UMA METODOLOGIA PARA IDENTIFICAÇÃO DO CUSTO DA CAPACIDADE OCIOSA NO ENCINO DE GRADUAÇÃO DAS UNIVERSIDADES.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reinert, José Nilson
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/26074
Resumo: O objetivo do presente trabalho é construir uma metodologia para identificar o custo da capacidade ociosa nos cursos de graduação das Universidades. Acredita-se que, ao se delimitar esta questão de forma quantitativa, possa-se contribuir para uma maior conscientização da comunidade universitária, dos governos, de um modo geral, e da sociedade, a respeito do tema. Isso tem particular importância, principalmente num país em desenvolvimento, que precisa otimizar seus recursos, visando oferecer maiores oportunidades de acesso ao ensino superior, com qualidade e da forma mais acessível possível, do ponto de vista financeiro, aos seus cidadãos. Para construir uma metodologia para identificar o custo da capacidade ociosa no Ensino de Graduação nas Universidades presume-se a necessidade da seqüência dos seguintes passos: 1. identificar o custo da folha de pagamento de um exercício fiscal (FP), já que, segundo autores pesquisados nesta área, este custo corresponde, em média, a 90% dos custos totais de uma Universidade; 2. acrescentar ao custo anterior um percentual de 11,11% (FP x 11,11%), para atingir os 100% do custo total (CT). 3. identificar o percentual das atividades de ensino da Universidade (AE), com base nos seus planos departamentais consolidados. Para tanto, faz-se necessário somar todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão e verificar qual o percentual das atividades de ensino neste total. 4. identificar o percentual das atividades de ensino de graduação (AEG) sobre o total das atividades de ensino e multiplicar um fator pelo outro para se conhecer o total das atividades dedicadas ao ensino de graduação; 5. identificar quantos alunos de graduação deveriam, ou poderiam, estar matriculados regularmente (MRP); 6. tomar o custo total da Universidade, obtido no passo 2 e, posteriormente, dividi-lo pelo total de alunos de graduação que deveriam ou poderiam estar matriculados no ano letivo, obtidos no passo 5, para se obter o custo padrão do aluno por semestre (CPAs); 7. identificar o número de alunos de graduação matriculados efetivamente nos dois semestres (ME) e multiplicar pelo custo padrão, obtido no passo 6, para se obter o custo padrão global (CPG); 8. diminuir do custo total (CT), obtido no passo dois, o custo padrão global, para se obter o custo global da capacidade ociosa bruta. 9. contabilizar os créditos cursados pelos alunos especiais (CrAE) no ano letivo considerado; 10. dividir o total do passo número nove por um total de créditos padrão semestral (CrPs) para os alunos dos cursos regulares para se obter uma “equivalência de aluno regular” anual; 11. multiplicar esta equivalência pelo custo padrão do aluno por semestre (CPAs), obtido no passo seis, para se obter o custo efetivo do aluno especial; 12. diminuir este custo efetivo do aluno especial do custo bruto global da capacidade ociosidade bruta, obtida no passo oito, para se obter o custo efetivo da capacidade ociosa (CECO). Este processo está para ser testado já nos próximos dias na Universidade Federal de Santa Catarina para verificar sua consistência, bem como checar as dificuldades operacionais para seu estabelecimento. Acredita-se que com a ampla informatização dos vários sistemas já implantados na Universidade, as dificuldades que certamente surgirão, serão relativamente contornáveis.
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