Razão e História em Hegel: a cultura filosófica como liberdade e educação do sujeito

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva Filho, Edson Gonçalves da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28912
Resumo: Esta dissertação tem o objetivo de analisar, expor, verificar e refletir sobre os conceitos de Razão e História no sistema científico e Filosófico elaborado por Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), segundo a perspectiva da cultura (Bildung) do sujeito que desvela todo o processo de formação que engendra a lógica absoluta da ideia, como também o lógos da natureza e o movimento do Espírito. Tal educação só é possível de ser realizada quando o sujeito adquire uma cultura filosófica que, a partir do método dialético de investigação histórica, foi criada pelas escolas de Filosofia que surgiram na Grécia clássica. Começando com Tales de Mileto até chegar em Aristóteles. O conceito de substância e sujeito foram definidos por alguns destes pensadores que sintetizaram o mecanismo orgânico do todo como causa divina sob o preceito da teórica conceitual. Hegel é influenciado pelos estudos destes filósofos que esclareceram a história deste saber que ainda era vinculado a causa geocêntrica do universo. É neste contexto político de descoberta científica que a cidade grega desde então passa a ser o palco de estudos a respeito do poder político, da ciência da natureza e da ciência do homem como também da preocupação com o destino trágico de toda geração que é domesticada pela sofistaria de pensamento que corrompe os deuses, a natureza e os homens. Para fazer um julgamento do espírito histórico do homem moderno e de todo mundo antigo que o antecede, Hegel teve que tomar conhecimento da crise que evidencia a eticidade trágica de toda cultura ocidental que começa a ser examinada por Sófocles (495 a.C. - 406 a.C.) que escreveu o primeiro romance policial da história. É com este intuito que o poeta revela a decadência da mitologia recalcada no barco de Teseu, isto é, no Estado e na sua razão de ser real, ideal e corrompido. A razão de Estado baseada na fortuna e na força da lei natural é posta em xeque pelo lógos hegeliano. Portanto, a cultura filosófica do sujeito que adquire a liberdade de pensar na História só é possível mediante a tomada de consciência-de-si dentro de um Estado de direito segundo a sua prescrição assentada na ideia de Razão moral que quebra com os ditames do poder refletido na lei do mais forte. Este julgamento é proferido pelo tribunal filosófico segundo a defesa da Filosofia como uma ciência rigorosa que investiga toda a história do homem e do mundo através de seus conceitos.
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Tal educação só é possível de ser realizada quando o sujeito adquire uma cultura filosófica que, a partir do método dialético de investigação histórica, foi criada pelas escolas de Filosofia que surgiram na Grécia clássica. Começando com Tales de Mileto até chegar em Aristóteles. O conceito de substância e sujeito foram definidos por alguns destes pensadores que sintetizaram o mecanismo orgânico do todo como causa divina sob o preceito da teórica conceitual. Hegel é influenciado pelos estudos destes filósofos que esclareceram a história deste saber que ainda era vinculado a causa geocêntrica do universo. É neste contexto político de descoberta científica que a cidade grega desde então passa a ser o palco de estudos a respeito do poder político, da ciência da natureza e da ciência do homem como também da preocupação com o destino trágico de toda geração que é domesticada pela sofistaria de pensamento que corrompe os deuses, a natureza e os homens. Para fazer um julgamento do espírito histórico do homem moderno e de todo mundo antigo que o antecede, Hegel teve que tomar conhecimento da crise que evidencia a eticidade trágica de toda cultura ocidental que começa a ser examinada por Sófocles (495 a.C. - 406 a.C.) que escreveu o primeiro romance policial da história. É com este intuito que o poeta revela a decadência da mitologia recalcada no barco de Teseu, isto é, no Estado e na sua razão de ser real, ideal e corrompido. A razão de Estado baseada na fortuna e na força da lei natural é posta em xeque pelo lógos hegeliano. Portanto, a cultura filosófica do sujeito que adquire a liberdade de pensar na História só é possível mediante a tomada de consciência-de-si dentro de um Estado de direito segundo a sua prescrição assentada na ideia de Razão moral que quebra com os ditames do poder refletido na lei do mais forte. Este julgamento é proferido pelo tribunal filosófico segundo a defesa da Filosofia como uma ciência rigorosa que investiga toda a história do homem e do mundo através de seus conceitos.This dissertation aims to analyze, expose, verify and reflect on the concepts of Reason and History in the scientific and philosophical system elaborated by Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), according to the perspective of the culture (Bildung) of the subject that reveals everything the process of formation that engenders the absolute logic of the idea, as well as the logos of nature and the movement of the Spirit. Such an education can only be realized when the subject acquires a philosophical culture that, from the dialectical method of historical investigation, was created by the schools of Philosophy that arose in classical Greece. Starting with Thales of Miletus until get to Aristotle. The concept of substance and subject were defined by some of these thinkers who synthesized the organic mechanism of the whole as divine cause under the precept of conceptual theorist. Hegel is influenced by the studies of these philosophers who clarified the history of this knowledge that was still bound to the geocentric cause of the universe. It is in this political context of scientific discovery that the Greek city has since become the scene of studies regarding political power, the science of nature and the science of man, as well as concern for the destiny tragic of every generation that is tamed by the thought that corrupts the gods, nature and men. To make a judgment of the historical spirit of modern man and of all ancient world that precedes it, Hegel had to take cognizance of the crisis which evidences the tragic ethos of all Western culture that begins to be examined by Sophocles (495 b.C - 406 b.C) that wrote the first police novel in history. It is for this purpose that the poet reveals the decadence of the mythology repressed in the boat of Theseus, that is, in the State and its reason of being real, ideal and corrupted. The reason of State based on fortune and force of natural law is put in check by the hegelian logos. Therefore, the philosophical culture of the subject who acquires the freedom to think in History is only possible through the realization of self-consciousness within a State of law according to its prescription based on the idea of moral Reason that breaks with the dictates of power reflected in the law of the fittest. This trial is pronounced by the philosophical tribunal according to the defense of Philosophy as a rigorous science that investigates the whole history of man and the world through its concepts.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIAHistóriaRazãoEstadoCulturaCiênciaRazão e História em Hegel: a cultura filosófica como liberdade e educação do sujeitoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTRazaoHistoriaHegel_SilvaFilho_2019.pdf.txtRazaoHistoriaHegel_SilvaFilho_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain715501https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28912/2/RazaoHistoriaHegel_SilvaFilho_2019.pdf.txtd0896f00c37a10a0f9689b565d7bbdf9MD52THUMBNAILRazaoHistoriaHegel_SilvaFilho_2019.pdf.jpgRazaoHistoriaHegel_SilvaFilho_2019.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1169https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28912/3/RazaoHistoriaHegel_SilvaFilho_2019.pdf.jpg18adbb175e5d55b20d75599765735ce8MD53ORIGINALRazaoHistoriaHegel_SilvaFilho_2019.pdfapplication/pdf2502254https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28912/1/RazaoHistoriaHegel_SilvaFilho_2019.pdfaa7fbe93a20ab77f95a899d25140b997MD51123456789/289122020-05-10 04:30:38.759oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/28912Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2020-05-10T07:30:38Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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