Análise morfológica do testículo e do processo espermatogênico da onça parda (Puma concolor, Wozencraft,1993)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite, Flaviana Lima Guião
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7910
Resumo: Embora a onça parda seja o segundo maior felino das Américas e apresente uma ampla distribuição latitudinal, abrangendo os mais diversos habitats, muito pouco se sabe a respeito de sua morfofisiologia testicular, incluindo o processo espermatogênico. Os parâmetros de biometria corporal e morfofisiologia testicular são de suma importância no desenvolvimento de protocolos para reprodução assistida nas diferentes espécies. Foram estudados no presente experimento nove onças pardas adultas provenientes de cativeiro, estes animais pesaram em média 45Kg com massa testicular média de 7,45 g tendo apresentando assim índice gonadossomático de 0,03%. O volume médio de túbulos seminíferos por testículo foi de 5,2 ml, o que representou cerca de 78% do parênquima testicular. Em relação à massa corporal, cerca de 0,02% desta é alocada em túbulos seminíferos, ou seja, o índice tubulossomático. A onça parda adulta apresentou cerca de 18 metros de túbulo seminífero por grama de testículo. O compartimento intertubular representou cerca de 22% do parênquima testicular, o que equivale à cerca de 1,5 ml por testículo. Já as células de Leydig isoladamente, corresponderam a 8% do parênquima testicular, sendo o índice leydigossomático 0,002%. O espaço intertubular foi caracterizado como sendo do tipo II segundo a classificação de FAWCETT et al. (1973). O diâmetro e altura do epitélio seminífero foram em média 227,37 m e 67,78 m, respectivamente. Os valores registrados neste estudo encontram-se dentro da amplitude observada para as demais espécies já estudadas. Neste estudo, a duração do ciclo do epitélio seminífero foi estimada usando-se injeções intratesticulares de timidina triciada.A duração total do ciclo do epitélio seminífero da onça parda foi calculada em 9,96 dias e como aproximadamente 4,5 ciclos do epitélio seminífero são necessários para que todo o processo espermatogênico seja completado, cerca de 44,8 dias são despendidos na produção de espermatozóides, a partir de uma espermatogônia. A duração da espermiogênese, prófase e demais eventos da meiose da onça parda adulta foram respectivamente 14,08; 15,2 e 1,79 dias. Foram descritos oito estádios do ciclo do epitélio seminífero, através do método da morfologia tubular, o qual se baseia na forma e posição do núcleo das espermátides e na ocorrência de divisões meióticas. Os valores observados na onça parda para a freqüência relativa das fases pré- meiótica, meiótica e pós-meiótica foram respectivamente 4,0; 1,8 e 4,15 dias. O estudo do processo espermatogênico torna-se extremamente relevante, subsidiando com informações básicas o desenvolvimento e sedimentação de tecnologias em reprodução assistida. Embora a onça parda (Puma concolor) seja o segundo maior felino das Américas e apresente uma ampla distribuição latitudinal, muito pouco se sabe a respeito de sua morfofisiologia testicular, incluindo a sua espermatogênese. Neste trabalho estimou- se que na onça parda cerca de 7,7 espermatócitos primários são produzidos a partir de uma espermatogônia do tipo A. O rendimento meiótico foi em torno de 3,0 células, o que equivale a uma perda de 25% no processo meiótico; o rendimento geral da espermatogênese foi de 22,7 células. Cada célula de Sertoli é capaz de sustentar cerca de 12,5 células germinativas, das quais 7,3 são espermátides arredondadas. A onça parda, com aproximadamente vinte e seis milhões de espermatozóides produzidos por grama de testículo por dia, encontra-se classificada entre as espécies de alta eficiência espermatogênica.
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spelling Fonseca, Cláudio CésarGuimarães, José DomingosPompermayer, Luiz GonzagaMatta, Sérgio Luís Pinto daLeite, Flaviana Lima Guiãohttp://lattes.cnpq.br/8360806778217092Paula, Tarcízio Antônio Rêgo de2016-06-16T11:01:09Z2016-06-16T11:01:09Z2002-02-04LEITE, Flaviana Lima Guião. Análise morfológica do testículo e do processo espermatogênico da onça parda (Puma concolor, Wozencraft,1993). 2002. 65f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2002.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7910Embora a onça parda seja o segundo maior felino das Américas e apresente uma ampla distribuição latitudinal, abrangendo os mais diversos habitats, muito pouco se sabe a respeito de sua morfofisiologia testicular, incluindo o processo espermatogênico. Os parâmetros de biometria corporal e morfofisiologia testicular são de suma importância no desenvolvimento de protocolos para reprodução assistida nas diferentes espécies. Foram estudados no presente experimento nove onças pardas adultas provenientes de cativeiro, estes animais pesaram em média 45Kg com massa testicular média de 7,45 g tendo apresentando assim índice gonadossomático de 0,03%. O volume médio de túbulos seminíferos por testículo foi de 5,2 ml, o que representou cerca de 78% do parênquima testicular. Em relação à massa corporal, cerca de 0,02% desta é alocada em túbulos seminíferos, ou seja, o índice tubulossomático. A onça parda adulta apresentou cerca de 18 metros de túbulo seminífero por grama de testículo. O compartimento intertubular representou cerca de 22% do parênquima testicular, o que equivale à cerca de 1,5 ml por testículo. Já as células de Leydig isoladamente, corresponderam a 8% do parênquima testicular, sendo o índice leydigossomático 0,002%. O espaço intertubular foi caracterizado como sendo do tipo II segundo a classificação de FAWCETT et al. (1973). O diâmetro e altura do epitélio seminífero foram em média 227,37 m e 67,78 m, respectivamente. Os valores registrados neste estudo encontram-se dentro da amplitude observada para as demais espécies já estudadas. Neste estudo, a duração do ciclo do epitélio seminífero foi estimada usando-se injeções intratesticulares de timidina triciada.A duração total do ciclo do epitélio seminífero da onça parda foi calculada em 9,96 