Níveis dietéticos de lisina e proteína bruta para frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Fernando Guilherme Perazzo
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11346
Resumo: Foram conduzidos seis experimentos, sendo três de lisina e três de proteína, com o objetivo de estabelecer a exigência de lisina total e os níveis ideais de proteína bruta para frangos de corte, nas fases inicial, de crescimento e final. No experimento 1 foram utilizados 1.440 pintos de corte Ross, machos e fêmeas, com 22,00% de PB e 3.050 kcal de EM/kg, suplementada com seis níveis de L-lisina, fornecendo 1,03; 1,09; 1,15; 1,21; 1,27; e 1,33% de lisina total às rações, durante o período de 1 a 21 dias de idade. No experimento 2 (22 a 42 dias de idade), utilizou-se a mesma quantidade de animais, mas com uma ração com 20,00% de PB e 3.200 kcal de EM/kg, suplementada com seis níveis de L- lisina, correspondendo aos níveis de 0,92; 0,98; 1,04; 1,10; 1,16; e 1,22% de lisina nas rações. Em relação ao experimento 3 (42 a 54 dias de idade), a quantidade de animais utilizados no experimento foi de 750 aves, sendo a ração basal composta de 18,50% de PB e 3.200 kcal de EM/kg e as rações suplementadas com cinco níveis de L-lisina, correspondendo a 0,80; 0,86; 0,92; 0,98; e 1,04% de lisina total nas rações. Os outros três experimentos foram feitos para se obter o nível ideal de proteína bruta (PB) nas rações, sendo a quantidade de animais idêntica à dos três experimentos citados anteriormente. Na primeira fase de criação, trabalhou-se com diferentes níveis de proteína (20,00; 20,50; 21,00; 21,50; 22,00 e 22,50%) nas rações e com o nível de 1,27% de lisina total. Para a segunda fase, os níveis de proteína que variaram nas rações foram 17,50; 18,00; 18,50; 19,00; e 19,50% com o nível de 1,16% de lisina total. Na última fase, os cinco níveis de proteína bruta foram 16,00; 16,50; 17,00; 17,50; e 18,00%, com 1,00% de lisina total, sendo estes níveis de lisina obtidos em experimentos feitos anteriormente. Em todos estes experimentos, a relação lisina: metionina + cistina, treonina, triptofano e arginina foi mantida para aminoácidos, levando em consideração o perfil de proteína ideal. No experimento 1, os tratamentos influenciaram quadraticamente o ganho de peso (GP) e a conversão alimentar (CA), independentemente do sexo, e linearmente o consumo de ração (CR) dos machos. No experimento 2, os machos apresentaram efeito quadrático para GP e CA, tendo exigência estimada em 1,125% e 1,164% de lisina total, respectivamente. Para os dados de rendimento, os níveis de lisina influenciaram linearmente o rendimento de carcaça (RC), o rendimento de peito (RPT), o rendimento de filé de peito (RFP) e a gordura abdominal (GA) dos machos. Nas fêmeas, observou-se efeito quadrático para CA e linear para CR, não ocorrendo diferença no ganho de peso das aves. Foi observado também um efeito quadrático para RPT e RFP e linear para GA, à medida que se aumentavam os níveis de lisina nas rações. Para o experimento 3, não houve efeito dos níveis de lisina para machos e fêmeas sobre o GP, mas, para a CA, ambos os sexos apresentaram efeito linear. Em relação ao rendimento e à gordura abdominal, as aves não apresentaram nenhum efeito significativo. No experimento referente à obtenção do nível ideal de proteína bruta para a fase inicial, os machos apresentaram-se com exigência estimada de 22,42% de proteína bruta para CA, enquanto as fêmeas tiveram efeito linear em relação a GP e CA. Na fase seguinte, os machos foram influenciados linearmente pelos níveis de proteína para CR, CA, RPT e GA, tendo este resultado melhorado à medida que se aumentavam os níveis de proteína bruta. Para as fêmeas, obteve-se efeito quadrático para GP e efeito linear para CA e gordura abdominal. A última fase foi representada por um efeito quadrático e linear para os machos quanto a GP e CA, não havendo efeito sobre o rendimento das carnes e da gordura abdominal. Nas fêmeas, obteve-se efeito linear em CA e RC a partir do momento em que os níveis de proteína aumentavam. Concluiu-se que as estimativas das exigências de lisina para machos e fêmeas foram: na fase inicial (1-21 dias), os machos apresentaram exigência de 1,27% de lisina total (1,16% de lisina digestível), e as fêmeas, de 1,21% de lisina total (1,10% de lisina digestível); na fase de crescimento (22 a 40 dias), os machos apresentaram 1,16% de lisina total (1,06% de lisina digestível), e as fêmeas, 1,10% de lisina total (1,00% de lisina digestível); e, na fase final (42 a 54 dias), as exigências foram de 1,04% de lisina total (0,96% de lisina digestível) para os machos e 0,98% de lisina total (0,90% de lisina digestível) para as fêmeas. Quanto aos níveis de proteína adequados de acordo com cada fase de criação, pode-se concluir que, para a fase inicial, as aves (machos e fêmeas) apresentaram exigência de 21,5% de PB, 19,00% de PB para a fase de crescimento e 17,50% de PB para a fase final.
