Saúde do coral Siderastrea stellata e sua relação com variáveis ambientais em poças de maré do Rio Grande do Norte
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47297 |
Resumo: | Os recifes costeiros são ambientes que possuem grande valor para a comunidade litorânea, sendo responsáveis por proteger a costa da ação das marés e proporcionar atividades com retorno financeiro para a comunidade. O coral Siderastrea stellata (Verrill, 1868) é o principal bioconstrutor de recifes rasos no Brasil, sendo comum inclusive em poças de maré. Monitorar a saúde dos corais e respostas às dinâmicas ambientais em longo prazo é uma ferramenta importante para entender a resiliência dos corais e como eles poderão ser afetados por impactos antrópicos. Monitoramos onze colônias de S. stellata por dois anos desde fevereiro de 2017 em uma poça de maré em Natal-RN. Os indivíduos foram avaliados quanto a presença de palidez, branqueamento, contato de borda, soterramento e mortalidade. Dados abióticos, como temperatura e intensidade luminosa foram registrados a fim de se avaliar se podem afetar a saúde dos corais. Durante nosso estudo as colônias permaneceram saudáveis a maior parte do tempo, com exceção dos períodos após eventos extremos de estresse causados por soterramento e aumento de temperatura que chegaram a causar branqueamento em até 100% das colônias. Os eventos de soterramento parecem ser causados pela mudança na direção dos ventos que de acordo com a orientação da linha de costa podem facilitar ou não a deposição de sedimento na poça de maré. O soterramento pode ainda afetar as algas que estão presentes em ambientes costeiros diminuindo a sua cobertura e o contato com o coral, tendo então indiretamente um possível componente benéfico aos corais. Apesar do estresse que as variações ambientais causam nas colônias, dentro de 30 dias elas recuperaram a coloração saudável, o que sugere alta resiliência da espécie. Esta alta resiliência indica que os recifes costeiros, podem resistir as mudanças climáticas globais e as variações locais aos quais são submetidos. |
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Nascimento, Wildna Fernandes doVieira Filho, Edson AparecidoDias, Juliana DeoTeschima, Mariana MitsueLongo, Guilherme Ortigara2020-01-27T11:37:54Z2022-05-25T11:34:58Z2020-01-27T11:37:54Z2022-05-25T11:34:58Z2019-11-292015062021NASCIMENTO, Wildna Fernandes do. Saúde do coral Siderastrea stellata e sua relação com variáveis ambientais em poças de maré do Rio Grande do Norte. 2019. 30 f. Monografia (Graduação em Ciências Biológicas) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47297Os recifes costeiros são ambientes que possuem grande valor para a comunidade litorânea, sendo responsáveis por proteger a costa da ação das marés e proporcionar atividades com retorno financeiro para a comunidade. O coral Siderastrea stellata (Verrill, 1868) é o principal bioconstrutor de recifes rasos no Brasil, sendo comum inclusive em poças de maré. Monitorar a saúde dos corais e respostas às dinâmicas ambientais em longo prazo é uma ferramenta importante para entender a resiliência dos corais e como eles poderão ser afetados por impactos antrópicos. Monitoramos onze colônias de S. stellata por dois anos desde fevereiro de 2017 em uma poça de maré em Natal-RN. Os indivíduos foram avaliados quanto a presença de palidez, branqueamento, contato de borda, soterramento e mortalidade. Dados abióticos, como temperatura e intensidade luminosa foram registrados a fim de se avaliar se podem afetar a saúde dos corais. Durante nosso estudo as colônias permaneceram saudáveis a maior parte do tempo, com exceção dos períodos após eventos extremos de estresse causados por soterramento e aumento de temperatura que chegaram a causar branqueamento em até 100% das colônias. Os eventos de soterramento parecem ser causados pela mudança na direção dos ventos que de acordo com a orientação da linha de costa podem facilitar ou não a deposição de sedimento na poça de maré. O soterramento pode ainda afetar as algas que estão presentes em ambientes costeiros diminuindo a sua cobertura e o contato com o coral, tendo então indiretamente um possível componente benéfico aos corais. Apesar do estresse que as variações ambientais causam nas colônias, dentro de 30 dias elas recuperaram a coloração saudável, o que sugere alta resiliência da espécie. Esta alta resiliência indica que os recifes costeiros, podem resistir as mudanças climáticas globais e as variações locais aos quais