Estudos preliminares para caracterizar a contribuição da Faveleira como possível fator para indicação geográfica da carne ovina
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Data de Publicação: | 2017 |
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Resumo: | O trabalho objetivou caracterizar o ambiente de pastejo na presença da Faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm), inferindo sobre uma possível influência nas características da carne ovina, em dois períodos distintos: período 1 (de junho/2015 a fevereiro/2016) e o período 2 (de março/2016 a agosto/2016). Para as avaliações da composição botânica e química da dieta, utilizaram-se cinco ovinos mestiços de Somalis fistulados no rúmen, e para parâmetros de desempenho animal foram utilizados ovinos SPRD. Mais de sessenta espécies vegetais foram identificadas, sendo, Fabaceae, Poaceae e Euphorbiaceae as famílias mais abundantes. No primeiro período, a biomassa herbácea variou de 101,33 kg MS/ha (outubro/2015) a 550,70 kg MS/ha (janeiro/2016); enquanto o lenhoso foi de no máximo 180,31 ± 17,6kg MS/ha (fevereiro/2016). A serrapilheira foi o componente de maior contribuição chegando a quase 2.000 kg MS/ha (12/2015). No segundo período, as máximas biomassas herbácea e lenhosa foram de 795,65 kg MS/ha (maio/2016) e 84,14 kg MS/ha (março/2016), respectivamente. A serrapilheira variou de 190,37 (04/2016) a 962,37 MS/ha (06/2016). Em ambos os períodos registrou-se a presença de Malva (Sida galheirensis Ulbr.) e capim-panasco (A. setifolia Kunth), no estrato herbáceo; e Marmeleiro (Crotonsonderianus Mull. Arg.), Velame (Crotonsp.) e Faveleira (C. phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm) no estrato lenhoso. A Faveleira (C. phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm), apresenta mais de uma fenofase por planta, sendo o maior desenvolvimento das folhas de janeiro a maio de 2015 e de março a maio de 2016, enquanto a senescência de folhas concentrou-se de maio a outubro de 2015 e de maio a agosto de 2016 a frutificação ocorreu de janeiro a setembro em 2015; e foi decrescente de março a maio de 2016. A composição botânica da dieta era basicamente de folhas, sendo a presença de espécies como Faveleira (C. phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm) e Algaroba (Prosopisjuliflora (Sw.) DC) as preferidas do estrato lenhoso e no período de chuvas a preferência dos animais foi também por Poaceae. Os animais do período 1 apresentaram peso ao abate, peso da carcaça vazia, rendimento verdadeiro e área de olho de lombo de 36,33 ± 3,31 kg; 33,29 ± 2,71 kg; 59,38 ± 5,58% e 10,60 ± 2,34 cm 2 , respectivamente; no período 2, os animais apresentaram peso ao abate, peso da carcaça vazia, rendimento verdadeiro e área de olho de lombo de: 41,00 ± 3,05 kg; 35,82 ± 2,95 kg; 61,37 ± 6,14% e 13,73 ± 1,60 cm 2 , respectivamente. Nos dois períodos, as carcaças dos animais apresentaram parâmetros de classificação e tipificação adequados aos padrões para o mercado local. A diversidade de espécies e a presença da Faveleira ao longo do ano contribuem para a sustentabilidade de modelos extensivos de produção nos Sertão dos Inhamuns produzindo animais com padrões aceitáveis ao mercado local. |
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Cavalcante, Ana Clara RodriguesChizzotti, Mário LuizOliveira Neto, Joaquim Batista dehttp://lattes.cnpq.br/6487466405035479Chizzoti, Fernanda Helena Martins2019-09-11T17:38:41Z2019-09-11T17:38:41Z2017-06-27OLIVEIRA NETO, Joaquim Batista de. Estudos preliminares para caracterizar a contribuição da faveleira como possível fator para indicação geográfica da carne ovina. 2017. 114 f. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2017.https://locus.ufv.br//handle/123456789/26966O trabalho objetivou caracterizar o ambiente de pastejo na presença da Faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm), inferindo sobre uma possível influência nas características da carne ovina, em dois períodos distintos: período 1 (de junho/2015 a fevereiro/2016) e o período 2 (de março/2016 a agosto/2016). Para as avaliações da composição botânica e química da dieta, utilizaram-se cinco ovinos mestiços de Somalis fistulados no rúmen, e para parâmetros de desempenho animal foram utilizados ovinos SPRD. Mais de sessenta espécies vegetais foram identificadas, sendo, Fabaceae, Poaceae e Euphorbiaceae as famílias mais abundantes. No primeiro período, a biomassa herbácea variou de 101,33 kg MS/ha (outubro/2015) a 550,70 kg MS/ha (janeiro/2016); enquanto o lenhoso foi de no máximo 180,31 ± 17,6kg MS/ha (fevereiro/2016). A serrapilheira foi o componente de maior contribuição chegando a quase 2.000 kg MS/ha (12/2015). No segundo período, as máximas biomassas herbácea e lenhosa foram de 795,65 kg MS/ha (maio/2016) e 84,14 kg MS/ha (março/2016), respectivamente. A serrapilheira variou de 190,37 (04/2016) a 962,37 MS/ha (06/2016). Em ambos os períodos registrou-se a presença de Malva (Sida galheirensis Ulbr.) e capim-panasco (A. setifolia Kunth), no estrato herbáceo; e Marmeleiro (Crotonsonderianus Mull. Arg.), Velame (Crotonsp.) e Faveleira (C. phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm) no estrato lenhoso. A Faveleira (C. phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm), apresenta mais de uma fenofase por planta, sendo o maior desenvolvimento das folhas de janeiro a maio de 2015 e de março a maio de 2016, enquanto a senescência de folhas concentrou-se de maio a outubro de 2015 e de maio a agosto de 