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spelling Níveis dietéticos de lisina e proteína bruta para frangos de corteDietary lysine and protein levels for broilersLisinaProteína brutaExigênciaFrangos de corteCiências AgráriasForam conduzidos seis experimentos, sendo três de lisina e três de proteína, com o objetivo de estabelecer a exigência de lisina total e os níveis ideais de proteína bruta para frangos de corte, nas fases inicial, de crescimento e final. No experimento 1 foram utilizados 1.440 pintos de corte Ross, machos e fêmeas, com 22,00% de PB e 3.050 kcal de EM/kg, suplementada com seis níveis de L-lisina, fornecendo 1,03; 1,09; 1,15; 1,21; 1,27; e 1,33% de lisina total às rações, durante o período de 1 a 21 dias de idade. No experimento 2 (22 a 42 dias de idade), utilizou-se a mesma quantidade de animais, mas com uma ração com 20,00% de PB e 3.200 kcal de EM/kg, suplementada com seis níveis de L- lisina, correspondendo aos níveis de 0,92; 0,98; 1,04; 1,10; 1,16; e 1,22% de lisina nas rações. Em relação ao experimento 3 (42 a 54 dias de idade), a quantidade de animais utilizados no experimento foi de 750 aves, sendo a ração basal composta de 18,50% de PB e 3.200 kcal de EM/kg e as rações suplementadas com cinco níveis de L-lisina, correspondendo a 0,80; 0,86; 0,92; 0,98; e 1,04% de lisina total nas rações. Os outros três experimentos foram feitos para se obter o nível ideal de proteína bruta (PB) nas rações, sendo a quantidade de animais idêntica à dos três experimentos citados anteriormente. Na primeira fase de criação, trabalhou-se com diferentes níveis de proteína (20,00; 20,50; 21,00; 21,50; 22,00 e 22,50%) nas rações e com o nível de 1,27% de lisina total. Para a segunda fase, os níveis de proteína que variaram nas rações foram 17,50; 18,00; 18,50; 19,00; e 19,50% com o nível de 1,16% de lisina total. Na última fase, os cinco níveis de proteína bruta foram 16,00; 16,50; 17,00; 17,50; e 18,00%, com 1,00% de lisina total, sendo estes níveis de lisina obtidos em experimentos feitos anteriormente. Em todos estes experimentos, a relação lisina: metionina + cistina, treonina, triptofano e arginina foi mantida para aminoácidos, levando em consideração o perfil de proteína ideal. No experimento 1, os tratamentos influenciaram quadraticamente o ganho de peso (GP) e a conversão alimentar (CA), independentemente do sexo, e linearmente o consumo de ração (CR) dos machos. No experimento 2, os machos apresentaram efeito quadrático para GP e CA, tendo exigência estimada em 1,125% e 1,164% de lisina total, respectivamente. Para os dados de rendimento, os níveis de lisina influenciaram linearmente o rendimento de carcaça (RC), o rendimento de peito (RPT), o rendimento de filé de peito (RFP) e a gordura abdominal (GA) dos machos. Nas fêmeas, observou-se efeito quadrático para CA e linear para CR, não ocorrendo diferença no ganho de peso das aves. Foi observado também um efeito quadrático para RPT e RFP e linear para GA, à medida que se aumentavam os níveis de lisina nas rações. Para o experimento 3, não houve efeito dos níveis de lisina para machos e fêmeas sobre o GP, mas, para a CA, ambos os sexos apresentaram efeito linear. Em relação ao rendimento e à gordura abdominal, as aves não apresentaram nenhum efeito significativo. No experimento referente à obtenção do nível ideal de proteína bruta para a fase inicial, os machos apresentaram-se com exigência estimada de 22,42% de proteína bruta para CA, enquanto as fêmeas tiveram efeito linear em relação a GP e CA. Na fase seguinte, os machos foram influenciados linearmente pelos níveis de proteína para CR, CA, RPT e GA, tendo este resultado melhorado à medida que se aumentavam os níveis de proteína bruta. Para as fêmeas, obteve-se efeito quadrático para GP e efeito linear para CA e gordura abdominal. A última fase foi representada por um efeito quadrático e linear para os machos quanto a GP e CA, não havendo efeito sobre o rendimento das carnes e da gordura abdominal. Nas fêmeas, obteve-se efeito linear em CA e RC a partir do momento em que os níveis de proteína aumentavam. Concluiu-se que as estimativas das exigências de lisina para machos e fêmeas foram: na fase inicial (1-21 dias), os machos apresentaram exigência de 1,27% de lisina total (1,16% de lisina digestível), e as fêmeas, de 1,21% de lisina total (1,10% de lisina digestível); na fase de crescimento (22 a 40 dias), os machos apresentaram 1,16% de lisina total (1,06% de lisina digestível), e as fêmeas, 1,10% de lisina total (1,00% de lisina digestível); e, na fase final (42 a 54 dias), as exigências foram de 1,04% de lisina total (0,96% de lisina digestível) para os machos e 0,98% de lisina total (0,90% de lisina digestível) para as fêmeas. Quanto aos níveis de proteína adequados de acordo com cada fase de criação, pode-se concluir que, para a fase inicial, as aves (machos