"O professor achava que eu não deveria estar ali": o feminino e o desafio profissional na ciência e tecnologia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guedes, Raquel da Silva
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Insurgência
DOI: 10.26512/insurgncia.v3i1.19416
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/19416
Resumo: Durante séculos discursos médicos, religiosos e legais confinaram a mulher a uma vida privada, elas foram projetadas discursivamente para obedecer um tutor em defesa da moral e dos bons costumes. Os anos avançaram e consequentemente a luta feminina por direitos e espaço, de modo que elas conquistaram o voto, o espaço público e aparentemente a liberdade. Sabemos que mudar certos discursos envolve modificar culturalmente uma sociedade, tal fator é um exercício difícil e é por esta causa que na atualidade as mulheres que enveredam profissionalmente na Ciência e Tecnologia corresponde a um número limitado em comparação aos homens, bem como, nesta área elas costumam enfrentar olhares atípicos, preconceito e desafios fundamentados na diferença de gênero. As mulheres engenheiras - seja civil, elétrica ou mecânica -, cientistas e programadoras são encaras como um corpo transgressor, elas quebram uma regra comum de maneira tão contundente que imaginá-las em tais ofícios parece difícil ao senso comum, uma vez que deixaram o corpo disciplinado. Como o corpo feminino passou de disciplinado a transgressor? Como a mulher da Ciência e Tecnologia adaptou suas práticas para se inserir nesse meio atípico?
id UNB-14_1f7478ba1480bfe8a9099d73c6bb5bdf
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/19416
network_acronym_str UNB-14
network_name_str Insurgência
spelling "O professor achava que eu não deveria estar ali": o feminino e o desafio profissional na ciência e tecnologiaCorpo Transgressor. Mulher. Ciência e Tecnologia.Body Transgressor. Woman. Science and technology Durante séculos discursos médicos, religiosos e legais confinaram a mulher a uma vida privada, elas foram projetadas discursivamente para obedecer um tutor em defesa da moral e dos bons costumes. Os anos avançaram e consequentemente a luta feminina por direitos e espaço, de modo que elas conquistaram o voto, o espaço público e aparentemente a liberdade. Sabemos que mudar certos discursos envolve modificar culturalmente uma sociedade, tal fator é um exercício difícil e é por esta causa que na atualidade as mulheres que enveredam profissionalmente na Ciência e Tecnologia corresponde a um número limitado em comparação aos homens, bem como, nesta área elas costumam enfrentar olhares atípicos, preconceito e desafios fundamentados na diferença de gênero. As mulheres engenheiras - seja civil, elétrica ou mecânica -, cientistas e programadoras são encaras como um corpo transgressor, elas quebram uma regra comum de maneira tão contundente que imaginá-las em tais ofícios parece difícil ao senso comum, uma vez que deixaram o corpo disciplinado. Como o corpo feminino passou de disciplinado a transgressor? Como a mulher da Ciência e Tecnologia adaptou suas práticas para se inserir nesse meio atípico? Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais - IPDMS2018-03-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPeer-reviwed articleArtículo revisado por paresArtigo avaliado pelos paresapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/1941610.26512/insurgncia.v3i1.19416InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais [InSURgence: rights and social movements journal]; Vol. 3 No. 1 (2017): Dossiê "Direitos, Gênero e Sexualidade"; 441-465InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais [InSURgência: revista de derechos y movimientos sociales]; Vol. 3 Núm. 1 (2017): Dossiê "Direitos, Gênero e Sexualidade"; 441-465InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais; v. 3 n. 1 (2017): Dossiê "Direitos, Gênero e Sexualidade"; 441-4652447-668410.26512/insurgncia.v3i1reponame:Insurgênciainstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/19416/17968Guedes, Raquel da Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-08-04T14:39:59Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/19416Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/insurgenciaPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/oaiabc.alexandre@gmail.com2447-66842447-6684opendoar:2021-08-04T14:39:59Insurgência - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv "O professor achava que eu não deveria estar ali": o feminino e o desafio profissional na ciência e tecnologia
title "O professor achava que eu não deveria estar ali": o feminino e o desafio profissional na ciência e tecnologia
spellingShingle "O professor achava que eu não deveria estar ali": o feminino e o desafio profissional na ciência e tecnologia
"O professor achava que eu não deveria estar ali": o feminino e o desafio profissional na ciência e tecnologia
Guedes, Raquel da Silva
Corpo Transgressor. Mulher. Ciência e Tecnologia.