2016 a frutificação ocorreu de janeiro a setembro em 2015; e foi decrescente de março a maio de 2016. A composição botânica da dieta era basicamente de folhas, sendo a presença de espécies como Faveleira (C. phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm) e Algaroba (Prosopisjuliflora (Sw.) DC) as preferidas do estrato lenhoso e no período de chuvas a preferência dos animais foi também por Poaceae. Os animais do período 1 apresentaram peso ao abate, peso da carcaça vazia, rendimento verdadeiro e área de olho de lombo de 36,33 ± 3,31 kg; 33,29 ± 2,71 kg; 59,38 ± 5,58% e 10,60 ± 2,34 cm 2 , respectivamente; no período 2, os animais apresentaram peso ao abate, peso da carcaça vazia, rendimento verdadeiro e área de olho de lombo de: 41,00 ± 3,05 kg; 35,82 ± 2,95 kg; 61,37 ± 6,14% e 13,73 ± 1,60 cm 2 , respectivamente. Nos dois períodos, as carcaças dos animais apresentaram parâmetros de classificação e tipificação adequados aos padrões para o mercado local. A diversidade de espécies e a presença da Faveleira ao longo do ano contribuem para a sustentabilidade de modelos extensivos de produção nos Sertão dos Inhamuns produzindo animais com padrões aceitáveis ao mercado local.The research aimed to characterize the grassing environment on the presence of faveleira(Cnidoscolus phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm) inferring about a possible influence over on the sheep meat characteristics, in two distinct periods: period 1 (from june/2015 to february/2016) and period 2 (from March/2016 to August/2016. To evaluate the botanic and chemical composition of the diet, five mixed Somalis breed with a fistula on the rumen were used, and to development pattern, mixed sheep were used. More than sixty vegetal species were identified, Fabaceae, Poaceae e Euphorbiaceae were the most abundant families. On the first period, the herbaceous biomass ranged from 101,33 kg MS/ha (October/2015) a 550,70 kg MS/ha (January/2016); while on the tree where the maximum va1ue were 80,31 ± 17,6kg MS/ha (February/2016). The litter was the component with the higher contribution, almost 2.000 kg MS/ha (12/2015). On the secondperiod, the higher biomass from herbaceous and treecomponentswas795,65 kg MS/ha (May/2016) e 84,14 kg MS/ha (March/2016), respectively. In both periods the reported the presence of Malva (Sida galheirensisUlbr.) e capim-Penasco (A. setifoliaKunth), on the herbaceous extract; and e Marmeleiro (Croton sonderianusMull. Arg.), Velame (Croton sp.) e Faveleira (C. phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm) on the tree extract. The faveleira (C. Phyllanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm were found in more than one phenopase of the plant, the higher was the leveldevelopment from January to May 2015 and from March to May 2016, while the leave senescencewas more concentrate from May to October 2015 and from May to August 2016; the fructificationoccurred from January to September 2015 and decreased from March to May 2016. The botanical composition was basically leaves, the species, Faveleira (C. phyllacanthus, (Mart.) Pax. et K. Hoffm) e Algaroba (Prosopis juliflora (Sw) D.C.) preferred on the tree extract, during the wet season the animal alsopreferred Poaceae. The animals on the period 1, presented slaughter weight, empty carcass weight, true yield, and loin eye área of 36,33 ± 3,31 kg; 33,29 ± 2,71 kg; 59,38 ± 5,58% e 10,60 ± 2,34 cm 2 respectively; on the period 2 the animals presented slaughter weight, empty carcass weight, true yield, and loin eye área of 41,00 ± 3,05 kg; 35,82 ± 2,95 kg; 61,37 ± 6,14% e 13,73 ± 1,60 cm 2 , respectively. In both periods, the carcasses of the animals presented parameters of classification and typification appropriate to the standards for the local market. The diversity of species and the presence of the faveleira throughout the year contribute to the sustainability of extensive models of production in the Inhamuns Range producing animals with standards acceptable to the local market.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaFavela (Planta)Cnidoscolus phyllacanthusPlantas forrageirasPoaceaePastagensFenologiaBiomassa vegetalOvinos - CriaçãoManejo e Conservação de PastagensEstudos preliminares para caracterizar a contribuição da Faveleira como possível fator para indicação geográfica da carne ovinaPreliminary studies to characterize the contribution of Faveleira as a possible factor for the geographical indication of ovine meatinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de ZootecniaDoutor em ZootecniaViçosa - MG2017-06-27Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/26966/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53ORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf1741212https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/26966/2/texto%20completo.pdf751e33ef8745ee9e453a9e6551fa1c0eMD52123456789/269662019-09-11 14:39:05.071oai:locus.ufv.br:123456789/26966Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452019-09-11T17:39:05LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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Estudos preliminares para caracterizar a contribuição da Faveleira como possível fator para indicação geográfica da carne ovina Oliveira Neto, Joaquim Batista de Favela (Planta) Cnidoscolus phyllacanthus Plantas forrageiras Poaceae Pastagens Fenologia Biomassa vegetal Ovinos - Criação Manejo e Conservação de Pastagens |
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