Sindicalismo revolucionário em Portugal
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Mundos do Trabalho |
Texto Completo: | https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/1984-9222.2009v1n2p195 |
Resumo: | A conjuntura em que o Sindicalismo Revolucionário se difunde entre os trabalhadores organizados portugueses coincide com o período balizado pela recessão económica dos finais do século XIX e o seu trágico desfecho – a imposição de uma solução autoritária. É nesta época que a classe operária emerge como novo protagonista social em Portugal, opondo-se aos pilares do regime vigente – o capitalismo, o parlamentarismo e o domínio burguês. Desde meados do século XIX que as suas associações de classe crescem em número de associados, lideradas pelo Partido Socialista Português, que lhes incutia um carácter puramente reformista. É na alvorada do século XX que o seu movimento muda de feição, adoptando paulatinamente a acção directa contra o patronato como única forma de fazer frente ao crescente aumento da carestia de vida, que caracteriza todo este período. A eficácia da nova táctica, importada de França, transforma radicalmente o movimento dos trabalhadores, atraindo anarquistas, radicalizando socialistas e, sobretudo, transformando as velhas associações de classe em sindicatos modernos, que mobilizarão de facto as massas operárias. O poder de atracção do Sindicalismo Revolucionário residia nas conquistas parciais e imediatas que satisfaziam os reformistas e as massas trabalhadoras despolitizadas, não obstante o seu propósito ? a transformação radical da sociedade através da substituição do capitalismo pela gestão sindical. Todavia, estes postulados não atravessam a crise do sistema liberal incólumes. Fenómenos como a Revolução Política, a Grande Guerra, a Revolução Russa e a reacção patronal determinam a evolução ideológica, no 1º quartel do século XX, dos dirigentes operários e das próprias escolas socialistas. |
id |
UFSC-8_dce098488911ff74a8ad8b8c7698c424 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:periodicos.ufsc.br:article/11521 |
network_acronym_str |
UFSC-8 |
network_name_str |
Revista Mundos do Trabalho |
repository_id_str |
|
spelling |
Sindicalismo revolucionário em PortugalA conjuntura em que o Sindicalismo Revolucionário se difunde entre os trabalhadores organizados portugueses coincide com o período balizado pela recessão económica dos finais do século XIX e o seu trágico desfecho – a imposição de uma solução autoritária. É nesta época que a classe operária emerge como novo protagonista social em Portugal, opondo-se aos pilares do regime vigente – o capitalismo, o parlamentarismo e o domínio burguês. Desde meados do século XIX que as suas associações de classe crescem em número de associados, lideradas pelo Partido Socialista Português, que lhes incutia um carácter puramente reformista. É na alvorada do século XX que o seu movimento muda de feição, adoptando paulatinamente a acção directa contra o patronato como única forma de fazer frente ao crescente aumento da carestia de vida, que caracteriza todo este período. A eficácia da nova táctica, importada de França, transforma radicalmente o movimento dos trabalhadores, atraindo anarquistas, radicalizando socialistas e, sobretudo, transformando as velhas associações de classe em sindicatos modernos, que mobilizarão de facto as massas operárias. O poder de atracção do Sindicalismo Revolucionário residia nas conquistas parciais e imediatas que satisfaziam os reformistas e as massas trabalhadoras despolitizadas, não obstante o seu propósito ? a transformação radical da sociedade através da substituição do capitalismo pela gestão sindical. Todavia, estes postulados não atravessam a crise do sistema liberal incólumes. Fenómenos como a Revolução Política, a Grande Guerra, a Revolução Russa e a reacção patronal determinam a evolução ideológica, no 1º quartel do século XX, dos dirigentes operários e das próprias escolas socialistas.Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)2009-10-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/1984-9222.2009v1n2p19510.5007/1984-9222.2009v1n2p195Revista Mundos do Trabalho; Vol. 1 No. 2 (2009): Perspectivas de gênero nos mundos do trabalho; 195-220Revista Mundos do Trabalho; Vol. 1 Núm. 2 (2009): Perspectivas de gênero nos mundos do trabalho; 195-220Revista Mundos do Trabalho; v. 1 n. 2 (2009): Perspectivas de gênero nos mundos do trabalho; 195-2201984-9222reponame:Revista Mundos do Trabalhoinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCporhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/1984-9222.2009v1n2p195/11101Copyright (c) 2009 Revista Mundos do Trabalhoinfo:eu-repo/semantics/openAccessPereira, Joana Dias2023-05-18T02:30:24Zoai:periodicos.ufsc.br:article/11521Revistahttp://www.periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalhoPUBhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/oai||revistamundosdotrabalho@gmail.com|| portaldeperiodicos.bu@contato.ufsc.br1984-92221984-9222opendoar:2023-05-18T02:30:24Revista Mundos do Trabalho - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Sindicalismo revolucionário em Portugal |
title |
Sindicalismo revolucionário em Portugal |
spellingShingle |
Sindicalismo revolucionário em Portugal Pereira, Joana Dias |
title_short |
Sindicalismo revolucionário em Portugal |
title_full |
Sindicalismo revolucionário em Portugal |
title_fullStr |
Sindicalismo revolucionário em Portugal |
title_full_unstemmed |
Sindicalismo revolucionário em Portugal |
title_sort |
Sindicalismo revolucionário em Portugal |
author |
Pereira, Joana Dias |
author_facet |
Pereira, Joana Dias |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pereira, Joana Dias |
description |
A conjuntura em que o Sindicalismo Revolucionário se difunde entre os trabalhadores organizados portugueses coincide com o período balizado pela recessão económica dos finais do século XIX e o seu trágico desfecho – a imposição de uma solução autoritária. É nesta época que a classe operária emerge como novo protagonista social em Portugal, opondo-se aos pilares do regime vigente – o capitalismo, o parlamentarismo e o domínio burguês. Desde meados do século XIX que as suas associações de classe crescem em número de associados, lideradas pelo Partido Socialista Português, que lhes incutia um carácter puramente reformista. É na alvorada do século XX que o seu movimento muda de feição, adoptando paulatinamente a acção directa contra o patronato como única forma de fazer frente ao crescente aumento da carestia de vida, que caracteriza todo este período. A eficácia da nova táctica, importada de França, transforma radicalmente o movimento dos trabalhadores, atraindo anarquistas, radicalizando socialistas e, sobretudo, transformando as velhas associações de classe em sindicatos modernos, que mobilizarão de facto as massas operárias. O poder de atracção do Sindicalismo Revolucionário residia nas conquistas parciais e imediatas que satisfaziam os reformistas e as massas trabalhadoras despolitizadas, não obstante o seu propósito ? a transformação radical da sociedade através da substituição do capitalismo pela gestão sindical. Todavia, estes postulados não atravessam a crise do sistema liberal incólumes. Fenómenos como a Revolução Política, a Grande Guerra, a Revolução Russa e a reacção patronal determinam a evolução ideológica, no 1º quartel do século XX, dos dirigentes operários e das próprias escolas socialistas. |
publishDate |
2009 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2009-10-27 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/1984-9222.2009v1n2p195 10.5007/1984-9222.2009v1n2p195 |
url |
https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/1984-9222.2009v1n2p195 |
identifier_str_mv |
10.5007/1984-9222.2009v1n2p195 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/1984-9222.2009v1n2p195/11101 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2009 Revista Mundos do Trabalho info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2009 Revista Mundos do Trabalho |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Mundos do Trabalho; Vol. 1 No. 2 (2009): Perspectivas de gênero nos mundos do trabalho; 195-220 Revista Mundos do Trabalho; Vol. 1 Núm. 2 (2009): Perspectivas de gênero nos mundos do trabalho; 195-220 Revista Mundos do Trabalho; v. 1 n. 2 (2009): Perspectivas de gênero nos mundos do trabalho; 195-220 1984-9222 reponame:Revista Mundos do Trabalho instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) instacron:UFSC |
instname_str |
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) |
instacron_str |
UFSC |
institution |
UFSC |
reponame_str |
Revista Mundos do Trabalho |
collection |
Revista Mundos do Trabalho |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Mundos do Trabalho - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revistamundosdotrabalho@gmail.com|| portaldeperiodicos.bu@contato.ufsc.br |
_version_ |
1799940705820344320 |