Influência do Sistema Colinérgico na sensibilização ao efeito estimulante do etanol

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Takahashi, Shirley [UNIFESP]
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9758
Resumo: No processo da sensibilização comportamental, que se desenvolve a algumas drogas psicoativas, participam diversos sistemas de neurotransmissão, entre eles o sistema colinérgico, que modula de maneira importante o funcionamento de vias dopaminérgicas. Neste estudo avaliamos os efeitos da escopolamina, um antagonista colinérgico muscarínico, no desenvolvimento e expressão da sensibilização ao efeito estimulante do etanol (Estudo I) e os níveis de ligação dos receptores colinérgicos muscarínicos M1 em animais classificados como apresentando Alta (AS) ou Baixa Sensibilização (BS) ao efeito estimulante do etanol (Estudo II). No Estudo I, quatro grupos camundongos suíços albinos machos receberam durante 21 dias, respectivamente: salina+salina (sal/sal); 1,0 mg/kg de escopolamina+salina (escop/sal); salina+2,2 g/kg de etanol (sal/2,2EtOH) ou 1,0 mg/kg escopolamina+2,2 g/kg de etanol (escop/2,2EtOH). A atividade locomotora dos animais foi registrada por 20 minutos no 1°, 7°, 14° e 21° dias de tratamento. Agudamente, tanto etanol como escopolamina não alteraram a atividade locomotora dos animais, porém, a co-administração das duas drogas induziu um significativo efeito depressor, ao qual se desenvolveu tolerância com o tratamento. Apenas o grupo sal/2,2EtOH desenvolveu sensibilização. Após o tratamento foram realizados 3 desafios (28°, 31° e 34° dias), nos quais metade do grupo sal/sal recebeu salina e a outra metade recebeu a droga-desafio (etanol nos desafios 1 e 2 e escopolamina no desafio 3). Nos desafios 1 e 3, realizados nas caixas de atividade, somente os animais dos grupos sal/2,2EtOH e escop/2,2EtOH expressaram sensibilização, sugerindo "sensibilização cruzada" entre etanol e escopolamina. No desafio 2, realizado em um ambiente novo para eles (campo aberto), a expressão da sensibilização foi bloqueada. No Estudo II os camundongos foram tratados por 21 dias com salina ou 2,2 g/kg de etanol (i.p.), sendo estes classificados como AS ou BS, com base na atividade do 21° dia. Os animais foram sacrificados para análise auto-radiográfica da densidade de receptores M1, não tendo sido observadas diferenças significativas entre os animais classificados como AS, BS ou controles (salina), em nenhuma das 20 regiões encefálicas analisadas. Em resumo, a escopolamina influenciou o processo de sensibilização ao efeito estimulante do etanol, sugerindo que o sistema colinérgico é importante neste processo. Porém, as neuroadaptações que ocorreram com o tratamento crônico com etanol parecem não afetar os níveis de receptores M1.
