Efeitos do treinamento de exercício excêntrico na dor neuropática e regeneração nervosa periférica em camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Thiago Cesar
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/169312
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2015.
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spelling Efeitos do treinamento de exercício excêntrico na dor neuropática e regeneração nervosa periférica em camundongosNeurociênciasDorTratamentoExercícios físicosDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2015.A dor de origem neuropática é um problema crescente, crônico, com comorbidades físicas, psicológicas e de difícil tratamento. Ademais, terapias integrativas como os exercícios físicos têm sido estudados por seus efeitos moduladores na dor e atuarem como adjuvantes no seu tratamento. O Exercício Excêntrico (EE) caracterizado por ser realizado a baixo custo energético pode induzir aumento de massa e força muscular e melhora da mobilidade de indivíduos com baixa capacidade física. A execução de contrações excêntricas promove a síntese de fatores de crescimento em tecidos periféricos e no sistema nervoso central, assim há a possibilidade de auxiliar na regeneração nervosa periférica e hipotrofia muscular causada por lesões do sistema nervoso periférico. O presente estudo teve como objetivo verificar o efeito do treinamento de EE (executado a 6, 10 ou 14 m/min) sobre a hiperalgesia mecânica e térmica ao frio, na recuperação motora e funcional e na concentração de lactato sanguíneo, citocinas pró- e anti-inflamatórias, bem como sua influência sobre o fator de crescimento semelhante à insulina-1 (IGF-1) em camundongos suíços machos submetidos ou não à cirurgia de esmagamento do nervo isquiático. Para isso, foram conduzidas avaliações de von Frey, acetona, índice estático e funcional do isquiático (IEI e IFI), força de preensão, histomorfometria do nervo isquiático e pesagem do tríceps sural durante a lesão nervosa (experimento crônico) e nove semanas após ao experimento. No 14º dia após a lesão também foi quantificado as concentrações de citocinas pró-, anti-inflamatórias e de IGF-1, bem como foi pesado o tríceps sural (experimento agudo). No experimento crônico foi observado que o EE reduziu a hiperalgesia mecânica e térmica ao frio. Efeito este que perdurou por até três horas para hiperalgesia mecânica e de pelo menos 24 horas sobre a hiperalgesia ao frio. O EE também acelerou o restabelecimento da função motora avaliada pelo IEI e IFI já ao 10º dia pós-operatório (PO), bem como da força de preensão ao 15º dia PO e do peso do tríceps sural nove semanas após a lesão nervosa. A análise morfométrica do nervo isquiático revelou o aumento da densidade de fibras e de forma discreta a área de tecido mielinizado após nove semanas de EE quando comparado com o grupo esmagado e não-exercitado. O EE reverteu parcialmente a redução de peso do tríceps sural decorrente da lesão nervosa no 14º dia PO, sendo este efeito dependente, pelo menos em parte, do aumento da concentração de IGF-1 no músculo e no nervo nos animais exercitados.Além de reestabelecer o aumento e redução da concentração de fator de necrose tumoral-a e do antagonista do receptor de interleucina-1 no músculo no 14º dia PO, respectivamente. Assim, os resultados deste trabalho demonstram, pela primeira vez, que o emprego do EE foi efetivo em acelerar a recuperação sensório motora após lesão do nervo isquiático, pois o EE produziu analgesia e acelerou a regeneração nervosa, a recuperação motora e restaurou a força muscular e também aumentou a concentração de IGF-1 no músculo e no nervo isquiático esmagado, sugerindo que o efeito do EE depende da liberação do fator de crescimento IGF-1 que ocorre tanto no tecido nervoso quanto no tecido muscular. Entretanto, estudos futuros serão necessários para elucidar mecanismos de ação e a viabilidade deste treinamento como uma ferramenta na reabilitação de quadros de dor neuropática.<br>Abstract : Neuropathic pain is a growing, chronic, comorbid-associated disorder involving physical and psicological impairment. Because it is hard to treat integrative therapies like physical exercise reduce pain and has been proposed as a side treatment. Eccentric Exercise (EE) has been a tool for poor physical capacity people. Remarkable low energy cost, greater force and muscle mass are its features. This training seems to increase growth factors synthesis at nervous system which can helps from nerve lesion-induced peripheral nerve regeneration and muscular atrophy. The aim of this study was to investigate whether the EE training (at 6, 10 or 14 m/min) impacts on mechanical and cold hyperalgesia, motor and functional recovery, blood lactate concetration, pro- and anti-inflammatory cytokines and role of insulin-like gowth fator-1 (IGF-1) on recovery of male swiss mice after sciatic nerve crush lesion or not. Assessments were conducted through nine (chronic experimente) or two weeks (acute experimente) after nerve lesion. A von Frey monofilament apparatus and a droplet (20µl) of acetone were used on hyperalgesia evaluation. The motor and sciatic nerve recovery were assessed by Sciatic Static and Functional (SSI and SFI) indexes, grip force method, triceps surae weight and histomorphometrical analysis. The level of pro-, anti-inflammatory cytokines and IGF-1 were mesured through ELISA method.Chronic experiment results showed antihyperalgesic effect lasting three hours on von Frey and at least 24h on acetone tests.EE accelerated motor function restoration early at 10th, 15th PO and nine weeks after crush injury assessed by SSISFI, grip force and triceps surae weighing. The sciatic nerve morphometrical analysis revealed na increase in fiber density after EE protocol. Acute experiments of muscle weight, IGF-1 and cytokines dosage were carried out at 14th post operative day too. EE reversed partially nerve crush-induced muscle atrophy, raised significantly muscle and nerve IGF-1, muscle IL-1Ra and reduced TNF-a levels at 14th PO. It could suggest a real and relevant role of IGF-1 in muscle and nerve regenerative process accelerated by EE sessions. Thus the results presented here demonstrate that for the first time in the literature EE promoted sensorial and motor recovery after sciatic nerve crush. The evaluations showed improvements on hyperalgesia, motor and grip force recovery, nerve regeneration, muscle waste, muscle inflammatory status and nerve/muscle IGF-1 level. It could indicate a role of this growth fator on regenerating nerve and muscle after peripheral nerve lesion.Nevertheless future studies to elucidate the action mechanism and feasibility of this training to rehab pain population are needed.Santos, Adair Roberto Soares dosMartins, Daniel FernandesUniversidade Federal de Santa CatarinaMartins, Thiago Cesar2016-10-19T12:40:49Z2016-10-19T12:40:49Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis124 p.| il., grafs., tabs.application/pdf337774https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/169312porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-10-19T12:40:49Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/169312Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-10-19T12:40:49Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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