Prevalência do tracoma em áreas não indígenas e indígenas do estado do Maranhão, no período de 2019 a 2021

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomez, Daniela Vaz Ferreira
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49515
Resumo: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2023.
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spelling Prevalência do tracoma em áreas não indígenas e indígenas do estado do Maranhão, no período de 2019 a 2021Doenças negligenciadasTracomaMaranhão (Estado)Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2023.O tracoma é considerado uma doença tropical negligenciadas (DTN), pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e ocorre com grande carga nas populações mais vulneráveis, em termos de desigualdades sociais. A doença é um problema de saúde pública em 44 países ao redor do mundo e pode ser eliminada como problema de saúde pública por meio da implementação da estratégia SAFE, sob o acrônimo em inglês, que tem como principais componentes a realização de cirurgia (S) para corrigir a triquíase tracomatosa, o tratamento com antibiótico (A) para cura da infecção pela Chlamydia trachomatis, a lavagem facial (F) e as medidas de melhorias do meio ambiente (E). A OMS recomenda a realização de inquéritos para validar a eliminação do tracoma como problema de saúde pública e os indicadores de eliminação preconizados são: prevalência de tracoma inflamatório folicular inferior a 5% em crianças de 1 a 9 anos de idade, prevalência de triquíase tracomatosa desconhecida pelo sistema de saúde inferior a 2 por 1.000 habitantes na população de 15 anos ou mais de idade e um sistema de saúde provido de recursos e com estratégias definidas para identificar e atender os casos incidentes de triquíase tracomatosa. Para verificar se as metas de eliminação foram atingidas, o Ministério da Saúde realizou o inquérito em áreas não indígenas e indígenas do país, entre 2018 e 2023. O objetivo desse estudo foi estimar a prevalência do tracoma em populações não indígenas e indígenas de determinadas áreas do estado do Maranhão que fizeram parte do inquérito nacional e analisar as questões sociodemográficas e ambientais. Foi desenvolvido um estudo observacional transversal de base populacional com amostragem probabilística. Para a seleção da unidade de avaliação (UA) não indígena, foi considerada a mesorregião homogênea com pelo menos um município de risco ao tracoma e considerados igualmente indicadores de pobreza e saneamento. Para a seleção da UA indígena foi considerado o Distrito Sanitário Especial Indígena do Maranhão (DSEI-MA) devido ao tamanho da população e a proximidade com a unidade de avaliação não indígena, possibilitando a comparação. Todos os moradores de um ano ou mais de idade foram recrutados e examinados para tracoma. Na unidade de avaliação não indígena foram examinadas 3.094 pessoas e identificado 1 caso de tracoma inflamatório folicular e 1 caso de triquíase tracomatosa e na unidade de avaliação indígena foram examinadas 4.161 pessoas e identificados 46 casos de tracoma inflamatório folicular e 7 casos de triquíase tracomatosa. O coeficiente de prevalência de tracoma inflamatório folicular (TF) na unidade de avaliação Leste Maranhense e DSEI-MA foram de 0,13% (IC95%: 0,00– 0,39%, n=1) e 2,94% (IC95%: 1,43–4,97, n=46), respectivamente e a prevalência de triquíase tracomatosa na UA DSEI-MA foi de 0,12%. As maiores frequências de tracoma inflamatório folicular estavam localizadas em locais com precariedade de saneamento. As prevalências nas duas unidades de avaliação estão dentro dos limites preconizados para a eliminação, contudo a prevalência de tracoma inflamatório folicular foi mais alta na unidade de avaliação DSEI-MA e indicou maior vulnerabilidade dessa população para a transmissão do tracoma.Trachoma is considered a neglected tropical disease (NTD) by the World Health Organization (WHO) and affects the most vulnerable populations in terms of social inequalities. The disease is a public health problem in 44 countries around the world and can be eliminated as a public health problem through the implementation of the SAFE strategy, under the acronym in English, which has as its main components the performance of surgery (S) to correct trachomatous trichiasis (TT), antibiotic treatment (A) to cure Chlamydia trachomatis infection, face wash (F) and environmental improvement measures (E). WHO recommends carrying out surveys to validate the elimination of trachoma as a public health problem and the recommended elimination indicators are: prevalence of follicular inflammatory trachoma below 5% in children aged 1 to 9 years, prevalence of unknown trachomatous trichiasis by the health system of less than 2 per 1,000 inhabitants in the population aged 15 years and over and a health system equipped with resources and with defined strategies to identify and respond to incident cases of trachomatous trichiasis. To verify whether the elimination targets were met, the Ministry of Health carried out the survey in non-indigenous and indigenous areas of the country, between 2018 and 2023. The aim of this study was to estimate the prevalence of trachoma in non-indigenous and indigenous populations in certain areas from the state of Maranhão that were part of the national survey and analyze sociodemographic and environmental issues. A population-based cross sectional observational study with probabilistic sampling was developed. For the selection of the non-indigenous evaluation unit (EU), the homogeneous mesoregion with at least one municipality at risk of trachoma and indicators of poverty and sanitation were also considered. For the selection of the indigenous EU, the Special Indigenous Sanitary District of Maranhão (Dsei-MA) was considered due to the size of the population and the proximity to the non-indigenous evaluation unit, allowing comparison. All residents aged one year or older were recruited and screened for trachoma. In the non-indigenous evaluation unit, 3,094 people were examined and 1 case of follicular inflammatory trachoma and 1 case of trachomatous trichiasis were identified, and in the indigenous evaluation unit 4,161 people were examined and 46 cases of follicular inflammatory trachoma and 7 cases of trachomatous trichiasis were identified. The prevalence coefficients of follicular inflammatory trachoma (TF) in the Leste Maranhense and Dsei-MA assessment units were 0.13% (95%CI: 0.00–0.39%, n=1) and 2.94% (95%CI: 1.43–4.97, n=46), respectively, and the prevalence of trachomatous trichiasis in the UA Dsei-MA was 0.12%. The highest frequencies of follicular inflammatory trachoma were located in places with poor sanitation. The prevalences in the two assessment units are within the recommended limits for elimination, however the higher prevalence of follicular inflammatory trachoma in the Dsei-MA assessment unit indicates greater vulnerability of this population to the transmission of trachoma.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Mestrado ProfissionalizanteZimmermann, Ivan RicardoGomez, Daniela Vaz Ferreira2024-08-05T17:14:14Z2024-08-05T17:14:14Z2024-08-052023-03-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGOMEZ, Daniela Vaz Ferreira. Prevalência do tracoma em áreas não indígenas e indígenas do estado do Maranhão, no período de 2019 a 2021. 2023. 105 f., il. Dissertação (Mestrado Profissionalizante em Saúde Coletiva) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023.http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49515porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-08-28T20:07:56Zoai:repositorio.unb.br:10482/49515Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-08-28T20:07:56Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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