Consumo alimentar e estresse de pacientes com síndrome coronariana aguda

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brunori, Evelise Helena Fadini Reis [UNIFESP]
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2138690
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46823
Resumo: O perfil alimentar e o estresse são importantes fatores de risco no desenvolvimento e progressão da síndrome coronariana aguda (SCA). É fundamental caracterizar desses fatores de risco em pacientes com SCA para o planejamento de intervenções que minimizem seu impacto doença. Objetivos: Verificar se o consumo alimentar de pacientes com SCA está dentro do recomendado por diretrizes nacionais e internacionais; identificar o nível de estresse; verificar se o consumo alimentar está associado ao nível de estresse; verificar se os alimentos mais consumidos e os mais palatáveis associam-se ao nível de estresse. Métodos: Estudo descritivo transversal com 150 pacientes hospitalizados pelo primeiro evento de SCA. Foram coletados dados sócio demográficos e clínicos por meio de entrevista, revisão de prontuários e aplicados questionários validados: Questionário de Frequência Alimentar (QFA) e Escala de Estresse Percebido (EPS-10) de setembro/2011 a maio/2012. Foi calculada a quantidade de nutrientes de cada alimento do QFA: proteína, lipídeos, carboidrato, fibra alimentar, colesterol, sódio e potássio, com base na Tabela Brasileira de Composição de Alimentos. A distribuição dos nutrientes foi comparada com os pontos de corte preconizados pelas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, como a Diretriz de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose, a Diretriz Brasileira de Hipertensão e a Dietary Reference Intake. Para a avaliação do estresse, foram criadas categorias de níveis de estresse a partir dos quartis amostrais da EPS-10. A associação entre consumo alimentar e o nível de estresse foi avaliada por teste qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher. Resultados: 92% dos pacientes tinham consumo diário de colesterol acima do recomendado; 42,7% tinham alto consumo de fibras e 68% de proteínas; 88% consumiam potássio abaixo do nível recomendado; 53,3% consumiam sódio e lípides conforme o recomendado. O consumo de carboidratos foi menor que o recomendado em quase 70% da amostra. A maioria (54%) estava no nível de estresse ou alto estresse. Houve associação significativa entre consumo de fibras e nível de estresse. Houve uma fraca associação entre o consumo de lípides e o nível de estresse.Quanto maior o nível de estresse, maior o consumo de lípides e menor o consumo de fibras. Houve associação significativa do consumo de alguns alimentos mais palatáveis e os mais consumidos (embutidos e pão francês) com o nível de estresse e fraca associação entre o consumo de sanduíches, pizzas, esfihas, salgadinhos e amendoins com o nível de estresse. Houve uma fraca associação entre o nível de estresse e o consumo de azeite e bolo. Os indivíduos com alto estresse consumiam menos azeite e os indivíduos do grupo de estresse linear e alto estresse consumiam mais bolo. Conclusão: O consumo alimentar dos pacientes com SCA está fora do recomendado pelas diretrizes. A maioria dos pacientes com SCA é estressada ou altamente estressada. O consumo alimentar associa-se ao nível de estresse. Os alimentos mais consumidos e os mais palatáveis associam-se ao nível de estresse. Esforços educativos por parte dos profissionais de saúde devem ser feitos para instrumentalizar os pacientes na adequação do consumo alimentar e no controle do estresse como medidas de prevenção primária e secundária da doença arterial coronariana.
