Análise bibliométrica da utilização de micorrizas na recuperação de áreas degradadas em regiões semiáridas

• Autor(a) principal: Silva, Michelle Lopes da
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52970
• topic: mudanças climáticas; ecossistemas; crescimento vegetal; sustentável

Nas últimas décadas, em decorrência das mudanças climáticas e da degradação de ambientes naturais, houve um crescimento da necessidade e interesse por técnicas que promovam a restauração dos ecossistemas. Neste sentido, para restauração de ambientes terrestres, algumas funções precisam ser aceleradas e o uso de organismos como as micorrizas otimizam o crescimento vegetal, com aumento de disponibilidade de nutrientes e melhoria na atividade fotossintética. Este estudo tem o objetivo de sistematizar o conhecimento das pesquisas que utilizam os fungos micorrízicos na recuperação de ambientes degradados em regiões semiáridas, com foco no Brasil. Nós realizamos uma revisão de literatura entre 1977 e 2022, usando a base de dados “Web Of Science”. Na primeira etapa de pesquisa foi realizada uma triagem de título e resumo utilizando o filtro existente no google planilhas. Nossos resultados mostraram que: no período de 1977 a 2022, foram obtidas 1817 publicações em nível mundial com 74 publicações no Brasil. Na segunda etapa, realizada manualmente, foram obtidos 256 artigos e selecionados 225. Destes, 103 realizaram a inoculação, com maior número de artigos para o ano de 2021. Na identificação de espécies, a análise morfológica de esporos foi predominante nos estudos verificados. Nossos principais resultados apontam que as espécies mais utilizadas na inoculação foram a Funneliformis mosseae e a Rhizophagus irregularis. No Brasil, das 74 publicações, 28 artigos foram encontrados, selecionamos 14 que estavam relacionados à restauração de ambientes degradados ou condições de estresse abiótico. As espécies mais utilizadas na inoculação foram a Acaulospora longula e a Claroideoglomus etunicatum. O uso de micorrizas nativas ainda permanece pouco explorado. A utilização destas associações simbióticas em programas de restauração constitui uma estratégia sustentável para reduzir custos e aumentar a eficiência da conservação desses ecossistemas.