e fêmeas) apresentaram exigência de 21,5% de PB, 19,00% de PB para a fase de crescimento e 17,50% de PB para a fase final.Six experiments, three of lysine and three of protein, were carried out to estimate the total lysine requirement and the ideal levels of crude protein (CP) for broilers in the initial, growing and final phases. In the experiment 1, 1440 Ross broilers, males and females, fed diets with 22.00% CP and 3.050 kcal ME/kg and supplemented with six L_lysine levels, 1.03, 1.09, 1.15, 1.21, 1.27 and 1.33% of total lysine, from 1 to 21 days of age. In the experiment 2 (from 22 to 42 days of age), the same number of animals was used, fed a diet with 20.00% CP and 3.200 kcal ME/kg, supplemented with six L-lysine levels, corresponding to 0.92, 0.98, 1.04, 1.10, 1.16 and 1.22% of lysine in the diets. In the experiment 3 (from 42 to 54 days of age), 750 chicks were used and fed a basal diet with 18.50% CP and 3.200 kcal ME/kg and diets supplemented with five L-lysine levels, corresponding to 0.80, 0.86, 0.92, 0.98 and 1.04% of total lysine in the diets. The other three experiments were carried out to obtain the ideal level of crude protein (CP) in the diets, and the number of animals was the same as those used in the three experiments described before. In the first growing phase, different protein levels (20.00, 20.50, 21.00, 21.50, 22.00 and 22.50%) in the diets as the level of 1.27% total lysine were used. For the second phase, the protein levels that changed on the diets were 17.50, 18.00, 18.50, 19.00 and 19.50% at the levels of 1.16% total lysine. In the last phase, the five crude protein levels were 16.00, 16.50, 17.00, 17.50 and 18.00% at 1.00% total lysine and obtained in the experiment previously carried out. In all these experiments, the lysine: methionine + cystine, threonine, tryptophan and arginine ratio was maintained for amino acids considering the ideal protein profile. In the experiment 1, the treatments quadractly affected the weight gain (WG) and the feed:gain ratio (F/G), independent of sex, and linearly affected the feed intake (FI) of males. In the experiment 2, the males showed quadratic effect for WG and F/G and estimated requirement of 1.125% and 1.164% total lysine, respectively. The lysine levels linearly affected the carcass yield (CY), breast yield (BY), breast fillet yield (BFY), and abdominal fat (AF) of males. There was quadratic effect for F/G and linear effect for FI, for females, and no differences of chicks weight gain. Quadratic effect for BY and BFY and linear effect for F/G were observed, as dietary lysine levels incresed. In the experiment 3, there was no effect of lysine levels on the WG, for males and females, but there was linear effect on the F/G, for the both sexes. The chicks showed no significant effect on the abdominal fat and yield. In the experiment to obtain the crude protein ideal level for the initial phase, males showed estimated requirement of 22.42% crude protein for F/G, while the females showed linear effect for WG and F/G. In following phase, the protein levels linearly affected the males FI, F/G, BY and AF, which improves as crude protein levels increased. Females showed quadratic effect for WG and linear effect for F/G and fat abdominal. In the last phase, males showed quadratic and linear effect for F/G, and there was no effect on breast and fillet breast yields and on abdominal fat. Females presented linear effect for F/G and CY as the proteins levels increased. It was concluded that the lysine requirements estimates for males and females were: in the initial phase (from 1 to 21 days), males showed requirement of 1,27% total lysine (1.16% digestible lysine) and females showed requirement of 1.21% total lysine (1.10% digestible lysine), in the growing phase (from 22 to 40 days), males showed requirement of 1.16 total lysine (1.06% digestible lysine) and females showed requirement of 1.10% total lysine (1.00% digestible lysine), and the final phase (from 42 to 54 days), the requirements were of 1.04% total lysine (0.96% digestible lysine) for males and 0.98% total lysine (0.90% digestible lysine) for females. According to the adequate crude protein levels for each phase, it was concluded that, in the initial phase, the chicks (males and females) showed requirement of 21.5% CP, 19.00% CP for the growing phase and 17.50% CP for the final phase.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Federal de ViçosaRostagno, Horacio Santiagohttp://lattes.cnpq.br/7950825762365762Albino, Luiz Fernando TeixeiraGomes, Paulo CezarCosta, Fernando Guilherme Perazzo2017-07-18T12:03:19Z2017-07-18T12:03:19Z2000-08-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfCOSTA, Fernando Guilherme Perazzo. Níveis dietéticos de lisina e proteína bruta para frangos de corte. 2000. 156 f. 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