Níveis séricos de hormônio de crescimento, fator de crescimento símile à insulina e sulfato de deidroepiandrosterona em idosos residentes na comunidade. Correlação com parâmetros clínicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Huayllas,Martha K.P.
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Carvalhaes-Neto,Nelson, Ramos,Luiz Roberto, Kater,Claudio E.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302001000200007
Resumo: O envelhecimento é acompanhado de alterações orgânicas possivelmente relacionadas com o sistema endócrino. O eixo GH/IGF-1 e a produção de SDHEA declinam com a idade, caracterizando uma redução de suas atividades, que podem resultar em efeitos deletérios sobre a composição corporal, o sistema cardiovascular e a cognição. Avaliamos a concentração sérica basal de GH, IGF-1 e SDHEA em 225 idosos de uma comunidade (148 mulheres e 77 homens, 70 a 91 anos), 80% deles com características de envelhecimento bem sucedido (Mini-mental > ou = 24 e comprometimento de atividades de vida diária <=3). Tanto o IMC como a pressão arterial estavam significativamente mais elevados nas mulheres. Os níveis de GH também eram maiores nas mulheres (1,6±1,7 vs. 1,0±1,3ng/ml, X±DP, p<0,001), estando acima da faixa de referência em 14% e 19% das mulheres e homens. Já os níveis de IGF-1 eram semelhantes (90±42 e 101±40ng/ml, NS), não sendo elevados em nenhum deles e reduzidos em 35% e 24%, respectivamente. Os níveis de SDHEA eram maiores nos homens (86±58 e 54±36µg/dl, p<0,001), porém na faixa de referência em 92% deles. Houve uma surpreendente correlação positiva entre idade e GH nos homens (r= 0,38, p<0,005), mas uma correlação negativa entre IGF-1 e idade nos dois grupos (r= -0,24 e r= -0,32). Nas mulheres, houve também uma correlação positiva entre SDHEA e IGF-1 (r= 0,27). Em conclusão, níveis basais de GH podem estar elevados em uma parcela significativa dos idosos, sendo maiores nas mulheres, enquanto os níveis de IGF-1 encontram-se normais ou baixos nos dois grupos, sugerindo quadro de resistência hormonal. Os níveis de SDHEA encontravam-se na faixa de referência, sendo maiores nos homens, caracterizando a perda da contribuição ovariana. Diferentemente do que se tem especulado, não encontramos correlação entre os níveis de SDHEA e qualquer parâmetro clínico investigado.
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