A VARIAÇÃO NAS TERMINOLOGIAS PELA PERSPECTIVA COGNITIVA: O CASO DA FAUNA E DA FLORA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins,Sabrina de Cássia
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Trabalhos em Lingüística Aplicada (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132022000100060
Resumo: RESUMO A virada do século traz à tona o consenso de que as terminologias refletem a dinamicidade e a complexidade que envolve a estruturação do sistema conceitual, além das particularidades de conceituação associadas à língua, à cultura e ao grupo sócioprofissional. A concepção de que as unidades lexicais especializadas são signos linguísticos e, portanto, componentes do léxico de uma língua natural implica no reconhecimento de que tais itens estão sujeitos aos mesmos fatores que atuam na formação das palavras que permeiam os discursos cotidianos (CABRÉ, 1999). O presente estudo aborda a terminologia da fauna (Zoologia - Vertebrados) e da flora (Botânica - Angiospermas), cujos dados derivam de pesquisas anteriores (MARTINS, 2013; 2017) que examinaram a denominação em língua portuguesa de aproximadamente duzentas espécies. Com efeito, em tal área do conhecimento, paralelamente aos nomes científicos coexistem as formas semicientíficas, adaptadas à língua vernácula, e as formas vernáculas, isto é, nomes comuns variáveis de acordo com as línguas e que representam a riqueza vocabular de cada cultura (GARRIDO, 2000). No que tange às formas vernáculas, essas são aqui categorizadas como variantes denominativas (FREIXA, 2002; 2005), segundo a Teoria Comunicativa da Terminologia (CABRÉ, 1999), para a qual o fenômeno da variação é um dos princípios inerentes à análise dos termos. Em suma, a formação da terminologia em apreço revela os diferentes pontos de vista aos quais os animais e as plantas podem ser submetidos, decorrendo portanto de fatores internos ao ser humano, isto é, psicocognitivos, e contribuindo para o conceito de variantes denominativas com consequências cognitivas (CABRÉ, 2003;2008; FERNÁNDEZ-SILVA, 2010; 2013).
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