Metodologia para determinação da digestibilidade de nutrientes e energia em tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus): manejo alimentar e composição da dieta referência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Maria Fernanda Oliveira da
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/247721
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, Florianópolis,2023.
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spelling Metodologia para determinação da digestibilidade de nutrientes e energia em tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus): manejo alimentar e composição da dieta referênciaAquiculturaTilápia (Peixe)AminoácidosTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, Florianópolis,2023.A avaliação e o conhecimento preciso dos coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) dos nutrientes é uma ferramenta importante para auxiliar na formulação de dietas tanto nutricional como economicamente eficientes. A capacidade dos peixes em digerir e utilizar os nutrientes da dieta pode ser influenciada por vários fatores, como frequência alimentar, nível de alimentação e atividade das enzimas digestivas. Este trabalho avaliou o manejo alimentar e a composição da dieta referência e suas possíveis influências na digestibilidade dos nutrientes e energia em ingredientes e dietas para juvenis da tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus). Foco especial foi dirigido à digestibilidade dos aminoácidos (AA), pois, juntamente com seu perfil, determina o valor biológico de uma proteína. No primeiro experimento, os CDA dos ingredientes práticos farelo de soja (FS) e farinha de vísceras de aves (FVA) foram avaliados, utilizando-se dietas referência formuladas com dois tipos de ingredientes: semipurificados (SP) ou práticos (P). Grupos de 20 juvenis (65,05 ± 12,37 g) foram alimentados duas vezes ao dia, até a saciedade aparente, com cada uma das seguintes dietas experimentais: FS-SP, FS-P, FVA SP, FVA-P, testadas em quadruplicata. Após a última alimentação e limpeza dos tanques, as fezes eram coletadas por sifonagem, armazenadas e posteriormente analisadas para o cálculo da digestibilidade da energia, matéria seca, proteína e aminoácidos. No segundo experimento, testou-se a influência da frequência alimentar (duas, quatro ou seis vezes ao dia) e nível de alimentação (restrito ou saciedade aparente) na digestibilidade da energia e nutrientes. Utilizou se um arranjo fatorial, totalizando seis tratamentos, os quais foram testados em quadruplicata. Após o período de aclimatação, grupos de 23 juvenis, com peso inicial médio de 63,75± 12,60 g, foram transferidos para as unidades experimentais (tanques circulares de 115 L), ligados a um sistema de recirculação de água, perfazendo uma biomassa de aproximadamente 1.500 g por unidade. As fezes foram coletadas por sifonagem, armazenadas, analisadas e os CDA da matéria seca, energia, proteína e aminoácidos foram calculados. A tilápia-do-nilo demonstrou alta capacidade de digerir tanto farelo de soja como farinha de vísceras de aves, sendo que a maioria dos CDA atingiu valores acima de 90%. O tipo de dieta referência afetou a digestibilidade da proteína e dos aminoácidos nos ingredientes teste, sendo que a dieta referência semipurificada originou CDA mais elevados, principalmente para o ingrediente farelo de soja. Os dados de digestibilidade gerados com a dieta referência prática demonstraram maior relevância prática do que àqueles gerados com a dieta referência semipurificada, sendo sua aplicação recomendada em estudos de digestibilidade com a tilápia-do-nilo. Tanto a frequência alimentar como o nível de alimentação não afetaram a digestibilidade da matéria seca e energia, mas houve interação entre a digestibilidade da proteína e a maioria dos aminoácidos. A atividade da tripsina não foi afetada pela frequência alimentar ou nível de alimentação, mas a atividade da quimotripsina foi influenciada pela frequência alimentar. Em peixes alimentados no regime restrito, o aumento da frequência alimentar para quatro e seis vezes ao dia teve efeito positivo na digestibilidade da proteína e aminoácidos. Já para os peixes alimentados até a saciedade aparente, o aumento da frequência alimentar não afetou a digestibilidade. Os resultados demonstram que um manejo alimentar adequado, em relação a frequência alimentar e nível de alimentação, pode beneficiar os CDA de alguns nutrientes, principalmente proteína e aminoácidos. Esta pesquisa confirma a importância de avaliar metodologias aplicadas