Recepção e antropofagia: Nietzsche na Escola de Recife

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pantuzzi, Tiago Lemes [UNIFESP]
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/68746
Resumo: Este trabalho tem o objetivo de examinar a primeira recepção de Nietzsche no Brasil, a partir das leituras que alguns intelectuais da Faculdade de Direito de Pernambuco fizeram de seus textos. A Escola de Recife surge de um movimento intelectual dentro da faculdade pernambucana que, entre seus objetivos, busca construir uma identidade cultural nacional que se distancie do predomínio europeu. Se apropriando dos escritos de uma forma que chamaremos de antropofagia e modernismo avant la lettre. Em meio a esse movimento, encontramos a menção mais antiga ao filósofo alemão num texto de Tobias Barreto, de 1876. Juntamente com o escrito do professor brasileiro, há um grupo de estudiosos germanistas que, além de terem trazido obras alemãs para a faculdade, acreditaram que elas poderiam fornecer as bases para aperfeiçoar a cultura brasileira. Essa pesquisa se desenvolve em cinco capítulos: no primeiro trataremos da metodologia antropofágica que será usada para analisar como os textos foram digeridos e transformados pelos membros que buscavam romper com a relação luso-franco brasileira das outras faculdades; no segundo, analisaremos mais detalhadamente o pensamento de Tobias Barreto; no terceiro, nos dedicaremos à relação de Barreto com Sílvio Romero; no quarto, a influência exercida sobre o professor anarquista José Oiticica; por fim, veremos como Nietzsche influenciou os alunos vindouros, destacando o poeta e escritor Gilberto Amado.
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