O Tarô de Marselha: uma análise do arcano maior O Louco

• Autor(a) principal: Borges, Júlia Rodrigues
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69825
• topic: Baralho de Marselha; Tarô; Arcano Maior; O Louco; Iconografia do tarô

Em relação à história dos jogos de Tarô, há incertezas, especialmente em relação ao seu nome. Teorias sugerem que o nome pode derivar do anagrama de "RODA" ou "ORAT", do latim ROTA (roda) ou ORATOR (orador). Contudo, a origem latina dessas palavras é questionada. A tese menos popular, mas mais aceita, indica que o jogo era originalmente conhecido como trionfi, mudando para tarocchi por volta de 1500. O Tarô de Marselha se destaca pela substituição permanente dos trunfos Juno e Júpiter pelo Papa e Papisa, estabelecendo a forma de jogo chamada "de Marselha". Os arcanos maiores do baralho de Marselha, como O Louco, O Mago, A Sacerdotisa, A Imperatriz, O Imperador, O Papa, Os Enamorados, O Carro, e as outras treze cartas, baseiam-se em simbolismos intrincados para difundir princípios sobre arquétipos humanos, penetrando no consciente coletivo ao apresentar desenhos e símbolos com significados comuns em diversas culturas. Este estudo direciona seu foco para os símbolos e detalhes que colaboram para criar uma nova iconografia, uma abordagem inovadora para representar várias classes sociais, incluindo a realeza, o clero e aqueles à margem da sociedade. Ao analisar minuciosamente esses elementos, almejamos compreender como a iconografia do tarô pode ser uma ferramenta para transmitir mensagens mais complexas sobre a condição humana e a sociedade em que estamos inseridos. Em vez de considerar o tarô apenas como um meio de prever o futuro, exploraremos como suas imagens podem ser interpretadas para refletir as realidades do mundo ao nosso redor. Este enfoque proporciona uma compreensão mais profunda das potencialidades do tarô não apenas como um instrumento divinatório, mas como uma expressão visual rica em significado, capaz de oferecer insights sobre as complexidades da experiência humana e a dinâmica social.