Dyckia (Bromeliaceae): espécies do gênero e endemismos nos campos ferruginosos no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Otávio Batista de Castro
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31110
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.129
Resumo: O gênero Dyckia ocorre no Uruguai, Argentina Paraguai e Bolívia tendo sua maior diversidade de espécies concentra-se na Cadeia o Espinhaço ocorrendo em campos rupestres quartzíticos e ferruginosos. A maior irradiação de espécies do gênero ocorreu no período Plioceno aproximadamente entre 4,6 e 4,1 milhões de anos atrás, onde radiações massivas e sucessivas em várias direções teriam ocorrido, gerando uma grande diversificação no Pleistoceno. Por volta de 2,5 milhões de anos atrás, radiações secundárias começaram, e deram origem às linhagens que agora habitam áreas distintas, como o clado formado por algumas espécies do Brasil Central. Durante essas radiações várias linhagens ocuparam ambientes de origem quartizítica e ferruginosa no Brasil indistintamente, evoluindo e adaptando ao substrato ferruginoso tornando-se endêmicas deste. São descritas morfologicamente e detalhadas as interações taxonômicas e ecológicas de Dyckia inflexifolia Guarçoni & M.A.Sartori, Dyckia cangaphila, P.J. Braun, Esteves & Scharf, Dyckia conceicionensis O.B.C. Ribeiro & Leme, Dyckia ferrisincola O.B.C.Ribeiro & Leme e Dyckia incana O.B.C.Ribeiro & Leme. Dyckia rariflora Schult. &Schult. f. é igualmente tratada e propõe-se o restabelecimento de Dyckia elata Mez. É proposto os complexos taxonômicos relativos a Dyckia tenebrosa Leme & Luther e Dyckia consimilis Mez, neste último discute-se as relações de Dyckia simulans L.B. Sm. e propõe-se a sinonimização de Dyckia schwackeana Mez. Dyckia saxatilis Mez e Dyckia nana Leme & O. B. C. Ribeiro apesar de não ocorrerem em substrato ferruginosos são descritas e discutidas para estabelecimento de novos táxons. Cinco novas espécies de Dyckia endêmicas do substrato ferruginoso são descritas, comentadas suas interações ecológicas e riscos de extinção. Foi elaborada uma chave taxonômica para as espécies ocorrentes em canga ferruginosa. Foram realizadas analises de solo e foliares de espécies estudadas em comparação com espécies de campos rupestres quartzíticos e não foi observado qualquer indício de especificidade química ao substrato. Congectura-se que a ocorrência endêmica destas espécies aos campos ferruginosos esteja relacionada à combinação do efeito insular aliada a uma seleção proporcionada pela resistência à amplitude térmica das rochas ferruginosas. Palavras-chave: ferruginosos. Bromeliaceae. Dyckia. Endemismo. Campos rupestres
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Por volta de 2,5 milhões de anos atrás, radiações secundárias começaram, e deram origem às linhagens que agora habitam áreas distintas, como o clado formado por algumas espécies do Brasil Central. Durante essas radiações várias linhagens ocuparam ambientes de origem quartizítica e ferruginosa no Brasil indistintamente, evoluindo e adaptando ao substrato ferruginoso tornando-se endêmicas deste. São descritas morfologicamente e detalhadas as interações taxonômicas e ecológicas de Dyckia inflexifolia Guarçoni & M.A.Sartori, Dyckia cangaphila, P.J. Braun, Esteves & Scharf, Dyckia conceicionensis O.B.C. Ribeiro & Leme, Dyckia ferrisincola O.B.C.Ribeiro & Leme e Dyckia incana O.B.C.Ribeiro & Leme. Dyckia rariflora Schult. &Schult. f. é igualmente tratada e propõe-se o restabelecimento de Dyckia elata Mez. É proposto os complexos taxonômicos relativos a Dyckia tenebrosa Leme & Luther e Dyckia consimilis Mez, neste último discute-se as relações de Dyckia simulans L.B. Sm. e propõe-se a sinonimização de Dyckia schwackeana Mez. Dyckia saxatilis Mez e Dyckia nana Leme & O. B. C. Ribeiro apesar de não ocorrerem em substrato ferruginosos são descritas e discutidas para estabelecimento de novos táxons. Cinco novas espécies de Dyckia endêmicas do