Rio de Janeiro e Paris: a juventude apache do cinema na periferia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zimermann, Giovana Aparecida
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/134678
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2015.
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spelling Rio de Janeiro e Paris: a juventude apache do cinema na periferiaLiteraturaCinema e literaturaRio de Janeiro (RJ)Paris (Franca)CinematografiaCidades e vilas na literaturaTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2015.A urbe sofre uma vertiginosa transformação que expõe as diferenças econômicas, sociais e culturais, cada vez mais acentuadas, tornando o seu equacionamento um grande desafio. Na interpretação desse processo, destacam-se as manifestações artísticas, especialmente nos campos da literatura e do cinema, que tratam da dimensão simbólica do convívio na cidade. Em um exercício de pensar a história como montagem de imagens sob o ponto de vista de Walter Benjamin, a presente Tese aborda uma arqueologia de filmes para investigar a expressão da periferia na cinematografia brasileira e francesa e chegar à identificação dos ?sujeitos? representados, para então investir em uma análise mais detalhada nos filmes: La Haine (O Ódio), de Mathieu Kassovitz, 1995, em Paris, e Cidade de Deus, 2002, de Fernando Meirelles e Kátia Lund, no Rio de Janeiro, os quais denunciam a crise na cidade contemporânea, que ameaça eclipsar-se diante da crescente intolerância humana e social. A intenção foi estabelecer uma zona de contato, com o intuito de trazer à discussão dois países com suas diferentes implicações, porém apresentando características semelhantes no comportamento dos jovens em uma sociedade do espetáculo, do consumo, da fama súbita. Capturados pelo desejo promovido e difundido na ?cidade espetacular?, esses jovens são confrontados com a exclusão dentro do próprio país, com a falta de oportunidade e a repressão policial desde muito cedo. São fatores que favorecem a adesão à criminalidade como alternativa dessa juventude aqui denominada Apache. Se em Paris no século XIX o perigo estava em qualquer esquina, os proletários eram considerados os Apaches da civilização, no Rio de Janeiro era da mesma forma, porém com fator determinante de que os negros eram o perigo para a cidade. O conceito juventude Apache afirma-se na dialética benjaminiana entre o passado mais longínquo e o futuro emancipado, já que o jovem oriundo das classes populares continua exercendo um enfrentamento, um embate com a cidade, porque ele deseja vivê-la intensamente, mas é lido por ela como uma ameaça, como um selvagem.<br>Résumé: L urbe subit une transformation vertigineuse exprimant des différences économiques, sociales et culturelles de plus en plus accentuées, ce qui rend l évaluation de son équation un grand défis. Dans l interprétation de ce processus, se démarquent les manifestations artistiques, appartenant particulièrement aux domaines de la littérature et du cinéma, qui s intéressent à la dimension symbolique de la convivialité dans la ville. Notre réflexion conçoit l histoire en tant que « montage d images », selon le point de vue de Walter Benjamin, et aborde une « archéologie » de films afin d observer l expression de la périphérie dans la cinématographie brésilienne et française dans le but d identifier les « individus » qui y sont représentés. Nous pouvons, de cette façon, investir dans une analyse plus approfondie des films suivants : La Haine, de Mathieu Kassovitz (Paris, 1995) et Cidade de Deus (Rio de Janeiro, 2002), de Fernando Meirelles et Kátia Lund. Ces deux films dénoncent la crise dans la ville contemporaine, et menacent son éclipse face à l intolérance humaine et sociale croissante. Il s agit d établir une zone de contact et de mettre en lumière deux pays, que, malgré leurs différences, se montrent similaires en ce qui concerne le comportement des jeunes dans une société du spectacle, de la consommation et de la célébrité soudaine. Capturés par le désir promu et diffusé dans la « ville spectaculaire », ces jeunes sont confrontés à l exclusion dans leurs propres pays, au manque d opportunité et à la répression policière depuis leur plus jeune âge. Ce sont des facteurs qui favorisent l adhésion à la criminalité comme une alternative à cette jeunesse, ici dénommée Apache. Si à Paris, au XIXe siècle, le danger était omniprésent et les prolétaires étaient considérés les Apaches de la civilisation, à Rio de Janeiro il se passait la même chose, en tenant compte du fait que les noirs étaient considérés comme synonyme de danger pour la ville. Le concept de jeunesse Apache s affirme dans la dialectique benjaminienne entre le passé le plus lointain et le futur émancipé. Le jeune issu des classes populaires continue à exercer un affrontement, un choc avec l espace urbain. Il désire vivre la ville intensément, mais celle-ci l interprète comme un être sauvage.Cruz, ClaudioUniversidade Federal de Santa CatarinaZimermann, Giovana Aparecida2015-09-01T04:09:34Z2015-09-01T04:09:34Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis370 p.| il.application/pdf334024https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/134678porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-03-07T19:01:39Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/134678Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-03-07T19:01:39Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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