Brasil História. Texto e Contexto. I. Colônia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Iglésias, Francisco
Data de Publicação: 1977
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de História (São Paulo)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/75717
Resumo: MENDES JR, Antônio; RONCARI, Luiz e MARANHÃO, Ricardo. Brasil História. Texto e Contexto. I. Colônia. São Paulo: Editora Brasiliense, 1976, 300p.(primeiro parágrafo do artigo)Aparece mais uma obra de síntese de História do Brasil, escrita por três jovens historiadores, planejada em quatro volumes. Como toda iniciativa do gênero, pretende ter originalidade, que consiste no abandono da perspectiva tradicional o que domina ainda a produção da totalidade da historiografia nativa, no arrolamento de governos e fatos considerados importantes: adota em seu lugar a busca do que é essencial e com o destaque da participação do povo, personagem ausente naquelas obras, nas quais é objeto de simples referência, não protagonista. Esta pretende ter o povo como o principal personagem, girando em torno dele a narrativa, com sua participação: ele não é só referido, mas é o protagonista, motor do processo do desenvolvimento brasileiro ao longe de sua História, que neste volume compreende a Colônia. Os autores não explicam a periodização empregada, que parece será a convencional, com volumes sobre a Colônia, o Império, a República Velha e Contemporâneo. Não é rigidamente convencional, no entanto, pois o presente volume termina com o período de Pombal, deixando as duas últimas décadas do século XVIII para o seguinte. Parece-nos que há sentido no critério adotado, pois a contar daí assiste-se à crise do sistema colonial, que se traduz em tentativas do administrador de recuperar o domínio americano, enquanto este se vê envolvido em lutas contínuas — as conjurações de 1789 a 1817 —, que culminam com o movimento de 1822. É razoável ligar o período ao Império, que a ruptura política que então se verifica não tem profundidade e pode evidenciar o Estado nacional como herdeiro direto da ordem antiga, inclusive no que tem de obsoleto e anti-funcional. 
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