Compreensão dos enfermeiros em setores críticos adulto do Hospital São Paulo quanto à morte encefálica e transplante

• Autor(a) principal: Quaglio, Willian Henrique [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=11480827; https://repositorio.unifesp.br/11600/68070
• topic: Enfermeiros; Compreensão; Morte Encefálica; Emergências; Unidade De Terapia Intensiva; Transplante; Nurses; Comprehension; Brain Death; Emergencies; Intensive Care Units; Transplantation

Atualmente, o transplante de órgãos sólidos e tecidos humanos é uma das opções de tratamento para melhorar a qualidade de vida de pessoas de todas as idades, que apresentam doença crônica irreversível e em seu estágio final, ou seja, o protocolo e manejo da morte encefálica passa a ser uma área de grande atuação do enfermeiro e sua equipe. A equipe de Enfermagem tem um papel de extrema relevância na atuação direta da melhoria da qualidade de vida de pacientes transplantados, porém a literatura aponta que estudantes de Enfermagem não se sentem preparados para atuarem como enfermeiros nessa área em função de uma formação insuficiente em relação a este tema. Dessa forma, esta pesquisa tem como objetivo identificar a compreensão dos enfermeiros do Pronto Socorro Adulto e de Unidades de Terapia Intensiva do Hospital São Paulo sobre morte encefálica e transplante. A pesquisa foi desenvolvida por meio de metodologia quantitativa inserida em um estudo descritivo e exploratório. A coleta de dados deu-se por meio da construção de uma Escala Likert composta por quatro dimensões abarcando 23 asserções que procuraram responder aos objetivos da pesquisa. A referida escala foi submetida a uma validação de conteúdo por meio do uso das equivalências semântica e cultural; a seguir foi randomizada com atribuição de pontos em duas escalas: 1/2/3/4 e 4/3/2/1, gerando três intervalos interpretativos: de 1 ponto a 1,99, onde se identifica uma percepção ruim, demandando correções a curto prazo; de 2 pontos a 2,99 a percepção é razoável, exigindo correções a médio prazo e de 3 pontos a 4 pontos, a percepção é boa, indicando assertividade quanto ao objeto pesquisado. Após a aplicação da escala, a mesma foi submetida ao processo de validação estatística com relação à dispersão e confiabilidade. A população de estudo de 70 pessoas foi composta por enfermeiros que trabalham no Pronto Socorro Adulto e nas Unidades de Terapia Intensiva do Hospital São Paulo. Como critério de inclusão, foram selecionados os enfermeiros que possuíam experiência maior que seis meses dentro desses setores e foram excluídos os enfermeiros que não presenciaram ou participaram de pelo menos um protocolo de morte encefálica. Os participantes receberam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, bem como o aceite para preenchimento da referida escala. Espera-se evidenciar o conjunto de ações e desafios do corpo de enfermeiros durante o processo de identificação da morte encefálica (ME) como o processo de desenvolvimento da entrevista com familiares do potencial doador e avaliação das dificuldades e manejos desenvolvidos por esses profissionais a fim de qualificar e potencializar a assistência de Enfermagem nesses importantes setores. Os dados encontrados foram positivos sobre a compreensão dos enfermeiros em relação ao cuidado com o potencial doador. Esses achados enriquecem as discussões, pois favorecem o aumento do índice de transplantes no Brasil, devido à boa conservação do órgão para a prática cirúrgica. A compreensão dos enfermeiros que atuam nos setores críticos de adulto do Hospital São Paulo, tais como UTIs e Pronto Socorro, sobre morte encefálica e transplante, foi razoável, tendo em vista que nenhuma dimensão apresentou a classificação abaixo de 1,99, não necessitando de correções em curto prazo.