Comparação de desfechos clínicos de pacientes incidentes em diálise peritoneal provenientes dos programas de transplante renal ou tratamento conservador

• Autor(a) principal: Costa, Laurisson Albuquerque Da [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8133187; https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/60042
• topic: Transplante Renal; Diálise Peritoneal; Falência Do Enxerto.; Peritoneal Dialysis; Renal Transplant

Objetivo: Comparar a ocorrência de mortalidade, falência da técnica e peritonite entre pacientes incidentes na diálise peritoneal (DP) provenientes do transplante renal (Tx) ou do tratamento conservador. Metodologia: Estudo retrospectivo no qual 47 pacientes adultos, vindos do programa de Tx após perda do enxerto (grupo Tx), foram pareados com 47 pacientes vindos do tratamento conservador (grupo nTx) quanto à idade, sexo, diabetes mellitus (DM), ano de início e modalidade da DP. O modelo de risco competitivo de Fine-Gray foi utilizado para análise da mortalidade e falência da técnica. Resultados: Comparado ao grupo nTx, o grupo Tx possuía menor índice de massa corpórea, concentração sérica de potássio e albumina; e maior concentração de ferritina, saturação de transferrina e número de pacientes com sorologia positiva para hepatite viral. Observou-se tendência a maior número de óbito no grupo Tx (23 vs 9%; p=0,09), sendo a principal causa as infecções. No modelo múltiplo, os pacientes do grupo Tx apresentaram 4,44 vezes maior risco de óbito (p=0,007). O número de pacientes com falência de técnica foi semelhante nos dois grupos (40 vs 38%; p=0,83; Tx vs nTx), sendo a principal causa em ambos os grupos a ocorrência de peritonite. No modelo múltiplo, pacientes do grupo Tx não apresentaram aumento de risco para falência do método. O número de pacientes com peritonite não diferiu entre os grupos (62 vs 43%; p=0,63; Tx vs nTx), sendo que houve uma tendência a maior densidade de incidência de peritonite no grupo Tx (0,59 vs 0,40 episódios/paciente/ano; p= 0,06; Tx vs nTx). O tempo até a primeira peritonite foi semelhante (p=0,73) nos dois grupos, assim como os microorganismos identificados (p=0,68). Conclusão: O Tx prévio constitui um fator de risco para mortalidade, mas não para ocorrência de falência da técnica ou peritonite em pacientes incidentes em programa de DP.