são submetidos.Coastal reefs are valuable habitats for coastal communities, being responsible for coastal protection and to provide economic activities to the human community related to them. The coral Siderastrea stellata (Verrill, 1868) is the main shallow reef builder in Brazil, being common even in tide pools. Monitoring coral health and its response to environmental dynamics is an important tool to understand the resilience of corals and how they might be affected by anthropogenic impacts. We monitored eleven colonies of S. stellata for two years since February 2017 at a tide pool in Natal-RN. The individuals were evaluated regarding paleness, bleaching, border contact, burying and mortality. Abiotic data such as temperature and light intensity were recorded in order to evaluate how they may affect coral health. During our study the colonies remained healthy for most of the time, except after extreme stress events caused by burying and increasing temperatures, which caused bleaching up to a 100% of the colonies. The burying events seem to be caused by wind direction that combined with the shoreline orientation may facilitate or not sediment deposition inside the tide pool. Additionally, burying may affect algae growing on the border of the coral colonies, decreasing their abundance and consequently benefitting coral colonies. Even though environmental variations caused stress to the colonies, they recovered their healthy color within 30 days, suggesting a high resilience of this species. This high resilience could indicate that coastal reefs may resist to global climate changes and to local abiotic variations that may affect them.Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRNBrasilCiências BiológicasAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCoraisBranqueamentoSoterramentoResiliênciaCoralsBleachingBuryingResilienceSaúde do coral Siderastrea stellata e sua relação com variáveis ambientais em poças de maré do Rio Grande do Norteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALSAÚDE DO CORAL Siderastrea stellata E SUA RELAÇÃO COM VARIÁVEIS AMBIENTAIS EM POÇAS DE MARÉ DO RIO GRANDE DO NORTE.pdfMonografiaapplication/pdf1246289https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/47297/1/SA%c3%9aDE%20DO%20CORAL%20Siderastrea%20stellata%20E%20SUA%20RELA%c3%87%c3%83O%20COM%20VARI%c3%81VEIS%20AMBIENTAIS%20EM%20PO%c3%87AS%20DE%20MAR%c3%89%20DO%20RIO%20GRANDE%20DO%20NORTE.pdf61984e482a7b2360b75387d2dcf15974MD51CC-LICENSElicense_rdfapplication/octet-stream805https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/47297/2/license_rdfc4c98de35c20c53220c07884f4def27cMD52LICENSElicense.txttext/plain714https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/47297/3/license.txt7278bab9c5c886812fa7d225dc807888MD53TEXTSAÚDE DO CORAL Siderastrea stellata E SUA RELAÇÃO COM VARIÁVEIS AMBIENTAIS EM POÇAS DE MARÉ DO RIO GRANDE DO NORTE.pdf.txtExtracted texttext/plain50972https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/47297/4/SA%c3%9aDE%20DO%20CORAL%20Siderastrea%20stellata%20E%20SUA%20RELA%c3%87%c3%83O%20COM%20VARI%c3%81VEIS%20AMBIENTAIS%20EM%20PO%c3%87AS%20DE%20MAR%c3%89%20DO%20RIO%20GRANDE%20DO%20NORTE.pdf.txt9bd64fa3fa742951f26aa2ff3993ac95MD54123456789/472972022-05-25 08:34:58.88oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/47297PGNlbnRlcj48c3Ryb25nPkZFREVSQUwgVU5JVkVSU0lUWSBPRiBSSU8gR1JBTkRFIERPIE5PUlRFPC9zdHJvbmc+PC9jZW50ZXI+CjxjZW50ZXI+PHN0cm9uZz5ESUdJVEFMIE1PTk9HUkFQSFMgTElCUkFSWTwvc3Ryb25nPjwvY2VudGVyPgoKPGNlbnRlcj5BdXRob3JpemF0aW9uIFRlcm0gZm9yIHRoZSBhdmFpbGFiaWxpdHkgb2YgTW9ub2dyYXBocyBmb3IgVW5kZXJncmFkdWF0ZSBhbmQgU3BlY2lhbGl6YXRpb24gaW4gdGhlIERpZ2l0YWwgTGlicmFyeSBvZiBNb25vZ3JhcGhzIChCRE0pPC9jZW50ZXI+CgpBcyB0aGUgY29weXJpZ2h0IG93bmVyIG9mIHRoZSBtb25vZ3JhcGgsIEkgYXV0aG9yaXplIHRoZSBGZWRlcmFsIFVuaXZlcnNpdHkgb2YgUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSAoVUZSTikgdG8gbWFrZSBhdmFpbGFibGUgdGhyb3VnaCB0aGUgRGlnaXRhbCBMaWJyYXJ5IG9mIE1vbm9ncmFwaHMgb2YgVUZSTiwgd2l0aG91dCByZWltYnVyc2VtZW50IG9mIGNvcHlyaWdodCwgYWNjb3JkaW5nIHRvIExhdyA5NjEwLzk4ICwgdGhlIGZ1bGwgdGV4dCBvZiB0aGUgd29yayBzdWJtaXR0ZWQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHJlYWRpbmcsIHByaW50aW5nIGFuZCAvIG9yIGRvd25sb2FkaW5nLCBhcyBhIG1lYW5zIG9mIGRpc3NlbWluYXRpbmcgQnJhemlsaWFuIHNjaWVudGlmaWMgcHJvZHVjdGlvbiwgYXMgb2YgdGhlIGRhdGUgb2Ygc3VibWlzc2lvbi4KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-05-25T11:34:58Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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