OCORRÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA DE INSETOS DA ORDEM SIPHONAPTERA (PULGAS) DA SUPERFÍCIE CORPORAL DE CÃES NA CIDADE DE MARINGÁ, PARANÁ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PICOLI, Fabricia Mateus
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: REDIN, Alana Giselle Serraglio, LEONARDO, Jussara Maria Leite Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7133
Resumo: Pulgas são insetos ectoparasitas obrigatórios espécie-específicos, porém na ausência do hospedeiro primário e impelidas pela necessidade de realizar hematofagia, podem parasitar outros animais considerados alternativos (DRYEDEN, 1994). Um outro fator que pode levar à troca do hospedeiro, está relacionado às condições climáticas do local, como por exemplo a presença de pulgas específicas dos gatos, parasitando cães e outros animais de regiões de clima quente (CARRERA, 1991). Pulgas são vetores biológicos de várias doenças em aves e mamíferos, como a Pulex irritans dos humanos, transmissora do cestódeo Hymenolepis; Ctenocephalides canis dos canídeos, Ctenocephalides felis dos felídeos, transmissoras do cestódeo Dipylidium caninum; Xenopsylla cheps dos roedores, transmissora da Peste Bubônica (FORTES, 1987) e Hantavirose (CORTES, 1993); Echidnophaga gallinacea das aves, transmissora da Encefalomielite Eqüina, Anemia Infecciosa das Aves (BERCHIERI Jr. e MACARI, 2000). As espécies mais encontradas em cães e gatos são C. felis felis do gato, C. canis do cão e Pullex irritans do homem. Inúmeras pesquisas em cães de todo o Brasil, relataram a ocorrência elevada de até 100,0% de C. felis felis, seguida de zero a 30,0% de ocorrência de C. canis, bem como de zero a 6% de Pullex. Este trabalho objetivou avaliar a distribuição e estacionalidade destes ectoparasitas na cidade de Maringá. As pulgas foram coletadas mensalmente e fixadas em bálsamo do Canadá, mantidas em lâminas permanentes para avaliação em microscópio ótico. Foram posteriormente identificadas 262 pulgas, sendo 237 C. felis felis (90,0%) e 25 C. canis (10,0%). A ocorrência de C. felis felis em 7 dos 12 meses do ano foi de 100% e de C. canis em julho, agosto e dezembro de 2004, e ainda janeiro e maio de 2005 foi de: 13,4%, 5,26%, 20,0%, 20,0% e 25,0% respectivamente. O parasitismo mais intenso ocorreu pela presença de C. felis em relação ao C. canis, confirmando assim a preferência de C. felis por ambientes mais quentes do que a C. canis. Esta é a tendência climática média na cidade de Maringá, durante a maior parte dos meses do ano. Foi avaliado também o sexo das pulgas encontradas, confirmando-se assim maior intensidade do hematofagismo das fêmeas em decorrência da grande necessidade de mobilização de nutrientes para as suas funções reprodutivas.
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