O missal romano da Typographia Regia e suas gravuras:: produção, privilégios de impressão e influências artísticas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | História, Histórias |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/hh/article/view/11005 |
Resumo: | A historiografia da arte relativa à capitania das Minas Gerais, desde a década de 1930, aponta a relevância especial dos missais portugueses, editados pela Impressão Régia, como fontes de modelos gravados para os pintores. O presente artigo objetiva reacender esse debate, deslocando-o do tradicional eixo interpretativo iconográfico e formal, ou seja, não enfatiza a análise das apropriações das gravuras portuguesas pelos pintores mineiros. Objetiva, diferentemente, compreender o processo de produção desses modelos em Lisboa tendo em vista as políticas econômicas adotadas em Portugal, na segunda metade do século XVIII, com vistas a favorecer e proteger a incipiente industrialização lusitana, substituindo importações. O enfoque recai sobre o estudo da produção dos livros e suas estampas, as concessões de privilégios de impressão aos lusitanos e a proibição de importação de missais estrangeiros, medidas tomadas desde a década de 1760. Conclui-se que essas investidas protecionistas tiveram como consequência o predomínio desses livros no mercado de missais na capitania das Minas, o que interferiu, por sua vez, no universo de insinuações artísticas europeias ali disponíveis, uma vez que suas estampas apresentavam pendores classicizantes, de origem italiana. |
id |
UNB-13_af917545620453760e3f5bacfdbceb70 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/11005 |
network_acronym_str |
UNB-13 |
network_name_str |
História, Histórias |
repository_id_str |
|
spelling |
O missal romano da Typographia Regia e suas gravuras:: produção, privilégios de impressão e influências artísticasMissale Romanumgravurasprivilégios de impressãoA historiografia da arte relativa à capitania das Minas Gerais, desde a década de 1930, aponta a relevância especial dos missais portugueses, editados pela Impressão Régia, como fontes de modelos gravados para os pintores. O presente artigo objetiva reacender esse debate, deslocando-o do tradicional eixo interpretativo iconográfico e formal, ou seja, não enfatiza a análise das apropriações das gravuras portuguesas pelos pintores mineiros. Objetiva, diferentemente, compreender o processo de produção desses modelos em Lisboa tendo em vista as políticas econômicas adotadas em Portugal, na segunda metade do século XVIII, com vistas a favorecer e proteger a incipiente industrialização lusitana, substituindo importações. O enfoque recai sobre o estudo da produção dos livros e suas estampas, as concessões de privilégios de impressão aos lusitanos e a proibição de importação de missais estrangeiros, medidas tomadas desde a década de 1760. Conclui-se que essas investidas protecionistas tiveram como consequência o predomínio desses livros no mercado de missais na capitania das Minas, o que interferiu, por sua vez, no universo de insinuações artísticas europeias ali disponíveis, uma vez que suas estampas apresentavam pendores classicizantes, de origem italiana.A historiografia da arte relativa à capitania das Minas Gerais, desde a década de 1930, aponta a relevância especial dos missais portugueses, editados pela Impressão Régia, como fontes de modelos gravados para os pintores. O presente artigo objetiva reacender esse debate, deslocando-o do tradicional eixo interpretativo iconográfico e formal, ou seja, não enfatiza a análise das apropriações das gravuras portuguesas pelos pintores mineiros. Objetiva, diferentemente, compreender o processo de produção desses modelos em Lisboa tendo em vista as políticas econômicas adotadas em Portugal, na segunda metade do século XVIII, com vistas a favorecer e proteger a incipiente industrialização lusitana, substituindo importações. O enfoque recai sobre o estudo da produção dos livros e suas estampas, as concessões de privilégios de impressão aos lusitanos e a proibição de importação de missais estrangeiros, medidas tomadas desde a década de 1760. Conclui-se que essas investidas protecionistas tiveram como consequência o predomínio desses livros no mercado de missais na capitania das Minas, o que interferiu, por sua vez, no universo de insinuações artísticas europeias ali disponíveis, uma vez que suas estampas apresentavam pendores classicizantes, de origem italiana.Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília (PPGHIS/UnB)2018-07-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/hh/article/view/1100510.26512/hh.v6i11.11005história, histórias; Vol. 6 Núm. 11 (2018): História Social da Arte (jan-jun); 7-26História, histórias; v. 6 n. 11 (2018): História Social da Arte (jan-jun); 7-262318-172910.26512/hh.v6i11reponame:História, Históriasinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/hh/article/view/11005/17783Copyright (c) 2018 Camila Santiagoinfo:eu-repo/semantics/openAccessSantiago, Camila Fernandes Guimarães2019-10-06T21:16:04Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/11005Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/hhPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/hh/oaihistoriahistorias1@gmail.com||editorchefe.tempo@gmail.com||portaldeperiodicos@bce.unb.br2318-17292318-1729opendoar:2019-10-06T21:16:04História, Histórias - Universidade de Brasília (UnB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O missal romano da Typographia Regia e suas gravuras:: produção, privilégios de impressão e influências artísticas |
title |
O missal romano da Typographia Regia e suas gravuras:: produção, privilégios de impressão e influências artísticas |
spellingShingle |
O missal romano da Typographia Regia e suas gravuras:: produção, privilégios de impressão e influências artísticas Santiago, Camila Fernandes Guimarães Missale Romanum gravuras privilégios de impressão |
title_short |
O missal romano da Typographia Regia e suas gravuras:: produção, privilégios de impressão e influências artísticas |
title_full |
O missal romano da Typographia Regia e suas gravuras:: produção, privilégios de impressão e influências artísticas |
title_fullStr |
O missal romano da Typographia Regia e suas gravuras:: produção, privilégios de impressão e influências artísticas |
title_full_unstemmed |
O missal romano da Typographia Regia e suas gravuras:: produção, privilégios de impressão e influências artísticas |
title_sort |
O missal romano da Typographia Regia e suas gravuras:: produção, privilégios de impressão e influências artísticas |
author |
Santiago, Camila Fernandes Guimarães |
author_facet |
Santiago, Camila Fernandes Guimarães |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Santiago, Camila Fernandes Guimarães |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Missale Romanum gravuras privilégios de impressão |
topic |
Missale Romanum gravuras privilégios de impressão |
description |
A historiografia da arte relativa à capitania das Minas Gerais, desde a década de 1930, aponta a relevância especial dos missais portugueses, editados pela Impressão Régia, como fontes de modelos gravados para os pintores. O presente artigo objetiva reacender esse debate, deslocando-o do tradicional eixo interpretativo iconográfico e formal, ou seja, não enfatiza a análise das apropriações das gravuras portuguesas pelos pintores mineiros. Objetiva, diferentemente, compreender o processo de produção desses modelos em Lisboa tendo em vista as políticas econômicas adotadas em Portugal, na segunda metade do século XVIII, com vistas a favorecer e proteger a incipiente industrialização lusitana, substituindo importações. O enfoque recai sobre o estudo da produção dos livros e suas estampas, as concessões de privilégios de impressão aos lusitanos e a proibição de importação de missais estrangeiros, medidas tomadas desde a década de 1760. Conclui-se que essas investidas protecionistas tiveram como consequência o predomínio desses livros no mercado de missais na capitania das Minas, o que interferiu, por sua vez, no universo de insinuações artísticas europeias ali disponíveis, uma vez que suas estampas apresentavam pendores classicizantes, de origem italiana. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-07-21 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.unb.br/index.php/hh/article/view/11005 10.26512/hh.v6i11.11005 |
url |
https://periodicos.unb.br/index.php/hh/article/view/11005 |
identifier_str_mv |
10.26512/hh.v6i11.11005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.unb.br/index.php/hh/article/view/11005/17783 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2018 Camila Santiago info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2018 Camila Santiago |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília (PPGHIS/UnB) |
publisher.none.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília (PPGHIS/UnB) |
dc.source.none.fl_str_mv |
história, histórias; Vol. 6 Núm. 11 (2018): História Social da Arte (jan-jun); 7-26 História, histórias; v. 6 n. 11 (2018): História Social da Arte (jan-jun); 7-26 2318-1729 10.26512/hh.v6i11 reponame:História, Histórias instname:Universidade de Brasília (UnB) instacron:UNB |
instname_str |
Universidade de Brasília (UnB) |
instacron_str |
UNB |
institution |
UNB |
reponame_str |
História, Histórias |
collection |
História, Histórias |
repository.name.fl_str_mv |
História, Histórias - Universidade de Brasília (UnB) |
repository.mail.fl_str_mv |
historiahistorias1@gmail.com||editorchefe.tempo@gmail.com||portaldeperiodicos@bce.unb.br |
_version_ |
1798319859468075008 |