dias e como aproximadamente 4,5 ciclos do epitélio seminífero são necessários para que todo o processo espermatogênico seja completado, cerca de 44,8 dias são despendidos na produção de espermatozóides, a partir de uma espermatogônia. A duração da espermiogênese, prófase e demais eventos da meiose da onça parda adulta foram respectivamente 14,08; 15,2 e 1,79 dias. Foram descritos oito estádios do ciclo do epitélio seminífero, através do método da morfologia tubular, o qual se baseia na forma e posição do núcleo das espermátides e na ocorrência de divisões meióticas. Os valores observados na onça parda para a freqüência relativa das fases pré- meiótica, meiótica e pós-meiótica foram respectivamente 4,0; 1,8 e 4,15 dias. O estudo do processo espermatogênico torna-se extremamente relevante, subsidiando com informações básicas o desenvolvimento e sedimentação de tecnologias em reprodução assistida. Embora a onça parda (Puma concolor) seja o segundo maior felino das Américas e apresente uma ampla distribuição latitudinal, muito pouco se sabe a respeito de sua morfofisiologia testicular, incluindo a sua espermatogênese. Neste trabalho estimou- se que na onça parda cerca de 7,7 espermatócitos primários são produzidos a partir de uma espermatogônia do tipo A. O rendimento meiótico foi em torno de 3,0 células, o que equivale a uma perda de 25% no processo meiótico; o rendimento geral da espermatogênese foi de 22,7 células. Cada célula de Sertoli é capaz de sustentar cerca de 12,5 células germinativas, das quais 7,3 são espermátides arredondadas. A onça parda, com aproximadamente vinte e seis milhões de espermatozóides produzidos por grama de testículo por dia, encontra-se classificada entre as espécies de alta eficiência espermatogênica.Although the puma is the bigger feline of Americas and presents an ample latitudinal distribution, enclosing most diverse habitats, much little is known regarding its morfofisiologia to testicular, including the spermatogenic process. The parameters of corporal biometry and morfofisiology of testis are of utmost importance in the development of protocols for reproduction attended in the different species. Nine adult pumas proceeding from captivity had been studied in the present experiment, these animals had weighed in average 45Kg with mass to testicular average of 7,45 g having thus presenting gonadossomatic index of 0,03%. The average volume of seminiferous tubules for testicule was of 5,2 ml, what it represented about 78% of testis. In relation to the corporal mass, about 0,02% of this it is placed in seminiferous tubules, or either, the tubulessomatic index. The adult puma presented about 18 meters of seminiferous tubules for gram of testicule. The intertubular compartment represented about 22% of testis, what it is equivalent to 1,5 ml of the testis. The Leydig cells separately, had corresponded 8% of the testis, being leydigossomatic index 0,002%. The intertubular space was characterized as being of type II according to classification of FAWCETT et al., (1973). The diameter and height of the seminiferous epithelium had been in average 227,37mm and 67,78mm, respectively. The values registered in this study meet inside of the amplitude observed for the already studied species. In this study. The duration of the cycle of the seminiferous epithelium was observed using intra- testicular injections of tritium thimidine. A total duration of the cycle of the seminiferous epithelium of the puma was calculated in 9,96 days and as approximately 4,5 cycles of the seminiferous epithelium are necessary so that all spermatogenic process is completed, about 44,8 days are expended in the production of spermatozoa, from a espermatogônia. The duration of spermiogenesis, prophase and other events of meiosis of the puma had been respectively 14,08; 15,2 and 1,79 days. Eight stadiums of the cycle of the seminiferous epithelium had been described, through the method of the tubular morphology, which is based on the form and position of the nucleus of spermatides and on the occurrence of meiotic divisions. The values observed in the puma for the relative frequency of the phases daily pre-meiotic, meiotic and pos-meiotic had been respectively 4,0; 1,8 and 4,15 days. In this work it was observed that in the puma about 7,7 primary espermatócitos are produced from a espermatogônia of the type A; the meiótico income was around 3,0 cells, what is equivalent to a loss of 25% in the meiótico process; the general income of spermatogenesis was of 22,7 cells. Each cell of Sertoli is capable to support about 12,5 germ cells, them which 7,3 is rounded spermatides. The puma, with approximately twenty and six million spermatozoa produced per gram of testis per day, meets classified between the species of high spermatogenic efficiency.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de ViçosaEspermatogênesePuma concolorCiências AgráriasAnálise morfológica do testículo e do processo espermatogênico da onça parda (Puma concolor, Wozencraft,1993)Morphologic analysis of the testicule and the spermatogenic process of Puma (Puma concolor, Wozencraft, 1993)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de VeterináriaMestre em Medicina VeterináriaViçosa - MG2002-02-04Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf559724https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7910/1/texto%20completo.pdf00663003be3fba609be5f35085706a4aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7910/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3700https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7910/3/texto%20completo.pdf.jpg8fbde34de29d800fff07b5f0afa97b0dMD53TEXTtexto completo.pdf.txttexto completo.pdf.txtExtracted texttext/plain129991https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/7910/4/texto%20completo.pdf.txt5e5f847d80196ea6b29ca5773827b225MD54123456789/79102016-06-17 07:07:19.801oai:locus.ufv.br:123456789/7910Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452016-06-17T10:07:19LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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