Formação do profissional sanitarista: caminhos e percalços
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20073 |
Resumo: | A Saúde Coletiva é um projeto de luta por uma saúde democrática, resolutiva, equânime e que pretende assistir o corpo social e coletivo a partir de suas reais necessidades, estando totalmente envolvida com questões de desigualdades, de determinação social. Desse modo, é de fundamental importância formar um profissional engajado com este projeto. O presente estudo se propõe a compreender a percepção de docentes/militantes da Saúde Coletiva acerca da formação do profissional Sanitarista. Para tanto, procura-se responder ao seguinte questionamento: Que elementos são relevantes para a formação do profissional Sanitarista? Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. Para coleta dos dados, foi utilizada a técnica da entrevista semiestruturada junto a profissionais veteranos enquanto Sanitaristas e docentes da área de Saúde Coletiva. Os dados foram analisados à luz da técnica de análise temática de conteúdo. Tal técnica consiste em estruturar o texto em unidades, em categorias segundo reagrupamento analógico. Nesse sentido, foram organizadas três categorias de análise, cujos títulos foram guiados de acordo com os objetivos do estudo, a saber: “A Formação Institucional de Sanitaristas”; “Elementos que contribuem para a formação Sanitarista” e “Caminhos possíveis na formação Sanitarista”. Destacou-se quatro principais elementos de formação sanitarista: Capacidade técnica para desenvolver o trabalho de sanitarista, alicerçada nos três pilares conceituais da Saúde Coletiva; Arcabouço, alicerce e respaldo nas Ciências Sociais, no pensamento social em saúde; História de vida do discente, implicação deste com o objeto da Saúde Coletiva; Atuação em campo, no território, diretamente integrado ao serviço e sistema de saúde. Os entrevistados imaginam um caminho para formação sanitarista: a Saúde Coletiva deve ser bem trabalhada em sua teoria e prática na graduação, seja em qualquer área da saúde e obviamente na graduação em Saúde Coletiva; os cursos Lato Sensu, especialmente as residências, precisariam de uma readaptação teórica, dada a criação de cursos de graduação na área; os cursos Stricto Sensu, enquanto formador de pesquisador e docente da área, devem desenvolver produções envolvidas com o sistema de saúde e o objeto da Saúde Coletiva, de modo a trazer um retorno efetivo, em termos de aplicabilidade, no sistema de saúde. Sugerese que tal caminho deveria ser complementar, no sentido de agregar conhecimento à medida que se percorre pela graduação, pós-graduação Lato Sensu e pós-graduação Stricto Sensu. A ideia, no geral, é que o conjunto graduação-residência/especialização-mestrado/doutorado componha uma formação linear, ascendente e complementar. Para acompanhar todo esse processo de forma efetiva, faz-se necessário, e urgente, pensar em estratégias de regulação dos procedimentos formativos. Recomenda-se também mais estudos sejam realizados nesta área, principalmente uma avaliação mais criteriosa das graduações em Saúde Coletiva, que é uma questão atual e relativamente nova sobre a formação na área. |
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Gonçalves, Julianahttp://lattes.cnpq.br/3425021790982259http://lattes.cnpq.br/2335211528795775Ribeiro, Kátia Suely Queiroz Silvahttp://lattes.cnpq.br/7564660473747042Rodrigues, Maisa Paulinohttp://lattes.cnpq.br/3535935637398553Noro, Luiz Roberto Augusto2016-03-18T19:14:19Z2016-03-18T19:14:19Z2015-03-23GONÇALVES, Juliana. Formação do profissional sanitarista: caminhos e percalços. 2015. 85f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20073A Saúde Coletiva é um projeto de luta por uma saúde democrática, resolutiva, equânime e que pretende assistir o corpo social e coletivo a partir de suas reais necessidades, estando totalmente envolvida com questões de desigualdades, de determinação social. Desse modo, é de fundamental importância formar um profissional engajado com este projeto. O presente estudo se propõe a compreender a percepção de docentes/militantes da Saúde Coletiva acerca da formação do profissional Sanitarista. Para tanto, procura-se responder ao seguinte questionamento: Que elementos são relevantes para a formação do profissional Sanitarista? Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. Para coleta dos dados, foi utilizada a técnica da entrevista semiestruturada junto a profissionais veteranos enquanto Sanitaristas e docentes da área de Saúde Coletiva. Os dados foram analisados à luz da técnica de análise temática de conteúdo. Tal técnica consiste em estruturar o texto em unidades, em categorias segundo reagrupamento analógico. Nesse sentido, foram organizadas três categorias de análise, cujos títulos foram guiados de acordo com os objetivos do estudo, a saber: “A Formação Institucional de Sanitaristas”; “Elementos que contribuem para a formação Sanitarista” e “Caminhos possíveis na formação Sanitarista”. Destacou-se quatro principais elementos de formação sanitarista: Capacidade técnica para desenvolver o trabalho de sanitarista, alicerçada nos três pilares conceituais da Saúde Coletiva; Arcabouço, alicerce e respaldo nas Ciências Sociais, no pensamento social em saúde; História de vida do discente, implicação deste com o objeto da Saúde Coletiva; Atuação em campo, no território, diretamente integrado ao serviço e sistema de saúde. Os entrevistados imaginam um caminho para formação sanitarista: a Saúde Coletiva deve ser bem trabalhada em sua teoria e prática na graduação, seja em qualquer área da saúde e obviamente na graduação em Saúde Coletiva; os cursos Lato Sensu, especialmente as residências, precisariam de uma readaptação teórica, dada a criação de cursos de graduação na área; os cursos Stricto Sensu, enquanto formador de pesquisador e docente da área, devem desenvolver produções envolvidas com o sistema de saúde e o objeto da Saúde Coletiva, de modo a trazer um retorno efetivo, em termos de aplicabilidade, no sistema de saúde. Sugerese que tal caminho deveria ser complementar, no sentido de agregar conhecimento à medida que se percorre pela graduação, pós-graduação Lato Sensu e pós-graduação Stricto Sensu. A ideia, no geral, é que o conjunto graduação-residência/especialização-mestrado/doutorado componha uma formação linear, ascendente e complementar. Para acompanhar todo esse processo de forma efetiva, faz-se necessário, e urgente, pensar em estratégias de regulação dos procedimentos formativos. Recomenda-se também mais estudos sejam realizados nesta área, principalmente uma avaliação mais criteriosa das graduações em Saúde Coletiva, que é uma questão atual e relativamente nova sobre a formação na área.The public health is a project that struggles for a fair, resolutive and democratic health and that aims to help the collective and social bodies starting from their real needs, being totally involved with inequality and social determination issues. Thus, it is of fundamental importance to form a professional commited to this project. This current study aims to understand the perception of teachers/militants of Public Health about the graduation of Healthcare professionals. Therefore, we look forward answering the following question: Which elements are relevant to the formation of the sanitarian professional? This is a field research, descriptive and exploratory, with a qualitative approach. For data collection, we used a semi-structured interview technique with veteran professionals as sanitarians and teachers of Public Health area. The data were analyzed based on the technique of thematic analysis of subject. This technique consists in structuring the text in units, in categories according analogic reunification. In this sense, were organized three analysis categories, whose titles were guided according to the study objectives, namely: "The Institutional Formation of Sanitarians"; "Elements that contribute to the Sanitarian formation " and "Possible Paths in Sanitarian Formation". Four main elements of sanitarian formation were emphasized: technical capacity to develop a sanitation work, based on three conceptual pillars of Public Health; Framework, foundation and support on Social Sciences, in the social concepts of health; Life history of the student, implication of this with the Public Health object; Field operation, in the territory, directly integrated to the service and the health system. The intervieweds imagine a path to the sanitarian formation: the Public Health should be well explored in its theory and practice in graduation, in any health area and obviously in the graduation of Public Health; the Lato Sensu courses, especially residency, would need a theoretical upgrading, given the creation of undergraduate courses on the area; the Stricto Sensu courses, while forming researchers and teachers in the area, should develop productions involved with the health system and the object of Public Health, in order to bring an effective return, in terms of applicability, in the health system. It is suggested that such a path should be complementary, in a sense of adding knowledge as it travels through graduation, postgraduation Lato Sensu and post-graduation Stricto Sensu. The idea, in general, is that the graduate-residence set / specialization-mastering / PhD compose a linear formation, ascending