substrato ferruginoso são descritas, comentadas suas interações ecológicas e riscos de extinção. Foi elaborada uma chave taxonômica para as espécies ocorrentes em canga ferruginosa. Foram realizadas analises de solo e foliares de espécies estudadas em comparação com espécies de campos rupestres quartzíticos e não foi observado qualquer indício de especificidade química ao substrato. Congectura-se que a ocorrência endêmica destas espécies aos campos ferruginosos esteja relacionada à combinação do efeito insular aliada a uma seleção proporcionada pela resistência à amplitude térmica das rochas ferruginosas. Palavras-chave: ferruginosos. Bromeliaceae. Dyckia. Endemismo. Campos rupestresThe genus Dyckia occurs in Uruguay, Argentina, Paraguay and Bolivia, with its greatest diversity of species concentrated in the Espinhaço Range, occurring in quartizite and ferruginous rocky fields. The greatest irradiation of species of the genus occurred in the Pliocene period approximately between 4.6 and 4.1 million years ago, where massive and successive radiations in several steps occurred, generating a great diversification in the Pleistocene. Around 2.5 million years ago, secondary radiations appeared, and gave rise to the lineages that now inhabit distinct areas, such as the clade formed by some species from Central Brazil. During these radiations, several lineages occupied environments of quartizite and ferruginous origin in Brazil indistinctly, evolving and adapting to the ferruginous substrate, becoming endemic to it. They are described morphologically and individually as taxonomic and ecological relaxants of Dyckia inflexifolia Guarçoni & M.A.Sartori, Dyckia cangaphila, P.J. Braun, Esteves & Scharf, Dyckia conceicionensis O.B.C. Ribeiro & Leme, Dyckia ferrisincola O.B.C.Ribeiro & Leme and Dyckia incana O.B.C.Ribeiro & Leme. Dyckia rariflora Schult. &Schult. f. is also treated and the restoration of Dyckia elata Mez is proposed. The taxonomic complexes related to Dyckia tenebrosa Leme & Luther and Dyckia consimilis Mez are proposed, in the latter the relationships of Dyckia simulans L.B. sm. and we propose the synonymization of Dyckia schwackeana Mez. Dyckia saxatilis Mez and Dyckia nana Leme & O. B. C. Ribeiro, despite not occurring in ferruginous substrates, are described and monitored to establish new taxa. Five new species of Dyckia endemic to the ferruginous substrate are described, commenting on their ecological status and risk of extinction. A taxonomic key was prepared for the species occurring in ferruginous soils. Soil and foliar analyzes of experimented species were performed in comparison with species from quartizite rocky fields and no attraction of substrate specificity was observed. It is conjectured that the endemic occurrence of these species in the ferruginous fields is related to the combination of the insular effect combined with a selection provided by the resistance to the thermal amplitude of the ferruginous rocks.Keywords: Bromeliaceae. Dyckia. Endemism. Ferruginous rupestrian fields.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaBotânicaDyckia - ClassificaçãoDyckia - MorfologiaBromeliaceaeBotânicaDyckia (Bromeliaceae): espécies do gênero e endemismos nos campos ferruginosos no BrasilDyckia (Bromeliaceae): species of the genus and endemism in ferruginous fields in Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de SolosMestre em BotânicaViçosa - MG2022-12-19Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf23654362https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/31110/1/texto%20completo.pdf09f53b36ec7523ff023e2d2c1380ceeeMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/31110/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/311102023-06-27 08:50:02.96oai:locus.ufv.br:123456789/31110Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452023-06-27T11:50:02LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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