Vontade geral e decisão coletiva em Rousseau
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/27676 http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31732010000200003 |
Resumo: | Nos termos rousseaunianos, a questão fundamental sobre o que devemos fazer coletivamente (ou seja, o problema da decisão coletiva) se traduz como a questão sobre como podemos conhecer a vontade geral. Só podemos responder adequadamente a essa questão, porém, se prestarmos atenção a uma duplicidade importante no conceito de vontade geral. Rousseau usa a mesma expressão para se referir a duas coisas diferentes: às próprias decisões coletivas, consubstanciadas nas leis (a vg-decisão), e ao padrão do bem comum, em certo sentido anterior e independente das decisões coletivas, servindo como referência para elas (a vg-padrão). A questão genérica sobre como podemos vir a conhecer a vontade geral, portanto, deve ser desdobrada em duas: Como podemos vir a conhecer a vg-decisão? e Como podemos vir a conhecer a vg-padrão? Este artigo pretende identificar os elementos centrais da resposta de Rousseau a essas duas questões, elementos esses que permitem discutir sobre o sentido da concepção rousseauniana de democracia. |
id |
UNB_416e426e96122dfc9ac4f1847d6ee73a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unb.br:10482/27676 |
network_acronym_str |
UNB |
network_name_str |
Repositório Institucional da UnB |
repository_id_str |
|
spelling |
Vontade geral e decisão coletiva em RousseauGeneral will and collective decision in RousseauRousseau, Jean-Jacques, 1712-1778DemocraciaDecisão coletivaVontade geralNos termos rousseaunianos, a questão fundamental sobre o que devemos fazer coletivamente (ou seja, o problema da decisão coletiva) se traduz como a questão sobre como podemos conhecer a vontade geral. Só podemos responder adequadamente a essa questão, porém, se prestarmos atenção a uma duplicidade importante no conceito de vontade geral. Rousseau usa a mesma expressão para se referir a duas coisas diferentes: às próprias decisões coletivas, consubstanciadas nas leis (a vg-decisão), e ao padrão do bem comum, em certo sentido anterior e independente das decisões coletivas, servindo como referência para elas (a vg-padrão). A questão genérica sobre como podemos vir a conhecer a vontade geral, portanto, deve ser desdobrada em duas: Como podemos vir a conhecer a vg-decisão? e Como podemos vir a conhecer a vg-padrão? Este artigo pretende identificar os elementos centrais da resposta de Rousseau a essas duas questões, elementos esses que permitem discutir sobre o sentido da concepção rousseauniana de democracia.In rousseauian terms, the fundamental question about what we should collectively do (i.e., the problem of collective decision-making) translates itself as the question about how we could know what the general will is. This question, however, can only be adequately answered if we consider that "general will" has a double meaning. Rousseau uses the same expression to refer to two quite different things: to the collective decisions themselves consubstantiated in the law ("gw-as a decision") and to the common good as a pattern which, in a way, exists before and independently of the decisions, functioning as a reference to the decision-making procedure ("gw-as a pattern"). The general question about how could we know what the general will is, then, should be split into two: How can we get to know the gw-as a decision? and How can we get to know the gw-as a pattern? This article intends to identify the central elements of Rousseau's answer to this two questions, which throw an interesting light on the rousseauian conception of democracy.Universidade Estadual Paulista, Departamento de Filosofia2017-12-07T04:53:21Z2017-12-07T04:53:21Z2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfREIS, Cláudio Araújo. Vontade geral e decisão coletiva em Rousseau. Trans/Form/Ação, Marília, v. 33, n. 2, p. 11-34, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31732010000200003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 14 set. 2018. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31732010000200003.http://repositorio.unb.br/handle/10482/27676http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31732010000200003Trans/Form/Ação - Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons (CC BY-NC 4.0). Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31732010000200003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 14 set. 2018.info:eu-repo/semantics/openAccessReis, Cláudio Araújoporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-05-27T00:27:22Zoai:repositorio.unb.br:10482/27676Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-05-27T00:27:22Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Vontade geral e decisão coletiva em Rousseau General will and collective decision in Rousseau |
title |
Vontade geral e decisão coletiva em Rousseau |
spellingShingle |
Vontade geral e decisão coletiva em Rousseau Reis, Cláudio Araújo Rousseau, Jean-Jacques, 1712-1778 Democracia Decisão coletiva Vontade geral |
title_short |
Vontade geral e decisão coletiva em Rousseau |
title_full |
Vontade geral e decisão coletiva em Rousseau |
title_fullStr |
Vontade geral e decisão coletiva em Rousseau |
title_full_unstemmed |
Vontade geral e decisão coletiva em Rousseau |
title_sort |
Vontade geral e decisão coletiva em Rousseau |
author |
Reis, Cláudio Araújo |
author_facet |
Reis, Cláudio Araújo |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Reis, Cláudio Araújo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Rousseau, Jean-Jacques, 1712-1778 Democracia Decisão coletiva Vontade geral |
topic |
Rousseau, Jean-Jacques, 1712-1778 Democracia Decisão coletiva Vontade geral |
description |
Nos termos rousseaunianos, a questão fundamental sobre o que devemos fazer coletivamente (ou seja, o problema da decisão coletiva) se traduz como a questão sobre como podemos conhecer a vontade geral. Só podemos responder adequadamente a essa questão, porém, se prestarmos atenção a uma duplicidade importante no conceito de vontade geral. Rousseau usa a mesma expressão para se referir a duas coisas diferentes: às próprias decisões coletivas, consubstanciadas nas leis (a vg-decisão), e ao padrão do bem comum, em certo sentido anterior e independente das decisões coletivas, servindo como referência para elas (a vg-padrão). A questão genérica sobre como podemos vir a conhecer a vontade geral, portanto, deve ser desdobrada em duas: Como podemos vir a conhecer a vg-decisão? e Como podemos vir a conhecer a vg-padrão? Este artigo pretende identificar os elementos centrais da resposta de Rousseau a essas duas questões, elementos esses que permitem discutir sobre o sentido da concepção rousseauniana de democracia. |
publishDate |
2010 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2010 2017-12-07T04:53:21Z 2017-12-07T04:53:21Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
REIS, Cláudio Araújo. Vontade geral e decisão coletiva em Rousseau. Trans/Form/Ação, Marília, v. 33, n. 2, p. 11-34, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31732010000200003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 14 set. 2018. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31732010000200003. http://repositorio.unb.br/handle/10482/27676 http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31732010000200003 |
identifier_str_mv |
REIS, Cláudio Araújo. Vontade geral e decisão coletiva em Rousseau. Trans/Form/Ação, Marília, v. 33, n. 2, p. 11-34, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31732010000200003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 14 set. 2018. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31732010000200003. |
url |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/27676 http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31732010000200003 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista, Departamento de Filosofia |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista, Departamento de Filosofia |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UnB instname:Universidade de Brasília (UnB) instacron:UNB |
instname_str |
Universidade de Brasília (UnB) |
instacron_str |
UNB |
institution |
UNB |
reponame_str |
Repositório Institucional da UnB |
collection |
Repositório Institucional da UnB |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio@unb.br |
_version_ |
1810580878201454592 |