em ensaios de digestibilidade. Tanto a escolha da composição de ingredientes da dieta referência quanto a frequência alimentar e nível de arraçoamento adotados podem impactar os coeficientes de digestibilidade aparente de alguns nutrientes.Abstract: The evaluation and accurate knowledge of the apparent digestibility coefficients (ADC) of nutrients is an important tool to assist in the formulation of nutritive and cost-effective diets. The ability of fish to digest and utilize dietary nutrients can be influenced by several factors such as feeding frequency, feeding level and digestive enzyme activity. This work evaluated the feeding management and composition of the reference diet and its possible influences on the digestibility of nutrients and energy in ingredients and diets for juvenile Nile tilapia (Oreochromis niloticus). Special focus was directed to the digestibility of amino acids, as, together with its profile, it determines the biological value of a protein. In the first experiment, the ADC of the practical ingredients soybean meal (SBM) and poultry by-product meal (PBM) were evaluated, using reference diets formulated with two types of ingredients: semi-purified (SP) or practical (P). Groups with 20 juveniles (65.05 ± 12.37 g) were fed to apparent satiation, twice a day, with each of the following experimental diets: SBM-SP, SBM-P, PBM-SP, PBM P, tested in quadruplicate. After the last feeding and cleaning of the tanks, the feces were collected by siphoning, stored, and later analyzed to calculate the digestibility of energy, dry matter, protein, and amino acids. In the second experiment, we tested the influence of the feeding frequency (two, four or six times a day) or the feeding level (restricted or apparent satiety) on the digestibility of energy and nutrients. Experimental design was set in a factorial arrangement, totaling six treatments, tested in quadruplicate. After the acclimatization period, groups of 23 juveniles, with an average initial weight of 63.75± 12.60 g, were transferred to the experimental units (circular tanks with 115 L), connected to a water recirculation system, making up a biomass of approximately 1,500 g per unit. Feces were collected by siphoning, stored, analyzed and the ADC of dry matter, energy, protein, and amino acids were calculated. Nile tilapia showed a high capacity to digest both soybean meal and poultry by-product meal, with most ADC reaching values above 90%. The type of reference diet affected protein and amino acids digestibility in the test ingredients, with the semi-purified reference diet resulting in higher ADCs, mainly for the soybean meal ingredient. Digestibility data generated with the practical reference diet demonstrated higher practical relevance than those generated with the semi-purified reference diet, and its application is recommended in digestibility studies with Nile tilapia. Both feeding frequency and feeding level did not affect dry matter or energy digestibilities, but there was an interaction between feeding frequency and feeding level on the digestibility of protein and most amino acids. Trypsin activity was not affected by feeding frequency or feeding level, but chymotrypsin activity was influenced by feeding level. In restricted-fed fish, increasing feeding frequency to four and six times a day had a positive effect on protein and amino acids digestibility. As for fish fed to apparent satiation, the increase in feeding frequency did not affect digestibility. The results demonstrate that an adequate dietary management, in relation to feeding frequency and feeding level, can benefit the ADC of some nutrients, mainly protein and amino acids. This study confirms the importance of evaluating methodologies in digestibility trials. Both the choice of ingredients in the reference diet and the adopted feeding frequency and feeding level can impact the apparent digestibility coefficients of some nutrients.Fracalossi, Débora MachadoSilva, Carlos PeresUniversidade Federal de Santa CatarinaSilva, Maria Fernanda Oliveira da2023-06-28T18:27:41Z2023-06-28T18:27:41Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis66 p.| il.application/pdf381871https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/247721porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-06-28T18:27:41Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/247721Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-06-28T18:27:41Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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