Coletivos de trabalho como um dispositivo de saúde dos ofícios
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25215 |
Resumo: | Este estudo apresenta os resultados de uma pesquisa-intervenção realizada em um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, localizado no município de Natal-RN, com trabalhadores-usuários do serviço. Objetivei analisar o papel dos coletivos de trabalho como dispositivo de saúde em trabalhadores em situação de adoecimento profissional. As clínicas do trabalho apropriam-se da categoria coletivos de trabalho como operador fundamental na relação saúde-trabalho-desenvolvimento. Essas têm estudado e advogado os coletivos de trabalho como dispositivo-chave para a compreensão, manutenção e afirmação da saúde dos ofícios. Após apresentar brevemente o modo como cada uma dessas clínicas define coletivo, ofereço uma síntese provisória que emerge a partir da observação de pontos gerais de convergência entre elas no tocante ao sentido dos coletivos. A partir dessa análise, via clínicas do trabalho, apresento um modelo como via de entendimento dos elementos-base de constituição dos coletivos (relações com o ofício, afeto, reconhecimento e dialogicidade). Conduzi as atividades em duas etapas: uma de aproximação do campo com as atividades em grupo na sala de espera do serviço e entrevistas semiestruturadas; e outra com entrevistas clínicas. Na primeira etapa do estudo identifiquei três dispositivos: o coletivo provisório, a relação do sujeito com sua atividade, e o assédio ao ofício. Também ilustrei o modelo por meio de casos clínicos reais, que permitem destacar de que modo o funcionamento dos coletivos pode os fazer mantenedor ou não da sobrevivência do trabalhador e fazê-lo desenvolver um ofício sadio. Por fim, alerto para a necessidade de os indivíduos estarem como organizadores do seu próprio trabalho, para que o coletivo de trabalho possa dar seus sinais de expressividade, colocando em ação ele mesmo (o coletivo de trabalho) e o ofício no processo de produção de saúde, sinalizando, mais uma vez, a necessidade de cuidar dos ofícios tanto quanto cuidar do trabalhador, numa perspectiva de reparação do bem-estar pelos próprios coletivos de trabalho, sobre os critérios e as tensões da atividade de trabalho. |
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Silva, Alda Karoline Lima daSilva, Cláudia Osório daOliveira, Isabel Maria Farias Fernandes deFalcão, Jorge Tarcisio da RochaAraújo, José Newton Gonçalves deBendassolli, Pedro Fernando2018-05-16T19:03:18Z2018-05-16T19:03:18Z2017-12-22SILVA, Alda Karoline Lima da. Coletivos de trabalho como um dispositivo de saúde dos ofícios. 2017. 132f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25215Este estudo apresenta os resultados de uma pesquisa-intervenção realizada em um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, localizado no município de Natal-RN, com trabalhadores-usuários do serviço. Objetivei analisar o papel dos coletivos de trabalho como dispositivo de saúde em trabalhadores em situação de adoecimento profissional. As clínicas do trabalho apropriam-se da categoria coletivos de trabalho como operador fundamental na relação saúde-trabalho-desenvolvimento. Essas têm estudado e advogado os coletivos de trabalho como dispositivo-chave para a compreensão, manutenção e afirmação da saúde dos ofícios. Após apresentar brevemente o modo como cada uma dessas clínicas define coletivo, ofereço uma síntese provisória que emerge a partir da observação de pontos gerais de convergência entre elas no tocante ao sentido dos coletivos. A partir dessa análise, via clínicas do trabalho, apresento um modelo como via de entendimento dos elementos-base de constituição dos coletivos (relações com o ofício, afeto, reconhecimento e dialogicidade). Conduzi as atividades em duas etapas: uma de aproximação do campo com as atividades em grupo na sala de espera do serviço e entrevistas semiestruturadas; e outra com entrevistas clínicas. Na primeira etapa do estudo identifiquei três dispositivos: o coletivo provisório, a relação do sujeito com sua atividade, e o assédio ao ofício. Também ilustrei o modelo por meio de casos clínicos reais, que permitem destacar de que modo o funcionamento dos coletivos pode os fazer mantenedor ou não da sobrevivência do trabalhador e fazê-lo desenvolver um ofício sadio. Por fim, alerto para a necessidade de os indivíduos estarem como organizadores do seu próprio trabalho, para que o coletivo de trabalho possa dar seus sinais de expressividade, colocando em ação ele mesmo (o coletivo de trabalho) e o ofício no processo de produção de saúde, sinalizando, mais uma vez, a necessidade de cuidar dos ofícios tanto quanto cuidar do trabalhador, numa perspectiva de reparação do bem-estar pelos próprios coletivos de trabalho, sobre os critérios e as tensões da atividade de trabalho.This study represents the results of a research-intervention realized in a Center of Reference in Worker Health, located in the city of Natal-RN, with workers users of the service. The aim was to analyze how the collective work appears as health workers in professional device sickening situation. The work clinics appropriate of the work collective category as fundamental operator in the health-work-development relationship, which traditionally have studied and advocated the work collective as a key device for understanding, maintaining and affirming the crafts health. After a