id UFSP_92c230b06296761e0bcd9b9a6183778a
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/9758
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Takahashi, Shirley [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Souza-Formigoni, Maria Lucia Oliveira de [UNIFESP]Oliveira, Maria Gabriela Menezes deQuadros, Isabel Marian Hartmann de2015-07-22T20:50:22Z2015-07-22T20:50:22Z2006-01-01TAKAHASHI, Shirley. Influência do Sistema Colinérgico na sensibilização ao efeito estimulante do etanol. 2006. 66 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2006.http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9758Publico-200600023.pdfNo processo da sensibilização comportamental, que se desenvolve a algumas drogas psicoativas, participam diversos sistemas de neurotransmissão, entre eles o sistema colinérgico, que modula de maneira importante o funcionamento de vias dopaminérgicas. Neste estudo avaliamos os efeitos da escopolamina, um antagonista colinérgico muscarínico, no desenvolvimento e expressão da sensibilização ao efeito estimulante do etanol (Estudo I) e os níveis de ligação dos receptores colinérgicos muscarínicos M1 em animais classificados como apresentando Alta (AS) ou Baixa Sensibilização (BS) ao efeito estimulante do etanol (Estudo II). No Estudo I, quatro grupos camundongos suíços albinos machos receberam durante 21 dias, respectivamente: salina+salina (sal/sal); 1,0 mg/kg de escopolamina+salina (escop/sal); salina+2,2 g/kg de etanol (sal/2,2EtOH) ou 1,0 mg/kg escopolamina+2,2 g/kg de etanol (escop/2,2EtOH). A atividade locomotora dos animais foi registrada por 20 minutos no 1°, 7°, 14° e 21° dias de tratamento. Agudamente, tanto etanol como escopolamina não alteraram a atividade locomotora dos animais, porém, a co-administração das duas drogas induziu um significativo efeito depressor, ao qual se desenvolveu tolerância com o tratamento. Apenas o grupo sal/2,2EtOH desenvolveu sensibilização. Após o tratamento foram realizados 3 desafios (28°, 31° e 34° dias), nos quais metade do grupo sal/sal recebeu salina e a outra metade recebeu a droga-desafio (etanol nos desafios 1 e 2 e escopolamina no desafio 3). Nos desafios 1 e 3, realizados nas caixas de atividade, somente os animais dos grupos sal/2,2EtOH e escop/2,2EtOH expressaram sensibilização, sugerindo "sensibilização cruzada" entre etanol e escopolamina. No desafio 2, realizado em um ambiente novo para eles (campo aberto), a expressão da sensibilização foi bloqueada. No Estudo II os camundongos foram tratados por 21 dias com salina ou 2,2 g/kg de etanol (i.p.), sendo estes classificados como AS ou BS, com base na atividade do 21° dia. Os animais foram sacrificados para análise auto-radiográfica da densidade de receptores M1, não tendo sido observadas diferenças significativas entre os animais classificados como AS, BS ou controles (salina), em nenhuma das 20 regiões encefálicas analisadas. Em resumo, a escopolamina influenciou o processo de sensibilização ao efeito estimulante do etanol, sugerindo que o sistema colinérgico é importante neste processo. Porém, as neuroadaptações que ocorreram com o tratamento crônico com etanol parecem não afetar os níveis de receptores M1.Various neurotransmission systems have influence on the behavioral sensitization process developed after repeated administration of some drugs of abuse, among them the cholinergic system, which modulates the dopaminergic pathway’s functioning. In this study we evaluated the influence of scopolamine (an antagonist of cholinergic muscarinic receptors) on the development and _expression of behavioral sensitization to ethanol (Study I), as well as on the M1 binding, in animals classified as presenting high (AS) or low (BS) sensitization to ethanol (Study II). In Study I, four groups of male Swiss albino mice received one of the following during 21 days: saline+saline (sal/sal); 1.0 mg/kg of scopolamine+saline (escop/sal); salina+2.2 g/kg of ethanol (sal/2.2EtOH) or 1.0 mg/kg scopolamine+2.2 g/kg of ethanol (escop/2.2EtOH). Their locomotor activity was recorded during 20 minutes on the first, 7th, 14th and 21st days of treatment. Acutely, neither ethanol nor scopolamine altered their locomotor activity; however the co-administration of the both drugs induced a significant depressor effect to which tolerance was developed. Only the sal/2.2EtOH group developed