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Resultados: 92% dos pacientes tinham consumo diário de colesterol acima do recomendado; 42,7% tinham alto consumo de fibras e 68% de proteínas; 88% consumiam potássio abaixo do nível recomendado; 53,3% consumiam sódio e lípides conforme o recomendado. O consumo de carboidratos foi menor que o recomendado em quase 70% da amostra. A maioria (54%) estava no nível de estresse ou alto estresse. Houve associação significativa entre consumo de fibras e nível de estresse. Houve uma fraca associação entre o consumo de lípides e o nível de estresse.Quanto maior o nível de estresse, maior o consumo de lípides e menor o consumo de fibras. Houve associação significativa do consumo de alguns alimentos mais palatáveis e os mais consumidos (embutidos e pão francês) com o nível de estresse e fraca associação entre o consumo de sanduíches, pizzas, esfihas, salgadinhos e amendoins com o nível de estresse. Houve uma fraca associação entre o nível de estresse e o consumo de azeite e bolo. Os indivíduos com alto estresse consumiam menos azeite e os indivíduos do grupo de estresse linear e alto estresse consumiam mais bolo. Conclusão: O consumo alimentar dos pacientes com SCA está fora do recomendado pelas diretrizes. A maioria dos pacientes com SCA é estressada ou altamente estressada. O consumo alimentar associa-se ao nível de estresse. Os alimentos mais consumidos e os mais palatáveis associam-se ao nível de estresse. Esforços educativos por parte dos profissionais de saúde devem ser feitos para instrumentalizar os pacientes na adequação do consumo alimentar e no controle do estresse como medidas de prevenção primária e secundária da doença arterial coronariana. The dietary profile and stress are important risk factors for the development and progression of acute coronary syndrome (ACS). It is essential to characterize these risk factors in patients with ACS for the planning of interventions that minimize their impact. Objectives: To determine whether the dietary profile of patients with ACS is within that recommended by national and international guidelines; to identify the level of stress; to determine whether the dietary profile is associated with the level of stress; to determine whether the most commonly consumed and the most palatable food groups are associated with the level of stress. Methods: A descriptive cross-sectional study with 150 patients hospitalized due to the first episode of ACS. Sociodemographic and clinical data were collected through interviews, review of patients? charts and validated questionnaires: Food Frequency Questionnaire (FFQ) and Perceived Stress Scale (PSS-10) from September/2011 to May/2012. The amount of nutrients - protein, lipid, carbohydrate, dietary fiber, cholesterol, sodium, potassium - in each FFQ item was calculated based on the Brazilian Table of Food Composition. The distribution of nutrients was compared with the cutoffs recommended by the guidelines of the Brazilian Society of Cardiology, such as the Guideline for Dyslipidemia and Prevention of Atherosclerosis, the Brazilian Guidelines on Hypertension and the Dietary Reference Intake. For the evaluation of stress, categories of stress levels were created based on the sample quartiles of PSS-10. The association between dietary intake and the stress level was evaluated by chi-square test or Fisher's exact test. Results: 92% of patients had daily cholesterol intake above the recommended; 42.7% and 68% had high consumption of fiber and protein, respectively; 88% consumed potassium below the recommended level; 53.3% consumed sodium and lipids according to the leves recommended. The carbohydrate intake was lower than the recommended in almost 70% of the sample. Mosty (54%) were stressed or highly stressed. There was a significant association between fiber intake and stress level. There was a weak association between the lipid consumption and the level of stress. The higher the stress level, the higher the intake of fats and the lower the fiber intake. There was a significant association between intake of some food groups that are more palatable and those more consumed (sausages and french bread) with the level of stress and a weak association between the consumption of sandwiches, pizzas, sfihas, pretzels and peanuts with the level of stress. There was a weak association between the level of stress and the consumption of olive oil and cake. Individuals with high stress consumed less olive oil and individuals with linear stress and high stress ate more cake. Conclusion: The dietary profile of patients with ACS is not in accordance with the recommended guidelines. Most patients with ACS are stressed or highly stressed. Food intake is associated with stress level. The most commonly consumed and the most palatable food groups are associated with the level of stress. Educational efforts by health professionals should be made to empower patients on food consumption and stress management as primary and secondary prevention of coronary artery disease.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2013 a 2016)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Barros, Alba Lúcia Bottura Leite de [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/3089430786971948http://lattes.cnpq.br/9527636162360857Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Brunori, Evelise Helena Fadini Reis [UNIFESP]2018-07-27T15:50:55Z2018-07-27T15:50:55Z2014-11-26info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion142 f.application/pdfhttps://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2138690BRUNORI, Evelise Helena Fadini Reis. Consumo alimentar e estresse de pacientes com síndrome coronariana aguda. 2014. 142 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2014.2014-0316.pdfhttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46823porSão Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-28T11:00:17Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/46823Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-28T11:00:17Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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