and complementary. To follow all this process effectively, it is necessary, and urgent, to think of regulation strategies of the formating procedures. It is also recommended that more studies are conducted in this area, specially a more careful evaluation of the undergraduate courses in Public Health, which is a current and relatively new issue on formation in the area.porUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVASistema Único de SaúdeFormação de recursos humanosSaúde públicaFormação do profissional sanitarista: caminhos e percalçosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALJulianaGoncalves_DISSERT.pdfJulianaGoncalves_DISSERT.pdfapplication/pdf677027https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20073/1/JulianaGoncalves_DISSERT.pdfaeaee9ddbe796b452e2fdb3e4aae2af0MD51TEXTJulianaGoncalves_DISSERT.pdf.txtJulianaGoncalves_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain200155https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20073/6/JulianaGoncalves_DISSERT.pdf.txt3c964791f4f5c5f2cebebf3c28c7bed2MD56THUMBNAILJulianaGoncalves_DISSERT.pdf.jpgJulianaGoncalves_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2263https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20073/7/JulianaGoncalves_DISSERT.pdf.jpgd32bb991aafe1b01bc3b93cab1ab01d4MD57123456789/200732017-11-03 14:54:44.101oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/20073Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2017-11-03T17:54:44Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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A Saúde Coletiva é um projeto de luta por uma saúde democrática, resolutiva, equânime e que pretende assistir o corpo social e coletivo a partir de suas reais necessidades, estando totalmente envolvida com questões de desigualdades, de determinação social. Desse modo, é de fundamental importância formar um profissional engajado com este projeto. O presente estudo se propõe a compreender a percepção de docentes/militantes da Saúde Coletiva acerca da formação do profissional Sanitarista. Para tanto, procura-se responder ao seguinte questionamento: Que elementos são relevantes para a formação do profissional Sanitarista? Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. Para coleta dos dados, foi utilizada a técnica da entrevista semiestruturada junto a profissionais veteranos enquanto Sanitaristas e docentes da área de Saúde Coletiva. Os dados foram analisados à luz da técnica de análise temática de conteúdo. Tal técnica consiste em estruturar o texto em unidades, em categorias segundo reagrupamento analógico. Nesse sentido, foram organizadas três categorias de análise, cujos títulos foram guiados de acordo com os objetivos do estudo, a saber: “A Formação Institucional de Sanitaristas”; “Elementos que contribuem para a formação Sanitarista” e “Caminhos possíveis na formação Sanitarista”. Destacou-se quatro principais elementos de formação sanitarista: Capacidade técnica para desenvolver o trabalho de sanitarista, alicerçada nos três pilares conceituais da Saúde Coletiva; Arcabouço, alicerce e respaldo nas Ciências Sociais, no pensamento social em saúde; História de vida do discente, implicação deste com o objeto da Saúde Coletiva; Atuação em campo, no território, diretamente integrado ao serviço e sistema de saúde. Os entrevistados imaginam um caminho para formação sanitarista: a Saúde Coletiva deve ser bem trabalhada em sua teoria e prática na graduação, seja em qualquer área da saúde e obviamente na graduação em Saúde Coletiva; os cursos Lato Sensu, especialmente as residências, precisariam de uma readaptação teórica, dada a criação de cursos de graduação na área; os cursos Stricto Sensu, enquanto formador de pesquisador e docente da área, devem desenvolver produções envolvidas com o sistema de saúde e o objeto da Saúde Coletiva, de modo a trazer um retorno efetivo, em termos de aplicabilidade, no sistema de saúde. Sugerese que tal caminho deveria ser complementar, no sentido de agregar conhecimento à medida que se percorre pela graduação, pós-graduação Lato Sensu e pós-graduação Stricto Sensu. A ideia, no geral, é que o conjunto graduação-residência/especialização-mestrado/doutorado componha uma formação linear, ascendente e complementar. Para acompanhar todo esse processo de forma efetiva, faz-se necessário, e urgente, pensar em estratégias de regulação dos procedimentos formativos. Recomenda-se também mais estudos sejam realizados nesta área, principalmente uma avaliação mais criteriosa das graduações em Saúde Coletiva, que é uma questão atual e relativamente nova sobre a formação na área. |
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