Revascularização direta do miocárdio com artéria gastro-omental esquerda: estudo anatômico e histológico e relato de caso
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Data de Publicação: | 1987 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/228 http://dx.doi.org/10.1590/S0102-76381987000300002 |
Resumo: | A veia safena e a artéria mamária interna (AMI) são os enxertos mais usados, até o momento, para a revascularização direta do miocárdio. O estudo de sua normalidade de fluxo, a longo prazo, tem mostrado melhor adaptabilidade dos pedículos arteriais. O estudo da viabilidade da artéria gastro-omental (AG-O), na revascularização direta do miocárdio, foi realizado mediante estudo anatômico em 25 cadáveres adultos, com idades entre 23 e 84 anos, material cedido pelo Departamento de Anatomia Patológica da Escola Paulista de Medicina. A tática cirúrgica consistiu na dissecção da AG-O esquerda, ligando suas colaterais e desligando-a da AG-O direita, ao nível do antro pilórico. Foram estudados os diâmetros da artéria e o comprimento do pedículo. A transferência para a cavidade pericárdica foi realizada rodando o pedículo pela frente do fundo gástrico e passando-o através do orifício praticado no diafragma, anastomosando-o com a artéria coronária direita ou ramos marginais da artéria circunflexa. O estuo histológico da estrutura da AG-O mostrou camada média de tipo músculo-elástico com baixa incidência de aterosclerose. A aplicação clínica desta técnica foi realizada numa paciente de 58 anos de idade, que apresentava ambas as veias safenas internas finas e fibrosadas. Foram dissecadas AMI esquerda, AMI direita e AG-O esquerda, revascularizando as artérias descendente anterior, coronária direita e marginal esquerda, respectivamente. Após evolução pós-operatória de 12 dias, sem intercorrências, foi realizada angiografia digital seletiva das artérias mamárias e esplénica, demonstrando a normalidade ao fluxo dos enxertos. Esta nova possibilidade de revascularização miocárdica constitui uma opção a mais, entre o elenco de alternativas de que o cirurgião dispõe, especialmente quando não existem possibilidades de escolha de enxertos venosos. |
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Maluf, Miguel Angel [UNIFESP]Buffolo, Enio [UNIFESP]Barone, Boris [UNIFESP]Andrade, José Carlos S [UNIFESP]Gallucci, Costabile [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:24:17Z2015-06-14T13:24:17Z1987-12-01Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular. Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, v. 2, n. 3, p. 159-170, 1987.0102-7638http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/228http://dx.doi.org/10.1590/S0102-76381987000300002S0102-76381987000300002.pdfS0102-7638198700030000210.1590/S0102-76381987000300002A veia safena e a artéria mamária interna (AMI) são os enxertos mais usados, até o momento, para a revascularização direta do miocárdio. O estudo de sua normalidade de fluxo, a longo prazo, tem mostrado melhor adaptabilidade dos pedículos arteriais. O estudo da viabilidade da artéria gastro-omental (AG-O), na revascularização direta do miocárdio, foi realizado mediante estudo anatômico em 25 cadáveres adultos, com idades entre 23 e 84 anos, material cedido pelo Departamento de Anatomia Patológica da Escola Paulista de Medicina. A tática cirúrgica consistiu na dissecção da AG-O esquerda, ligando suas colaterais e desligando-a da AG-O direita, ao nível do antro pilórico. Foram estudados os diâmetros da artéria e o comprimento do pedículo. A transferência para a cavidade pericárdica foi realizada rodando o pedículo pela frente do fundo gástrico e passando-o através do orifício praticado no diafragma, anastomosando-o com a artéria coronária direita ou ramos marginais da artéria circunflexa. O estuo histológico da estrutura da AG-O mostrou camada média de tipo músculo-elástico com baixa incidência de aterosclerose. A aplicação clínica desta técnica foi realizada numa paciente de 58 anos de idade, que apresentava ambas as veias safenas internas finas e fibrosadas. Foram dissecadas AMI esquerda, AMI direita e AG-O esquerda, revascularizando as artérias descendente anterior, coronária direita e marginal esquerda, respectivamente. Após evolução pós-operatória de 12 dias, sem intercorrências, foi realizada angiografia digital seletiva das artérias mamárias e esplénica, demonstrando a normalidade ao fluxo dos enxertos. Esta nova possibilidade de revascularização miocárdica constitui uma opção a mais, entre o elenco de alternativas de que o cirurgião dispõe, especialmente quando não existem possibilidades de escolha de enxertos venosos.The most used grafts for myocardial revascularization are saphenous vein and the internal mammary artery (IMA); long term patency studies have shown good results with IMA. The use of the gastroepiploic artery (GEA) as a graft for direct myocardial revascularization was tested in 25 cadavers, with ages varying from 23 to 84 years obtained from the Anatomy Department at the Escola Paulista de Medicina. The surgical technique consisted in cutting down the left GEA, sectioning its collaterals and cutting it off from the right GEA at the piloric zone. The diameter and length of the artery were studied. The placement of the artery in the pericardial sac was done through rotation of the pedicle in front of the diaphragm. It was possible to anastomose it to the right coronary artery or circunflex marginal. Histological studies performed on the GEA demonstrated a medial layer of the type elastic-muscular with low incidence of atherosclerosis. The clinical application of this technique was performed in a 58 years old female who had both saphenous veins completely fibrosed. The patient received three grafts: left IMA, right IMA and GEA for the left anterior descending, right coronary artery and circunflex artery, respectively. The immediate postoperative period was uneventful and she was discharged 12 days after surgery. Digital angiography was selectively performed in each of the three grafts demonstrating good patency in all of them. This is a new possibility of direct myocardial revascularization to be utilized when the usual venous grafts cannot bem employed.Escola Paulista de MedicinaUNIFESP, EPMSciELO159-170porSociedade Brasileira de Cirurgia CardiovascularRevista Brasileira de Cirurgia Cardiovascularmiocárdio, revascularizaçãomyocardial revascularizationRevascularização direta do miocárdio com artéria gastro-omental esquerda: estudo anatômico e histológico e relato de casoDirect myocardial revascularization with left gastroepiploic artery: anatomic and histologic study and case reportinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0102-76381987000300002.pdfapplication/pdf3050390${dspace.ui.url}/bitstream/11600/228/1/S0102-76381987000300002.pdf04ffeb625544c79013930fd71438a23eMD51open accessTEXTS0102-76381987000300002.pdf.txtS0102-76381987000300002.pdf.txtExtracted texttext/plain46290${dspace.ui.url}/bitstream/11600/228/2/S0102-76381987000300002.pdf.txt4bb8824af7c06dc2fc64fb62b6a3e547MD52open access11600/2282022-11-04 15:08:27.637open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/228Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652022-11-04T18:08:27Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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