Estudo ecotoxicológico para valorização do resíduo produzido no processo de polimento de piso porcelanato na indústria cerâmica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Cristina Henning da
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94445
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Florianópolis, 2010
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spelling Estudo ecotoxicológico para valorização do resíduo produzido no processo de polimento de piso porcelanato na indústria cerâmicaEngenharia ambientalResiduos industriaisToxicidade -TestesDaphniaOligoquetaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Florianópolis, 2010Um dos problemas da indústria de cerâmicas é a quantidade de resíduo gerado, principalmente o resultante do processo de polimento de pisos de porcelanato. Este resíduo, constituído de água, argila, areia e compostos químicos presentes no piso, após o tratamento físico-químico, gera como subproduto uma massa úmida chamada de "torta ou lodo de polimento", que em geral é desidratado e encaminhado para um aterro industrial. Porém esta solução não é econômica e ambientalmente adequada. Uma alternativa para a valorização deste resíduo é a sua utilização em outra linha de produção, incorporando-o na fabricação de tijolos e blocos de concreto para a construção civil. Para tal objetivo, esta pesquisa realizou um estudo ecotoxicológico deste resíduo em diferentes situações, testando o lodo fresco (in natura), o lodo seco (coletado no pátio fabril) e ainda os tijolos fabricados com diferentes concentrações do resíduo (0%, 1%, 3% e 5%). Para a avaliação toxicológica, a amostra do resíduo e os corpos de prova (tijolos) foram submetidos ao teste de lixiviação de bancada. Após a obtenção do extrato lixiviado, este foi usado para a realização dos testes de toxicidade aguda e crônica com o microcrustáceo Daphnia magna, ensaios de comportamento e teste de letalidade com o oligoqueta Eisenia fetida (minhoca) e teste de germinação com sementes de rúcula (Eruca sativa L.). Os ensaios de toxicidade aguda com D. magna foram baseados na metodologia da NBR 12.713 (2003), onde o organismo-teste foi exposto por um período de 48 horas em diferentes concentrações da amostra. Os testes de toxicidade crônica foram realizados com amostras dos lixiviados de lodo fresco, lodo seco e dos tijolos com percentuais de 0 e 5% de incorporação do resíduo. Os ensaios de ecotoxicologia terrestre com E. fetida seguiram a metodologia descrita na NBR 15.537, em que os organismos jovens foram expostos ao lixiviado do resíduo. O ensaio de germinação com sementes de rúcula durou 7 dias, sendo as sementes expostas à concentrações do lixiviado do lodo fresco. Os resultados dos testes de toxicidade aguda mostraram que para D. magna, o resíduo não apresentou efeitos tóxicos agudo, ou seja, não foi observada a imobilidade dos organismos-teste nas concentrações testadas. Os resultados para os corpos de prova com diferentes percentagens do resíduo apresentaram muito pouca ou pouca toxicidade, estando dentro do limite estabelecido pela Portaria 017/2002 da FATMA. Já efeitos de toxicidade crônica para a longevidade, crescimento e reprodução de Daphnia magna foram observados nas amostras dos lixiviados do lodo fresco, lodo seco e dos tijolos. Em relação aos testes com o E. fetida, não foi observado efeito tóxico agudo sobre os organismos expostos. Os resultados obtidos com sementes de rúcula, também foram positivos, pois não houve efeito inibitório sobre a germinação das sementes expostas. Contudo as plântulas expostas a concentrações altas tiveram um crescimento menor que o controle com água destilada. Diante dos resultados obtidos, conclui-se que, tanto o lixiviado da "torta ou lodo de polimento", quanto o lixiviado do lodo seco, coletado no pátio do parque fabril, obtiveram bons resultados, ou seja, o resíduo apresentou toxicidade aguda nula ou baixa aos organismos testados neste trabalho, mostrando que o resíduo pode ser valorizado e reutilizado como matéria prima para produtos menos nobre e reduzir o impacto ambiental.Matias, William GersonPinto, Cátia Regina Silva de CarvalhoUniversidade Federal de Santa CatarinaCosta, Cristina Henning da2012-10-25T10:10:38Z2012-10-25T10:10:38Z2012-10-25T10:10:38Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis153 p.| il., grafs., tabs.application/pdf282052http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94445porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-04T00:58:51Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/94445Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-04T00:58:51Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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