Tolerância imunológica a antígenos cardíacos como abordagem terapêutica no reparo tecidual miocárdico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramos, Elisabete Regina Bóf
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/169552
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2015.
id UFSC_484e4395d684a3fbb092d4eb5e0564fc
oai_identifier_str oai:repositorio.ufsc.br:123456789/169552
network_acronym_str UFSC
network_name_str Repositório Institucional da UFSC
repository_id_str 2373
spelling Tolerância imunológica a antígenos cardíacos como abordagem terapêutica no reparo tecidual miocárdico FarmacologiaEnfarte do miocardioTolerancia imunologicaAntigenosFenótipoTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2015.Após um episódio de infarto do miocárdio, cardiomiócitos necrosados liberam componentes intracelulares os quais se configuram como antígenos, e desencadeiam assim, uma resposta autoimune contra o tecido cardíaco. Em um trabalho prévio realizado por nosso grupo encontramos que a tolerância imunológica aos antígenos cardíacos pode ser reforçada por meio do tratamento oral com proteínas cardíacas, e parece ser benéfica ao processo de reparo tecidual e função cardíaca após a indução de isquemia. Desta forma, o principal objetivo deste trabalho foi estudar em maiores detalhes estas observações e ainda, caracterizar o fenótipo dos leucócitos presentes no infiltrado celular inflamatório. Lesões cardíacas semelhantes ao infarto foram induzidas em ratos Wistar machos (grupo ISO) através da injeção de altas doses de isoproterenol (150 mg/Kg, em dois dias consecutivos). A tolerância imunológica aos antígenos cardíacos foi desenvolvida por meio da exposição oral aos componentes do coração 7 dias antes da indução da lesão miocárdica (grupo TOL+ISO). Animais naïve foram usados como controles não-infartados (grupo CTR). Com a finalidade de se acessar a função cardíaca e o processo inflamatório que tomou parte após a indução da lesão isquêmica, foram realizadas avaliação hemodinâmica e análise imunohistoquímica. Observamos que, enquanto os animais do grupo ISO apresentaram um proeminente dano sistólico e diastólico cardíaco, os animais do grupo TOL+ISO apresentaram fração de ejeção preservada tanto 3 dias após a indução da lesão miocárdica isquêmica (CTR 73,4 ± 2,8; ISO 44,6 ± 6,3; TOL+ISO 74,3 ± 4,4; P < 0,05 entre o grupo CTR e o grupo ISO), quanto 15 dias após (CTR 73,4 ± 2,8; ISO 53,6 ± 8.,8; TOL+ISO 66,6 ± 4,1; P < 0,05 entre grupo CTR e grupo ISO). A análise imunohistoquímica dos níveis de expressão de IL-10, arginase-1, NOS-2 e fosfo-p65 revelou que os animais tornados tolerantes aos antígenos cardíacos (TOL+ISO) são capazes de mobilizar a resposta anti-inflamatória de forma antecipada e mais pronunciada, quando comparado aos animais do grupo ISO. Em conjunto, nossos dados sugerem que a tolerância oral aos antígenos cardíacos pode ser capaz de melhorar o processo de reparo tecidual após lesão isquêmica, uma vez que acelerou o processo de resolução da inflamação, e que isso se correlacionou com o melhor desempenho cardíaco global.<br>Abstract : After a myocardial infarction episode, necrotic cardiomyocytes can release antigens that trigger autoimmunity phenomena against the cardiac tissue. In a previous work we found that the reinforcing immunological tolerance to such cardiac antigens might benefits myocardial healing and function after isoproterenol-induced damage. Thus, the main objective of the present study was to further address those observations, and characterize the phenotype of infiltrating leukocytes. Infarction-like myocardial lesions were induced in male Wistar rats (ISO group) through the injection of high doses of isoproterenol (150 mg/kg, two consecutive days). Immunological tolerance to cardiac antigens was developed by means of oral exposure to cardiac antigens 7 days before isoproterenol-induced myocardial lesions (TOL+ISO group). Naïve animals were used as non-infarcted control (CTR group). Hemodynamics and immunohistochemistry analysis were performed do asses myocardial function and inflammation. We found that while ISO-treated animals presented systolic and diastolic impairment, TOL+ISO animals presented preserved ejection fraction at 3 d (CTRL 73.4 ± 2.8; ISO 44.6 ± 6.3; TOL+ISO 74.3 ± 4.4; P < 0.05 between CTRL and ISO) and 15 d (CTRL 73.4 ± 2.8; ISO 53.6 ± 8.8; TOL+ISO 66.6 ± 4.1; P <0 .05 between CTRL and ISO) post myocardial lesion induction. Immunohistochemical analysis of IL-10, arginase-1, NOS-2 and phopho-p65 expression levels revealed that animals tolerant to cardiac antigens mobilized an earlier and stronger anti-inflammatory response as compared to animals from the ISO group. Altogether, these findings suggest that oral tolerance to cardiac antigens might improve myocardial healing by means of accelerating the inflammation resolution process, and that correlated with a better overall cardiac functionality.Assreuy, JamilUniversidade Federal de Santa CatarinaRamos, Elisabete Regina Bóf2016-10-19T13:08:52Z2016-10-19T13:08:52Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis111 p.| grafs., tabs., il.application/pdf338132https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/169552porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-10-19T13:08:52Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/169552Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-10-19T13:08:52Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
dc.title.none.fl_str_mv Tolerância imunológica a antígenos cardíacos como abordagem terapêutica no reparo tecidual miocárdico
title Tolerância imunológica a antígenos cardíacos como abordagem terapêutica no reparo tecidual miocárdico
spellingShingle Tolerância imunológica a antígenos cardíacos como abordagem terapêutica no reparo tecidual miocárdico
Ramos, Elisabete Regina Bóf
Farmacologia
Enfarte do miocardio
Tolerancia imunologica
Antigenos
Fenótipo
title_short Tolerância imunológica a antígenos cardíacos como abordagem terapêutica no reparo tecidual miocárdico
title_full Tolerância imunológica a antígenos cardíacos como abordagem terapêutica no reparo tecidual miocárdico
title_fullStr Tolerância imunológica a antígenos cardíacos como abordagem terapêutica no reparo tecidual miocárdico
title_full_unstemmed Tolerância imunológica a antígenos cardíacos como abordagem terapêutica no reparo tecidual miocárdico
title_sort Tolerância imunológica a antígenos cardíacos como abordagem terapêutica no reparo tecidual miocárdico
author Ramos, Elisabete Regina Bóf
author_facet Ramos, Elisabete Regina Bóf
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Assreuy, Jamil
Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.author.fl_str_mv Ramos, Elisabete Regina Bóf
dc.subject.por.fl_str_mv Farmacologia
Enfarte do miocardio
Tolerancia imunologica
Antigenos
Fenótipo
topic Farmacologia
Enfarte do miocardio
Tolerancia imunologica
Antigenos
Fenótipo
description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2015.
publishDate 2015
dc.date.none.fl_str_mv 2015
2016-10-19T13:08:52Z
2016-10-19T13:08:52Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv 338132
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/169552
identifier_str_mv 338132
url https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/169552
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 111 p.| grafs., tabs., il.
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFSC
instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron:UFSC
instname_str Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron_str UFSC
institution UFSC
reponame_str Repositório Institucional da UFSC
collection Repositório Institucional da UFSC
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808651935553683456