Avaliação do estado funcional de doentes críticos diagnosticados com COVID-19: um estudo de coorte
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/251519 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2023. |
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Avaliação do estado funcional de doentes críticos diagnosticados com COVID-19: um estudo de coorteCiências médicasCuidados críticosCOVID-19Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2023.Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), os pacientes são expostos a períodos de restrição no leito, terapia medicamentosa e uso de Ventilação Mecânica Invasiva (VMI). Estudos demonstraram que a combinação desses fatores, associados à gravidade da doença, acarreta prejuízo no estado funcional, mental e cognitivo desses indivíduos após a alta hospitalar por períodos superior a cinco anos. O efeito profundo nos sistemas de saúde causado pelo Coronavirus Disease (COVID-19), uma infecção grave, associada à elevada necessidade de internação em UTI, trouxe consequências à sociedade ainda mais complexas. Uma avaliação de acompanhamento desses pacientes se torna de suma importância para o entendimento da doença e suas repercussões na vida da população. O objetivo desse estudo foi avaliar e comparar o estado funcional de doentes críticos diagnosticados com COVID-19 a curto e longo prazo, e verificar a influência das variáveis sociodemográficas, antropométricas e clínicas no estado funcional. Este foi um estudo longitudinal e prospectivo, que incluiu pacientes adultos diagnosticados com COVID-19 que internaram em UTI. Foram realizadas avaliações do estado funcional dos sobreviventes para verificar a força muscular periférica pela dinamometria de preensão palmar (DPP), a funcionalidade pelo Short Physical Performance Battery (SPPB) e a capacidade funcional pelo Teste de Sentar e Levantar de 30 segundos (TSL30s), TSL de cinco repetições (TSL5r) e a Velocidade Usual de Marcha em quatro metros (VUM4m), aos quatro meses e um ano após a alta hospitalar. Para elencar as variáveis sociodemográficas e clínicas, foram consultados os prontuários. Os dados funcionais foram comparados através do teste McNemar, teste t-Student para dados pareados ou teste de Wilcoxon. Foi utilizado o modelo de regressão linear simples para determinar os fatores influenciadores para o prejuízo do estado funcional pela DPP e TSL30s. Participaram do estudo 52 pacientes com média de idade de 50,1±11,8 anos, a maioria era do sexo feminino 27 (51,9%) e obesos 35 (71,4%). Quarenta e seis (88,5%) pacientes necessitaram de VMI, permanecendo nesta condição por mediana de 9,0 (P25-75=7,0?12,0) dias. As medianas de tempo de internação na UTI e hospitalar foram, respectivamente, de 11,0 (P25-75=8,7?16,0) e 19,5 (P25-75=14,0?29,3) dias. Apesar dos pacientes melhorarem seus desempenhos nos testes funcionais em um ano, vinte e dois (42,3%) e 19 (37,3%) deles ainda permaneciam com força muscular e capacidade física reduzidas. As variáveis que mais influenciaram no prejuízo da força muscular foram: sexo feminino [ß=-18,39; (IC95%:-23,01;-13,77)], uso de VMI [ß=-11,32; (IC95%:-21,74;-0,90)] e o uso de determinados medicamentos (ß=-11,27 a -25,03). Na capacidade funcional, mulheres diminuíram em 2,86 repetições no TSL30s. Conclui-se que há um prejuízo funcional após a internação em UTI e entre um terço e quase metade dos pacientes seguem disfuncionais após um ano da alta hospitalar. A curto prazo, as mulheres apresentam-se com uma maior redução de força muscular e capacidade física quando comparadas com os homens e uso de VMI e determinados medicamentos influenciam na piora da força muscular. Esses resultados demonstram o prejuízo no estado funcional de sobreviventes à COVID-19 internados na UTI e consequentemente, em sua qualidade de vida.Abstract: In the Intensive Care Unit (ICU), patients are exposed to periods of bed rest, drug therapy, and Invasive Mechanical Ventilation (IMV). Studies have shown that the combination of these factors, along with the severity of the disease, leads to impairment in the functional, mental, and cognitive status of these individuals for periods exceeding five years after hospital discharge. The profound impact on healthcare systems caused by Coronavirus Disease (COVID-19), a severe infection associated with a high need for ICU admission, has brought even more complex consequences to society. Follow-up evaluation of these patients becomes of an essential goal for understanding the disease and its repercussions on the population's life. The study aimed to assess and compare the physical functioning of critically ill patients diagnosed with COVID-19 in the short and long term and to determine the influence of sociodemographic, anthropometric and clinical variables on physical functioning. This was a longitudinal and prospective study that included adult patients diagnosed with COVID-19 who were admitted to the ICU. Functional assessments were performed on survivors to measure peripheral muscle strength using Handgrip Dynamometry (HGD), functionality using the Short Physical Performance Battery (SPPB), and functional capacity using the 30-second Sit-to-Stand Test (30STS), 5-repetition Sit-to-Stand Test (5STS), and 4-m Gait Speed Test at Usual (4MGS_usual) at four months and one year after hospital discharge. From medical records were obtained sociodemographic and clinical variables. Functional data were compared using the McNemar test, paired t-test, or Wilcoxon test. Simple linear regression analysis was used to determine the influencing factors for functional impairment based on HGD and 30STS. The study included 52 patients with a mean age of 50.1±11.8 years, the majority of whom were female 27 (51.9%) and obese 35 (71.4%). Forty-six (88.5%) patients required IMV, remaining in this condition for a median of 9.0 (IQR=7.0?12.0) days. The medians for ICU and hospital length of stay were 11.0 (IQR=8.75?16.0) and 19.5 (IQR=14.0?29.3) days, respectively. Despite patients showing improvement in their performances in the physical functional tests after one year, twenty-two (42.3%) and 19 (37.3%) of them still had reduced muscle strength and functional capacity. The variables that most influenced muscle strength impairment were female sex [ß=-18.39; (95% CI: -23.01 to -13.77)], use of IMV [ß=-11.32; (95% CI: -21.74 to -0.90)] and the use of certain medications (ß=-11.27 to -25.03). In terms of functional capacity, women decreased by 2.86 repetitions in the 30STS. In conclusion, there is functional impairment following ICU admission, and one-third to almost half of the patients remain dysfunctional one year after hospital discharge. In the short term, women tend to experience a reduction in muscle strength and functional capacity compared to men, and the use of IMV and certain medications contribute to worsened muscle strength. These results demonstrate the impairment of the physical functioning of the survivors of COVID-19 ICU admission and, consequently, their quality of life.Silva, Rosemeri MauriciUniversidade Federal de Santa CatarinaReis, Nair Fritzen dos2023-10-19T23:15:12Z2023-10-19T23:15:12Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis76 p.| il., gráfs.application/pdf384138https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/251519porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-19T23:15:12Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/251519Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-10-19T23:15:12Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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