Interregno

• Autor(a) principal: Pinheiro, Rodrigo Leal Andrade
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/12199
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES::ARTES PLASTICAS::ESCULTURA; Artes visuais; Fabulação; Origem/morte; Estranho; Excedente

É iminente que o trabalho de arte há de instigar algumas perguntas — algumas, pois o número das realmente formuladas não chega nem perto do contingente inesgotável das ainda por fazer. Algumas, senão colocadas pelo/a artista, então da parte de quem experimenta. A pergunta de que trato aqui nem faz muito tempo — nem de longe é a mais incomum. Foi quando expunha e pediram-me que tecesse algumas considerações acerca do trabalho. Mas como possivelmente abordar o trabalho? Que fala lhe cabe? Por certo, não há resposta pronta para tanto e, como se isso já não bastasse, a mesma parece redefinir-se a cada — malfadada — tentativa. O trabalho aqui é, de algum modo, tentar fazer falar. Fazer falar do que sempre há de se repetir: aquilo que sempre há de escapar, por entre os dedos, por entre as palavras.