RESUMOS DE DISSERTAÇÕES E TESES: PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ORGANIZANDO-SE EM COOPERATIVAS: UMA ALTERNATIVA DE TRABALHO?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carretta, Regina Yoneko Dakuzaku
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional
Texto Completo: https://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/201
Resumo: As cooperativas têm sido apresentadas como uma alternativa de inserção no mercado de trabalho para pessoas com deficiência, diferentemente das propostas  mais tradicionais de encaminhamento a empregos regidos por CLT, em funções individuais, em atividades industriais, como as propostas iniciais dos modelos de Reabilitação Profissional.  Por sua vez, as cooperativas de trabalho, além da possibilidade de geração de trabalho e renda, apresentam-se como um modelo de gestão participativa e autogestionária, nas quais coexistem objetivos sociais e econômicos. Atualmente as cooperativas de trabalho, principalmente as cooperativas denominadas “populares” têm sido discutidas e desenvolvidas no âmbito da Economia Solidária, movimento que busca a partir dos empreendimentos solidários, a participação mais efetiva dos trabalhadores, em caráter autogestionário e emancipatório, como uma alternativa ao modelo capitalista de produção. As cooperativas populares envolvem a população excluída, destituída de recursos econômicos, e muitas vezes também do conhecimento técnico/profissional para o desenvolvimento de uma atividade econômica, como é o caso também, da população com deficiência. Com o objetivo de melhor conhecer e avaliar a possibilidade de as cooperativas de trabalho constituírem-se como alternativas para inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho e como alternativa de inclusão social e econômica dessa população, bem como conhecer os desafios e perspectivas colocados, esta pesquisa propôs-se a desenvolver estudos de caso envolvendo três empreendimentos. As experiências analisadas mostraram formas variadas de proposta e gestão, necessidade de formação cooperativista, desafios colocados quanto a recursos financeiros e capacitação técnica, desafios na própria gestão participativa (hierarquia, envolvimento dos cooperados no projeto coletivo) e desafios colocados pela administração própria  e pela atividade econômica escolhida (legalização, recursos, divulgação, distribuição e comercialização). Por fim, temos que o modelo de gestão cooperativa pode possibilitar alternativa de geração de trabalho e renda às pessoas com deficiência como também a participação e inclusão social. No entanto, a sua construção não é um caminho fácil e de fórmulas prontas. Há vários desafios colocados pela gestão coletiva e democrática e pelo desenvolvimento de um empreendimento próprio, cujo enfrentamento envolve uma capacitação não apenas técnica, mas também administrativa e cultural.
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