sensitization. After the treatment, 3 challenge tests were carried out (on days 28th, 31st and 34th), in which half of the sal/sal group received saline and the other half received the challenge drug (ethanol in challenges 1 and 2 and scopolamine in challenge 3). In challenges 1 and 3 the animals were tested in activity cages and only the sal/2.2EtOH and escop/2.2EtOH groups expressed sensitization, suggesting there is cross-sensitization between ethanol and scopolamine. In challenge 2, which was conducted in a new environment (open-field arena), the _expression of the sensitization was blocked. In Study II, mice were treated during 21 days with saline or 2.2 g/kg ethanol (i.p.) and the ethanol treated mice were classified as AS or BS, according to their locomotor activity on day 21st. The animals were sacrificed and the bindings to M1 sites were examined by auto-radiographic analyses. No significant differences were found among groups (AS, BS and control) in any of the 20 brain regions analyzed. The present results suggest that scopolamine influences the process of sensitization to ethanol and that the cholinergic system participates in this process. However, the neuroadaptation that occurred after chronic ethanol treatment does not seem to change the binding to M1.TEDEBV UNIFESP: Teses e dissertações66 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)EtanolAutorradiografiaAntagonistas colinérgicosReceptores muscarínicosAtividade motoraCiências da saúdeEthanolAutoradiographyCholinergic antagonistsReceptors, muscarinicMotor activityHealth sciencesInfluência do Sistema Colinérgico na sensibilização ao efeito estimulante do etanolInfluence of the cholinergic system on ethanol-induced sensitizationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Psicobiologia - EPMORIGINALPublico-200600023.pdfPublico-200600023.pdfapplication/pdf323446${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9758/1/Publico-200600023.pdfe428ab8dae361847665a837e76a730aeMD51open accessTEXTPublico-200600023.pdf.txtPublico-200600023.pdf.txtExtracted texttext/plain87265${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9758/3/Publico-200600023.pdf.txta2ed3edf670fe9259f1e3d34191cf236MD53open accessTHUMBNAILPublico-200600023.pdf.jpgPublico-200600023.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3843${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9758/5/Publico-200600023.pdf.jpgdb179f1787366f08e0231ee48173e2eeMD55open access11600/97582022-07-29 17:39:29.933open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/9758Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652022-07-29T20:39:29Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Influência do Sistema Colinérgico na sensibilização ao efeito estimulante do etanol
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Influence of the cholinergic system on ethanol-induced sensitization
title Influência do Sistema Colinérgico na sensibilização ao efeito estimulante do etanol
spellingShingle Influência do Sistema Colinérgico na sensibilização ao efeito estimulante do etanol
Takahashi, Shirley [UNIFESP]
Etanol
Autorradiografia
Antagonistas colinérgicos
Receptores muscarínicos
Atividade motora
Ciências da saúde
Ethanol
Autoradiography
Cholinergic antagonists
Receptors, muscarinic
Motor activity
Health sciences
title_short Influência do Sistema Colinérgico na sensibilização ao efeito estimulante do etanol
title_full Influência do Sistema Colinérgico na sensibilização ao efeito estimulante do etanol
title_fullStr Influência do Sistema Colinérgico na sensibilização ao efeito estimulante do etanol
title_full_unstemmed Influência do Sistema Colinérgico na sensibilização ao efeito estimulante do etanol
title_sort Influência do Sistema Colinérgico na sensibilização ao efeito estimulante do etanol
author Takahashi, Shirley [UNIFESP]
author_facet Takahashi, Shirley [UNIFESP]
author_role author
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.contributor.author.fl_str_mv Takahashi, Shirley [UNIFESP]
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Souza-Formigoni, Maria Lucia Oliveira de [UNIFESP]
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Oliveira, Maria Gabriela Menezes de
Quadros, Isabel Marian Hartmann de
contributor_str_mv Souza-Formigoni, Maria Lucia Oliveira de [UNIFESP]
Oliveira, Maria Gabriela Menezes de
Quadros, Isabel Marian Hartmann de
