sofrem maiores consequências na ocorrência de secas. Além disso, outro objetivo é estudar a relação da seca com a produtividade por hectare colhido e estimar as perdas monetárias no decorrer das últimas décadas. Para isso, foi construída uma base de dados em painel em níveis anual e municipal de precipitação média mensal, incluindo diversas variáveis de produção agropecuária. 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Isso corrobora a hipótese – extensamente abordada na literatura – de que os produtores familiares sofrem as maiores perdas por sua maior vulnerabilidade.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilInstituto de EconomiaCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIAMudança climáticaDesastre naturalSeca - Nordeste brasileiroProdução agropecuáriaDesastres naturais e a economia: análise das perdas na produção agropecuária pela seca no semiárido brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINALLANCosta.pdfLANCosta.pdfapplication/pdf580264http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/8977/1/LANCosta.pdfaec9e4221da9a20bb7f3afdb32e5d79dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/8977/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD5211422/89772023-11-30 00:01:08.037oai:pantheon.ufrj.br:11422/8977TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:01:08Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
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