brief presentation of the how as each one of these clinics defines collective, we offered a provisory synthesis that emerges from observation of general points of convergence between them regarding to the collective meaning. The activities were conducted in the fases: approach of the field with the group activity in the waiting room of the service and semi-structured interviews and clinical interviews. It was possible to identify three devices in the first fase: the provisional collective; the relation of the subject with his activity and the harassment to the job. The model was illustrated trough real clinical cases what allow us to highlight that the way of collective operation can make it maintainer or not of the survivor and develop a health craft. Finally, it alerts to the individuals need to be as organizers of their own work so the collective work Cn give its signs of expressiveness, putting in action itself (work collective) and craft in the process of health production. It is alerted to the need of care with the job with equal level of importance of the care offered to the worker, in a repairing perspective of the well-being by the collective about the criteria and the tensions of the work activity.porCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIAColetivos de trabalhoClínicas do trabalhoPesquisa-intervençãoSaúde e trabalhoColetivos de trabalho como um dispositivo de saúde dos ofíciosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALAldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdfAldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdfapplication/pdf1236446https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25215/1/AldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdf25627f624fe3c6a7aa58fcee2f0ecb56MD51TEXTAldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdf.txtAldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdf.txtExtracted texttext/plain219932https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25215/2/AldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdf.txt767f3043116fa26c1f438bac8e72c456MD52THUMBNAILAldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdf.jpgAldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2179https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25215/3/AldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdf.jpg5be20369b94f80e9f53f4f4d1042c91dMD53TEXTAldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdf.txtAldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdf.txtExtracted texttext/plain219932https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25215/2/AldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdf.txt767f3043116fa26c1f438bac8e72c456MD52THUMBNAILAldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdf.jpgAldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2179https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25215/3/AldaKarolineLimaDaSilva_TESE.pdf.jpg5be20369b94f80e9f53f4f4d1042c91dMD53123456789/252152019-01-30 07:13:00.51oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/25215Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-01-30T10:13Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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Este estudo apresenta os resultados de uma pesquisa-intervenção realizada em um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, localizado no município de Natal-RN, com trabalhadores-usuários do serviço. Objetivei analisar o papel dos coletivos de trabalho como dispositivo de saúde em trabalhadores em situação de adoecimento profissional. As clínicas do trabalho apropriam-se da categoria coletivos de trabalho como operador fundamental na relação saúde-trabalho-desenvolvimento. Essas têm estudado e advogado os coletivos de trabalho como dispositivo-chave para a compreensão, manutenção e afirmação da saúde dos ofícios. Após apresentar brevemente o modo como cada uma dessas clínicas define coletivo, ofereço uma síntese provisória que emerge a partir da observação de pontos gerais de convergência entre elas no tocante ao sentido dos coletivos. A partir dessa análise, via clínicas do trabalho, apresento um modelo como via de entendimento dos elementos-base de constituição dos coletivos (relações com o ofício, afeto, reconhecimento e dialogicidade). Conduzi as atividades em duas etapas: uma de aproximação do campo com as atividades em grupo na sala de espera do serviço e entrevistas semiestruturadas; e outra com entrevistas clínicas. Na primeira etapa do estudo identifiquei três dispositivos: o coletivo provisório, a relação do sujeito com sua atividade, e o assédio ao ofício. Também ilustrei o modelo por meio de casos clínicos reais, que permitem destacar de que modo o funcionamento dos coletivos pode os fazer mantenedor ou não da sobrevivência do trabalhador e fazê-lo desenvolver um ofício sadio. Por fim, alerto para a necessidade de os indivíduos estarem como organizadores do seu próprio trabalho, para que o coletivo de trabalho possa dar seus sinais de expressividade, colocando em ação ele mesmo (o coletivo de trabalho) e o ofício no processo de produção de saúde, sinalizando, mais uma vez, a necessidade de cuidar dos ofícios tanto quanto cuidar do trabalhador, numa perspectiva de reparação do bem-estar pelos próprios coletivos de trabalho, sobre os critérios e as tensões da atividade de trabalho. |
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