dc.subject.por.fl_str_mv Etanol
Autorradiografia
Antagonistas colinérgicos
Receptores muscarínicos
Atividade motora
Ciências da saúde
topic Etanol
Autorradiografia
Antagonistas colinérgicos
Receptores muscarínicos
Atividade motora
Ciências da saúde
Ethanol
Autoradiography
Cholinergic antagonists
Receptors, muscarinic
Motor activity
Health sciences
dc.subject.eng.fl_str_mv Ethanol
Autoradiography
Cholinergic antagonists
Receptors, muscarinic
Motor activity
Health sciences
description No processo da sensibilização comportamental, que se desenvolve a algumas drogas psicoativas, participam diversos sistemas de neurotransmissão, entre eles o sistema colinérgico, que modula de maneira importante o funcionamento de vias dopaminérgicas. Neste estudo avaliamos os efeitos da escopolamina, um antagonista colinérgico muscarínico, no desenvolvimento e expressão da sensibilização ao efeito estimulante do etanol (Estudo I) e os níveis de ligação dos receptores colinérgicos muscarínicos M1 em animais classificados como apresentando Alta (AS) ou Baixa Sensibilização (BS) ao efeito estimulante do etanol (Estudo II). No Estudo I, quatro grupos camundongos suíços albinos machos receberam durante 21 dias, respectivamente: salina+salina (sal/sal); 1,0 mg/kg de escopolamina+salina (escop/sal); salina+2,2 g/kg de etanol (sal/2,2EtOH) ou 1,0 mg/kg escopolamina+2,2 g/kg de etanol (escop/2,2EtOH). A atividade locomotora dos animais foi registrada por 20 minutos no 1°, 7°, 14° e 21° dias de tratamento. Agudamente, tanto etanol como escopolamina não alteraram a atividade locomotora dos animais, porém, a co-administração das duas drogas induziu um significativo efeito depressor, ao qual se desenvolveu tolerância com o tratamento. Apenas o grupo sal/2,2EtOH desenvolveu sensibilização. Após o tratamento foram realizados 3 desafios (28°, 31° e 34° dias), nos quais metade do grupo sal/sal recebeu salina e a outra metade recebeu a droga-desafio (etanol nos desafios 1 e 2 e escopolamina no desafio 3). Nos desafios 1 e 3, realizados nas caixas de atividade, somente os animais dos grupos sal/2,2EtOH e escop/2,2EtOH expressaram sensibilização, sugerindo "sensibilização cruzada" entre etanol e escopolamina. No desafio 2, realizado em um ambiente novo para eles (campo aberto), a expressão da sensibilização foi bloqueada. No Estudo II os camundongos foram tratados por 21 dias com salina ou 2,2 g/kg de etanol (i.p.), sendo estes classificados como AS ou BS, com base na atividade do 21° dia. Os animais foram sacrificados para análise auto-radiográfica da densidade de receptores M1, não tendo sido observadas diferenças significativas entre os animais classificados como AS, BS ou controles (salina), em nenhuma das 20 regiões encefálicas analisadas. Em resumo, a escopolamina influenciou o processo de sensibilização ao efeito estimulante do etanol, sugerindo que o sistema colinérgico é importante neste processo. Porém, as neuroadaptações que ocorreram com o tratamento crônico com etanol parecem não afetar os níveis de receptores M1.
publishDate 2006
dc.date.issued.fl_str_mv 2006-01-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-07-22T20:50:22Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-07-22T20:50:22Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv TAKAHASHI, Shirley. Influência do Sistema Colinérgico na sensibilização ao efeito estimulante do etanol. 2006. 66 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2006.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9758
dc.identifier.file.none.fl_str_mv Publico-200600023.pdf
identifier_str_mv TAKAHASHI, Shirley. Influência do Sistema Colinérgico na sensibilização ao efeito estimulante do etanol. 2006. 66 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2006.
Publico-200600023.pdf
url http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9758
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 66 p.
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9758/1/Publico-200600023.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9758/3/Publico-200600023.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9758/5/Publico-200600023.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv e428ab8dae361847665a837e76a730ae
a2ed3edf670fe9259f1e3d34191cf236
db179f1787366f08e0231ee48173e2ee
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802764126975426560