Epa babá! as alegorias e o orixá: representações de oxalá nos desfiles das escolas de samba de são paulo

• Autor(a) principal: Silva, Leandro de Santana [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/11600/66709
• topic: Escola de Samba; Alegoria; Orixá; Oxalá; Religiosidade Afrodiaspórica

A presente pesquisa analisa as representações do Orixá Oxalá em alegorias de desfiles de escola de samba da cidade de São Paulo, tendo como foco as alegorias do desfile "Afoxé de Oxalá, no Cortejo de Babá, Um Canto de Luz em Tempo de Trevas" da Escola de Samba Águia de Ouro desenvolvido pelo carnavalesco Sidney França para o carnaval de 2022. Para tanto, criou-se, enquanto método de análise, uma adaptação do modelo iconográfico e iconológico, levando em consideração a compreensão da contextualização – por meio de um levantamento histórico acerca dos desfiles de escola de samba em São Paulo e da presença dos Orixás nos enredos de carnaval -, da concepção – através de registro de relato do carnavalesco -, da construção – a partir de trabalho de campo – e da apresentação – por meio do registro do desfile carnavalesco em si – das alegorias. A fim de proporcionar um panorama no qual fosse possível identificar determinadas semelhanças e permanências nas representações de Oxalá, foram selecionadas, para uma análise mais sucinta, outras alegorias que homenagearam Oxalá, no grupo especial de São Paulo, a saber: Vai-Vai (1991 e 2017), Mocidade Alegre (2003), Gaviões da Fiel Torcida (2019). O recorrente uso da cor branca e de determinadas imagens como o opaxorô e a pomba branca, evidenciam certas permanências na construção de tais representações, tendo em vista o caráter narrativo que elas evocam. A presença marcante de Orixás nos desfiles de carnaval e, mais especificamente, nas alegorias (elemento de notório protagonismo visual nos desfiles), por sua vez, reforçam a marcante relação presente entre as Escolas de Samba e a religiosidade afrodiaspórica.