O que afasta pretos e pardos da representação política? : uma análise a partir das eleições legislativas de 2014
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/30728 http://dx.doi.org/10.1590/1678-987317256107 |
Resumo: | Mesmo um observador leigo da política brasileira é capaz de constatar que os pretos e pardos estão excluídos das suas arenas decisórias. Contudo, a ausência de registros sobre a cor/raça de nossos políticos sempre dificultou o dimensionamento dessa sub-representação e as suas possíveis causas. Desde as eleições de 2014, porém, o Tribunal Superior Eleitoral computa a raça/cor dos candidatos registrados, o que permite contornar parcialmente essas dificuldades. Neste trabalho, recorremos a esses dados para dimensionar quão sub-representados pretos e pardos estão na Câmara dos Deputados e, sobretudo, testar algumas hipóteses explicativas de tal fenômeno. Os resultados indicam que as chances eleitorais de pretos e pardos são menores em relação às de brancos por causa de múltiplos fatores: (1) classe de origem, (2) acesso a recursos de campanha e (3) estruturas partidárias competitivas. Tudo isso sugere que medidas que busquem tornar a representação política mais diversa devem considerar a complexidade dos obstáculos interpostos a pretos e pardos. |
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O que afasta pretos e pardos da representação política? : uma análise a partir das eleições legislativas de 2014What averts black and browns of political representation? : a 2014 legislative election analysisRaçaNegrosRepresentação políticaEleiçõesRecrutamento políticoMesmo um observador leigo da política brasileira é capaz de constatar que os pretos e pardos estão excluídos das suas arenas decisórias. Contudo, a ausência de registros sobre a cor/raça de nossos políticos sempre dificultou o dimensionamento dessa sub-representação e as suas possíveis causas. Desde as eleições de 2014, porém, o Tribunal Superior Eleitoral computa a raça/cor dos candidatos registrados, o que permite contornar parcialmente essas dificuldades. Neste trabalho, recorremos a esses dados para dimensionar quão sub-representados pretos e pardos estão na Câmara dos Deputados e, sobretudo, testar algumas hipóteses explicativas de tal fenômeno. Os resultados indicam que as chances eleitorais de pretos e pardos são menores em relação às de brancos por causa de múltiplos fatores: (1) classe de origem, (2) acesso a recursos de campanha e (3) estruturas partidárias competitivas. Tudo isso sugere que medidas que busquem tornar a representação política mais diversa devem considerar a complexidade dos obstáculos interpostos a pretos e pardos.Even a casual observer of Brazilian politics perceive the exclusion of blacks and browns from the Brazilian decision-making arenas. Nevertheless, the absence of records on the color/race of Brazilian politicians always difficult evaluating this underrepresentation and its possible causes. However, since the 2014 elections, the Superior Electoral Court computes the race/color of registered candidates, partially circumventing these difficulties. In this article, we use these data to gauge how underrepresented blacks and browns are in the Lower House and, above all, test some explanatory hypotheses of this phenomenon. Blacks and brows have reduced electoral chances compared to those of whites because of multiple factors: source class, access to campaign resources and competitive party structures. All this suggests that measures that seek to make the most diverse political representation should consider the complexity of the obstacles to the black and brown population in Brazil.Universidade Federal do Paraná2018-01-04T19:14:49Z2018-01-04T19:14:49Z2017-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfCAMPOS, Luiz Augusto; MACHADO, Carlos. O que afasta pretos e pardos da representação política?: uma análise a partir das eleições legislativas de 2014. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 25, n. 61, p. 125-142, mar. 2017. Disponível em; <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-44782017000100125&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 30 jan. 2018. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1678-987317256107.http://repositorio.unb.br/handle/10482/30728http://dx.doi.org/10.1590/1678-987317256107Revista de Sociologia e Política - This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution Non-Commercial License which permits unrestricted non-commercial use, distribution, and reproduction in any medium provided the original work is properly cited (CC BY NC 4.0). Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-44782017000100125&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 30 jan. 2018.info:eu-repo/semantics/openAccessCampos, Luiz AugustoMachado, Carlosporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-06-20T17:37:09Zoai:repositorio.unb.br:10482/30728Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-06-20T17:37:09Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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