E agora, escola? Desafios de uma gestora na luta por uma educação antirracista.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEB |
Texto Completo: | https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5457 |
Resumo: | Esta pesquisa versa sobre as escrevivências na gestão escolar, pela luta pela educação antirracista. Trata-se de um anseio que nasceu no contexto de uma escola pública estadual, localizada no Território do Sisal e se estende para outras escolas do território através da conversa com professoras e gestores/as e para além do estado da Bahia, a partir de conversas virtuais na Rede Combinamos de Escreviver, ampliando o lócus virtual da pesquisa para profissionais de educação para Rio de Janeiro e São Paulo. Seu principal objetivo foi compreender como docentes e gestores/as escolares se mobilizam em prol de uma educação antirracista no cotidiano escolar. O presente estudo assume a conversa como metodologia de pesquisa (Sampaio; Ribeiro, Souza, 2018), faz a leitura do genocídio da juventude negra acionando o conceito de necropolítica (Mbembe, 2020), discute racismo a partir de Silvio Almeida (2019) e Franz Fanon (2020), enquanto o debate sobre currículo e educação antirracista é fundamentado nos estudos de Iris Verena Oliveira (2019; 2022) Esta pesquisa teve como operador teórico e metodológico as "escrevivências” de Conceição Evaristo (2020), que permitiram narrar minhas vivências como professora e gestora, ao tempo em que exerci a “escrita de nós” em diálogo com profissionais de educação da Rede Combinamos de Escreviver e com gestoras do Território do Sisal. Esta pesquisa foi direcionada para o modo como gestores/as e docentes são afetados/as pelas questões étnico-raciais nas escolas, reconhecendo o papel da escola como braço do Estado na produção da necroeducação (Costa; Martins; Silva, 2020). Entre gestores/as prevaleceu o silenciamento e a estratégia de mudar de assunto, nos diálogos sobre racismo, o que foi compreendido como uma fuga das dores que o mesmo provoca. Já as/os docentes pesquisadas/os demonstraram maior envolvimento com a questão, descrevendo ações que já acontecem em suas escolas e a importância da parceria para isso, o que lhes fez aceitar o desafio de compor a Rede Combinamos de Escreviver. A proposta de intervenção ocorreu a partir da conversa mobilizada por cartas entre gestoras, o que possibilitará a construção da coletânea com os textos ficcionais, que serão produzidos no último encontro, apontando para possibilidades de fabular outros futuros possíveis, para a juventude negra (Hartman, 2022). |
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E agora, escola? Desafios de uma gestora na luta por uma educação antirracista.And Now, School? Challenges of a Manager in the Fight for an Anti-Racist EducationEscrevivência;gestão escolar;educação antirracista;genocídio;juventude negra.Esta pesquisa versa sobre as escrevivências na gestão escolar, pela luta pela educação antirracista. Trata-se de um anseio que nasceu no contexto de uma escola pública estadual, localizada no Território do Sisal e se estende para outras escolas do território através da conversa com professoras e gestores/as e para além do estado da Bahia, a partir de conversas virtuais na Rede Combinamos de Escreviver, ampliando o lócus virtual da pesquisa para profissionais de educação para Rio de Janeiro e São Paulo. Seu principal objetivo foi compreender como docentes e gestores/as escolares se mobilizam em prol de uma educação antirracista no cotidiano escolar. O presente estudo assume a conversa como metodologia de pesquisa (Sampaio; Ribeiro, Souza, 2018), faz a leitura do genocídio da juventude negra acionando o conceito de necropolítica (Mbembe, 2020), discute racismo a partir de Silvio Almeida (2019) e Franz Fanon (2020), enquanto o debate sobre currículo e educação antirracista é fundamentado nos estudos de Iris Verena Oliveira (2019; 2022) Esta pesquisa teve como operador teórico e metodológico as "escrevivências” de Conceição Evaristo (2020), que permitiram narrar minhas vivências como professora e gestora, ao tempo em que exerci a “escrita de nós” em diálogo com profissionais de educação da Rede Combinamos de Escreviver e com gestoras do Território do Sisal. Esta pesquisa foi direcionada para o modo como gestores/as e docentes são afetados/as pelas questões étnico-raciais nas escolas, reconhecendo o papel da escola como braço do Estado na