«O PRIMEIRO BEIJO»: SOBRE A ORIGEM DA FILOSOFIA NOS FICHTE-STUDIEN DE NOVALIS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Filosofia da UNESP |
Texto Completo: | http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/6018 |
Resumo: | Fruto de longa maturação filosófica desde a sua estada em Jena, e instado a isso pelasinfluências de Karl L. Reinhold e Johann G. Fichte, o poeta Novalis produz, a partir do outonode 1795, um conjunto de anotações fragmentárias sobre a filosofia de Fichte, hoje conhecidascomo Fichte-Studien. De entre os importantes temas aí abordados, um revela-se particularmenteinteressante: o tema do estatuto da Filosofia no seio do problema da autocompreensão do Eu –, e maisconcretamente, o necessário pensar da filosofia sobre si própria, as alterações que no processo têm desobrevir à própria filosofia e a repercussão disto na compreensão de si próprio do Eu. Nesta senda, oseguinte ensaio propõe-se mostrar como, para Novalis, a filosofia é o natural pensar do homem, e comopara além disto é a própria filosofia, com o decorrer do seu pensamento sobre si própria, que molda ocurso da compreensão de si próprio do Eu: quer tendo com o Eu uma origem comum, nascendo comele, lançando-o para o mundo e cindindo a união originária em que ele de outro modo sempre estaria,quer, por fim, afirmando-se como carência deste, ou como algo por que o Eu e a própria filosofia têmde passar no seu curso, para que possam experienciar a perda, e almejar à recuperação dessa origem. |
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«O PRIMEIRO BEIJO»: SOBRE A ORIGEM DA FILOSOFIA NOS FICHTE-STUDIEN DE NOVALISFruto de longa maturação filosófica desde a sua estada em Jena, e instado a isso pelasinfluências de Karl L. Reinhold e Johann G. Fichte, o poeta Novalis produz, a partir do outonode 1795, um conjunto de anotações fragmentárias sobre a filosofia de Fichte, hoje conhecidascomo Fichte-Studien. De entre os importantes temas aí abordados, um revela-se particularmenteinteressante: o tema do estatuto da Filosofia no seio do problema da autocompreensão do Eu –, e maisconcretamente, o necessário pensar da filosofia sobre si própria, as alterações que no processo têm desobrevir à própria filosofia e a repercussão disto na compreensão de si próprio do Eu. Nesta senda, oseguinte ensaio propõe-se mostrar como, para Novalis, a filosofia é o natural pensar do homem, e comopara além disto é a própria filosofia, com o decorrer do seu pensamento sobre si própria, que molda ocurso da compreensão de si próprio do Eu: quer tendo com o Eu uma origem comum, nascendo comele, lançando-o para o mundo e cindindo a união originária em que ele de outro modo sempre estaria,quer, por fim, afirmando-se como carência deste, ou como algo por que o Eu e a própria filosofia têmde passar no seu curso, para que possam experienciar a perda, e almejar à recuperação dessa origem.TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de FilosofiaTRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia2016-06-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/6018TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; Vol 39 No 02 (2016)TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia; v. 39 n. 02 (2016)0101-31730101-3173reponame:Revista de Filosofia da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporhttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/article/view/6018/4024SILVA, Fernando Manuel Ferreira dainfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-08-04T10:42:41Zoai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/6018Revistahttp://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/transformacao/oai1980-539X0101-3173opendoar:null2020-08-04 10:42:42.092Revista de Filosofia da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Fruto de longa maturação filosófica desde a sua estada em Jena, e instado a isso pelasinfluências de Karl L. Reinhold e Johann G. Fichte, o poeta Novalis produz, a partir do outonode 1795, um conjunto de anotações fragmentárias sobre a filosofia de Fichte, hoje conhecidascomo Fichte-Studien. De entre os importantes temas aí abordados, um revela-se particularmenteinteressante: o tema do estatuto da Filosofia no seio do problema da autocompreensão do Eu –, e maisconcretamente, o necessário pensar da filosofia sobre si própria, as alterações que no processo têm desobrevir à própria filosofia e a repercussão disto na compreensão de si próprio do Eu. Nesta senda, oseguinte ensaio propõe-se mostrar como, para Novalis, a filosofia é o natural pensar do homem, e comopara além disto é a própria filosofia, com o decorrer do seu pensamento sobre si própria, que molda ocurso da compreensão de si próprio do Eu: quer tendo com o Eu uma origem comum, nascendo comele, lançando-o para o mundo e cindindo a união originária em que ele de outro modo sempre estaria,quer, por fim, afirmando-se como carência deste, ou como algo por que o Eu e a própria filosofia têmde passar no seu curso, para que possam experienciar a perda, e almejar à recuperação dessa origem. |
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