Funcionamento executivo em pacientes com esquizofrenia refratária
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4094254 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47758 |
Resumo: | Introdução: A resistência ao tratamento farmacológico afeta até um terço dos pacientes com esquizofrenia. Déficits cognitivos, especialmente afetando o funcionamento executivo, têm sido considerados características centrais da doença. A natureza de tais déficits em pacientes resistentes ao tratamento, porém, tem sido pouco estudada. O principal objetivo do presente estudo foi avaliar separadamente os diferentes componentes do funcionamento executivo em pacientes com esquizofrenia refratária (TRS), comparando com pacientes sem história de refratariedade ao tratamento (não-TRS) e controles saudáveis. Metodologia: 65 indivíduos TRS (critérios IPAP adaptado), 60 pacientes Não-TRS e 112 controles saudáveis foram examinados. Os indivíduos foram testados com uma ampla bateria computadorizada de testes cognitivos, incluindo medidas para avaliar os três componentes específicos do funcionamento executivo: atualização, flexibilidade cognitiva e controle inibitório. Resultados: indivíduos com esquizofrenia apresentaram um pior desempenho em tarefas de funcionamento executivo global, de atualização e de controle inibitório em comparação com controles saudáveis. A medida global (TOL) não diferenciou TRS de Não-TRS. Quando os dois grupos de pacientes foram comparados, TRS aprensentaram um pior desempenho na atualização da memória de trabalho. Conclusão: Os presentes achados sugerem uma disfunção executiva mais grave em TRS, quando da comparação com Não-TRS, afetando particularmente a atualização da memória de trabalho. Adicionalmente, os resultados dão suporte à hipótese de que TRS representa um estágio mais avançado ou um subtipo mais grave de esquizofrenia. Futuros estudos longitudinais examinando indivíduos em primeiro episódio psicótico podem ser especialmente elucidativos para determinar se déficits executivos específicos preditores de refratariedade já se encontram presentes no início da doença. |
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Vicente, Marcella de Oliveira [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/2130804932385877http://lattes.cnpq.br/9732472446053745Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Lacerda, Acioly Luiz Tavares de [UNIFESP]São Paulo2018-07-30T11:45:06Z2018-07-30T11:45:06Z2016-12-21Introdução: A resistência ao tratamento farmacológico afeta até um terço dos pacientes com esquizofrenia. Déficits cognitivos, especialmente afetando o funcionamento executivo, têm sido considerados características centrais da doença. A natureza de tais déficits em pacientes resistentes ao tratamento, porém, tem sido pouco estudada. O principal objetivo do presente estudo foi avaliar separadamente os diferentes componentes do funcionamento executivo em pacientes com esquizofrenia refratária (TRS), comparando com pacientes sem história de refratariedade ao tratamento (não-TRS) e controles saudáveis. Metodologia: 65 indivíduos TRS (critérios IPAP adaptado), 60 pacientes Não-TRS e 112 controles saudáveis foram examinados. Os indivíduos foram testados com uma ampla bateria computadorizada de testes cognitivos, incluindo medidas para avaliar os três componentes específicos do funcionamento executivo: atualização, flexibilidade cognitiva e controle inibitório. Resultados: indivíduos com esquizofrenia apresentaram um pior desempenho em tarefas de funcionamento executivo global, de atualização e de controle inibitório em comparação com controles saudáveis. A medida global (TOL) não diferenciou TRS de Não-TRS. Quando os dois grupos de pacientes foram comparados, TRS aprensentaram um pior desempenho na atualização da memória de trabalho. Conclusão: Os presentes achados sugerem uma disfunção executiva mais grave em TRS, quando da comparação com Não-TRS, afetando particularmente a atualização da memória de trabalho. Adicionalmente, os resultados dão suporte à hipótese de que TRS representa um estágio mais avançado ou um subtipo mais grave de esquizofrenia. Futuros estudos longitudinais examinando indivíduos em primeiro episódio psicótico podem ser especialmente elucidativos para determinar se déficits executivos específicos preditores de refratariedade já se encontram presentes no início da doença.Background: Treatment resistance affects up to one third of patients with schizophrenia. Cognitive deficits, especially executive ones, have been considered core features of the illness. The nature of such deficits in treatment-resistant subjects, however, is still unknown. The main aim of present study was to evaluate specific components of executive functioning in treatment-resistant schizophrenia subjects (TRS), comparing with schizophrenia subjects without history of resistance to treatment (Non-TRS) and healthy subjects. Methodology: 65 TRS patients (adapted IPAP criteria), 60 NonTRS patients, and 112 healthy controls were examined. Subjects were tested with a comprehensive and computerized battery of cognitive tests, including measures to assess three specific executive components, namely updating, shifting and inhibition. Results: Schizophrenia subjects performed poorly on general executive functioning, updating and inhibition tasks in comparison to healthy controls. The global measure (TOL) could not differentiate TRS from NonTRS patients. Among the three executive dimensions, TRS subjects performed worse than NonTRS only in updating of working memory function. Conclusion: Present findings suggest a more severe executive dysfunction in TRS as compared to NonTRS subjects, particularly affecting updating of working memory function. In addition, results support the hypothesis that TRS is a more severe stage or a more severe subtype of schizophrenia. Future longitudinal studies examining first-episode schizophrenia subjects may be particularly elucidative to determine whether patients who develop TRS already present such deficits at the disease onset.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2013 a 2016)59 f.https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4094254VICENTE, Marcella de Oliveira. Funcionamento executivo em pacientes com esquizofrenia refratária. 2016. 59 f. Dissertação (Mestrado em Psiquiatria e Psicologia Médica) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.Marcella Oliveira Vicente - PDF A.pdfhttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47758porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)EsquizofreniaResistência ao tratamentoNeuropsicologiaFunção executivaRefratariedadeSchizophreniaTreatment resistanceNeuropsychologyExecutive functionRefractorinessFuncionamento executivo em pacientes com esquizofrenia refratáriaCognitive performance in refractory schizophrenia patientsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Psiquiatria e Psicologia MédicaCiências da saúdeMedicinaORIGINALMarcella Oliveira Vicente - PDF A.pdfMarcella Oliveira Vicente - PDF A.pdfDissertação de mestradoapplication/pdf1001041https://repositorio.unifesp.br/bitstreams/0fbeabea-f471-4ff4-b1fa-f671d474de3e/downloaddf880f2d49e1c415b017b8915a3274ceMD5111600/477582023-12-20 16:05:54.646oai:repositorio.unifesp.br/:11600/47758https://repositorio.unifesp.brRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-12-20T16:05:54Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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