produção da necroeducação (Costa; Martins; Silva, 2020). Entre gestores/as prevaleceu o silenciamento e a estratégia de mudar de assunto, nos diálogos sobre racismo, o que foi compreendido como uma fuga das dores que o mesmo provoca. Já as/os docentes pesquisadas/os demonstraram maior envolvimento com a questão, descrevendo ações que já acontecem em suas escolas e a importância da parceria para isso, o que lhes fez aceitar o desafio de compor a Rede Combinamos de Escreviver. A proposta de intervenção ocorreu a partir da conversa mobilizada por cartas entre gestoras, o que possibilitará a construção da coletânea com os textos ficcionais, que serão produzidos no último encontro, apontando para possibilidades de fabular outros futuros possíveis, para a juventude negra (Hartman, 2022).This research is about “writinglivings” in school management, in the fight for anti-racist education. This is a desire that was born in the context of a state public school, located in the Sisal Territory and extends to other schools in the territory through conversations with teachers and managers and beyond the state of Bahia, based on conversations virtual activities on the Rede Combinamos de Escreviver, expanding the virtual locus of research for education professionals to Rio de Janeiro and São Paulo. Its main objective was to understand how teachers and school managers mobilize in favor of anti-racist education in everyday school life. The present study adopts conversation as a research methodology (Sampaio; Ribeiro, Souza, 2018), reads the genocide of black youth using the concept of necropolitics (Mbembe, 2020), discusses racism based on Silvio Almeida (2019) and Franz Fanon (2020), while the debate on anti-racist curriculum and education is based on the studies of Iris Verena Oliveira (2019; 2022). This research had as its theoretical and methodological operator the "writinglivings" of Conceição Evaristo (2020), which allowed me to narrate my experiences as a teacher and manager, at the time when I exercised the “writing of us” in dialogue with education professionals from the Rede Combinamos de Escreviver and with managers from the Sisal Territory. This research was directed to the way in which managers and teachers are affected by ethnic-racial issues in schools, recognizing the role of the school as an arm of the State in the production of necroeducation (Costa; Martins; Silva, 2020). Among managers, silence and the strategy of changing the subject prevailed, in dialogues about racism, which was understood as an escape from the pain that it causes. The teachers surveyed demonstrated greater involvement with the issue, describing actions that already take place in their schools and the importance of partnership for this, which made them accept the challenge of composing the Rede Combinamos de Escritover. The intervention proposal occurred from the conversation mobilized by letters between managers, which will enable the construction of the collection of fictional texts, which will be produced at the last meeting, pointing to possibilities of creating other possible futures for black youth. (Hartman, 2022)Pedro Márcio Pinto de OliveiraPrograma de Pós-Graduação em Educação e DiversidadeOliveira, Iris Verena Santos de Silva, Paulo de Tássio Borges daLeal, Ione Oliveira JatobáPereira, Isabelle SanchesCosta, Valdemara Souza de Oliveira2024-05-29T14:55:06Z2024-05-29T14:55:06Z2023-09-28info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfCOSTA, Valdemara Souza de Oliveira. E agora, escola? Desafios de uma gestora na luta por uma educação antirracista. Orientadora: Iris Verena Santos de Oliveira. 2023. 144f. Dissertação (Mestrado) - Departamento de Educação, Campus XIV, Universidade do Estado da Bahia, Conceição do Coité, 2023.https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5457porinfo:eu-repo/semantics/openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/reponame:Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEBinstname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB)instacron:UNEB2024-06-13T11:14:46Zoai:saberaberto.uneb.br:20.500.11896/5457Repositório InstitucionalPUBhttps://saberaberto.uneb.br/server/oai/requestrepositorio@uneb.br || sisb@uneb.bropendoar:2024-06-13T11:14:46Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEB - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)false |
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