Conhecimento de cirurgiões-dentistas sobre a relação entre disfunção temporomandibular e fatores oclusais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ARAÚJO,Italo Ronny Sales
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: DA SILVEIRA,Arthur Silva, CARDOSO,Mayra, TANNURE,Patricia Nivoloni
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Odontologia da UNESP
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-25772019000100438
Resumo: Resumo Introdução As evidências científicas atuais têm demonstrado que o tratamento para disfunção temporomandibular deve seguir uma abordagem conservadora e adaptada ao estado psicossocial do paciente. Entretanto, tratamentos visando às alterações oclusais foram utilizados durante anos pelos cirurgiões-dentistas e o abandono destes paradigmas é essencial para o desenvolvimento da Odontologia. Objetivo Objetivou-se avaliar o conhecimento de cirurgiões-dentistas (CD) sobre a relação entre disfunção temporomandibular (DTM) e fatores oclusais. Material e método Foi enviado, por e-mail, um questionário previamente publicado para os CD registrados no Conselho Regional de Odontologia do Piauí, Brasil (n = 2.500) com dados sobre o profissional, sua formação e seu conhecimento sobre DTM e fatores oclusais. O consenso da literatura atual, “padrão-ouro”, foi comparado com as respostas obtidas. Os dados foram analisados descritivamente e através dos testes qui-quadrado e odds ratio (p<0,05). Resultado Quinhentos e cinco CD responderam e 434 compuseram a amostra. A maioria dos participantes era mulher (72,3%), com 7,2 (±6,63) anos de formados, e trabalhava no setor público-privado (39,0%). Os CD foram divididos em dois grupos: GEsp.: especialistas em DTM, Prótese Dentária e/ou Ortodontia (n=234) e GClín.: clínicos gerais e demais especialistas (n=200). GEsp. e GClín. apresentaram respostas similares para a metade das perguntas. Quatro (de seis) perguntas foram respondidas em desacordo com o padrão-ouro: fatores oclusais, interferências em lado de não trabalho, terapia ortodôntica e ajuste oclusal mostraram ser assuntos pouco conhecidos. GEsp. apresentou maior conhecimento com diferença significativa em relação a GClín. acerca da DTM e das interferências oclusais [odds ratio = 2,341 (1,305-4,202), p=0,004]. Conclusão Pode-se concluir que os CD da amostra estudada apresentaram deficiências acerca do conhecimento da relação entre DTM e fatores oclusais. Especialistas em DTM, Prótese Dentária e/ou Ortodontia não demonstraram um maior nível de conhecimento quando comparados aos demais.
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