Concordância de a gente em estruturas predicativas na fala de Florianópolis: um estudo de tendência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chagas, Juliana Flores das
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/206396
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Lingüística, Florianópolis, 2019.
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spelling Concordância de a gente em estruturas predicativas na fala de Florianópolis: um estudo de tendênciaLinguísticaLíngua portuguesaLíngua portuguesaLíngua portuguesaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Lingüística, Florianópolis, 2019.Este estudo objetiva analisar o processo de gramaticalização e a inserção da forma a gente em estruturas predicativas do português brasileiro falado em Florianópolis, capital de Santa Catarina. Interessa compreender, com base na Teoria da Variação e Mudança (Weinreich, Labov e Herzog (2006 [1968]), as mudanças que estão ocorrendo nessas estruturas, considerando os fatores de natureza sintático-semântica que operam na mudança categorial da forma a gente. Observamos seu comportamento através do controle de algumas propriedades formais e semânticas utilizadas como estratégias de concordância de gênero, número e pessoa em confronto com estruturas predicativas de pronome canônico nós. Para tanto, analisamos amostras de fala florianopolitana de 1990 e 2010, extraídas do banco de dados Varsul (Variação Linguística na Região Sul do Brasil), a partir das seguintes variáveis: extensão semântica do referente, concordância de gênero e número com as formas pronominais, concordância verbal do predicativo com o sujeito da oração, preenchimento do sujeito, grau de escolarização, faixa etária, sexo e décadas. Para este estudo, identificamos a correlação entre os fatores linguísticos e extralinguísticos que condicionam o comportamento das flexões de pessoa, número e gênero em estruturas predicativas com a forma a gente; avaliamos se é possível dizer que a generalização do masculino-singular com o a gente representa uma nova posição na gramaticalização da expressão nominal para pronominal; e observamos se o uso de a gente aumentou entre as décadas, representando um estágio de mudança em progresso por gramaticalização. Comparando as estruturas predicativas de a gente com as estruturas predicativas de nós, os resultados apontam para as seguintes direções: maior emprego da expressão a gente para referências indeterminadas; o masculino-singular, por ser uma forma neutra e não marcada, quando combinado com nós e a gente, tem se generalizado como default, principalmente em casos de referência mista e genérica; as mulheres apresentam um número significativo do masculino-singular como referência genérica e/ou mista com a gente; e, por fim, aumento pouco significativo do a gente em posição de sujeito entre 1990 e 2010.Abstract: This study aims to analyze the process of grammaticalization and insertion of the form a gente in predicative structures into the pronominal system of the Brazilian Portuguese spoken in Florianópolis, capital of Santa Catarina. It is important to understand, based on the Theory of Linguistic Variation and Change, the changes occurring in those structures; considering the factors of syntactic-semantics nature operating within the categorical change of the form a gente. We observed the aforementioned behavior in predicative structures through the control of some formal and semantic properties used as strategies of gender, number and person agreement against the use of the canonical pronoun nós predicative structures. Against this backdrop, we analyzed speech samples of Florianópolis inhabitants, from 1990 to 2010, extracted from the database of Varsul (Linguistic Variation in the Southern Region of Brazil), starting from the following variations: semantic extension of the referrer; gender and number agreement with the pronominal forms; verbal agreement with the subject of the clause; use of the subject; level of schooling; age; gender; and decade. Accordingly, we could identify the correlation between the linguistic and extra-linguistic factors that condition the behavior of person, number, and gender flexion in predicative structures with the form a gente; we evaluated whether it was is possible to affirm that the generalization of singular-masculine with a gente represents a new position in the grammaticalization of the expression; and we observed whether the use of the expression a gente increased along subsequent decades, representing a phase of progressively change in the grammaticalization of that expression. Comparing the a gente s predicative structures with nós predicative structures, the results indicate: the higher use of the expression a gente for indeterminate references; the singularmasculine, because it is a neutral and unmarked form, when combined with nós and a gente, has been generalized as default, especially in cases of mixed and generic reference; the women show a significative number of singular-masculine as generic and/or mixed reference with a gente; a slight increase of a gente as subject from 1990 and 2010.Coelho, Izete LehmkuhlUniversidade Federal de Santa CatarinaChagas, Juliana Flores das2020-03-31T15:32:17Z2020-03-31T15:32:17Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis123 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf368152https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/206396porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-03-31T15:32:17Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/206396Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-03-31T15:32:17Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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