Body Transgressor. Woman. Science and technology
Guedes, Raquel da Silva
Corpo Transgressor. Mulher. Ciência e Tecnologia.
Body Transgressor. Woman. Science and technology
title_short "O professor achava que eu não deveria estar ali": o feminino e o desafio profissional na ciência e tecnologia
title_full "O professor achava que eu não deveria estar ali": o feminino e o desafio profissional na ciência e tecnologia
title_fullStr "O professor achava que eu não deveria estar ali": o feminino e o desafio profissional na ciência e tecnologia
"O professor achava que eu não deveria estar ali": o feminino e o desafio profissional na ciência e tecnologia
title_full_unstemmed "O professor achava que eu não deveria estar ali": o feminino e o desafio profissional na ciência e tecnologia
"O professor achava que eu não deveria estar ali": o feminino e o desafio profissional na ciência e tecnologia
title_sort "O professor achava que eu não deveria estar ali": o feminino e o desafio profissional na ciência e tecnologia
author Guedes, Raquel da Silva
author_facet Guedes, Raquel da Silva
Guedes, Raquel da Silva
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Guedes, Raquel da Silva
dc.subject.por.fl_str_mv Corpo Transgressor. Mulher. Ciência e Tecnologia.
Body Transgressor. Woman. Science and technology
topic Corpo Transgressor. Mulher. Ciência e Tecnologia.
Body Transgressor. Woman. Science and technology
description Durante séculos discursos médicos, religiosos e legais confinaram a mulher a uma vida privada, elas foram projetadas discursivamente para obedecer um tutor em defesa da moral e dos bons costumes. Os anos avançaram e consequentemente a luta feminina por direitos e espaço, de modo que elas conquistaram o voto, o espaço público e aparentemente a liberdade. Sabemos que mudar certos discursos envolve modificar culturalmente uma sociedade, tal fator é um exercício difícil e é por esta causa que na atualidade as mulheres que enveredam profissionalmente na Ciência e Tecnologia corresponde a um número limitado em comparação aos homens, bem como, nesta área elas costumam enfrentar olhares atípicos, preconceito e desafios fundamentados na diferença de gênero. As mulheres engenheiras - seja civil, elétrica ou mecânica -, cientistas e programadoras são encaras como um corpo transgressor, elas quebram uma regra comum de maneira tão contundente que imaginá-las em tais ofícios parece difícil ao senso comum, uma vez que deixaram o corpo disciplinado. Como o corpo feminino passou de disciplinado a transgressor? Como a mulher da Ciência e Tecnologia adaptou suas práticas para se inserir nesse meio atípico?
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-03-14
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Peer-reviwed article
Artículo revisado por pares
Artigo avaliado pelos pares
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/19416
10.26512/insurgncia.v3i1.19416
url https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/19416
identifier_str_mv 10.26512/insurgncia.v3i1.19416
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/19416/17968
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais - IPDMS
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais - IPDMS
dc.source.none.fl_str_mv InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais [InSURgence: rights and social movements journal]; Vol. 3 No. 1 (2017): Dossiê "Direitos, Gênero e Sexualidade"; 441-465
InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais [InSURgência: revista de derechos y movimientos sociales]; Vol. 3 Núm. 1 (2017): Dossiê "Direitos, Gênero e Sexualidade"; 441-465
InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais; v. 3 n. 1 (2017): Dossiê "Direitos, Gênero e Sexualidade"; 441-465
2447-6684
10.26512/insurgncia.v3i1
reponame:Insurgência
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Insurgência
collection Insurgência
repository.name.fl_str_mv Insurgência - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv abc.alexandre@gmail.com
_version_ 1822180428462686208
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.26512/insurgncia.v3i1.19416