PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA CANDIDÍASE VULVOVAGINAL RECORRENTE EM PACIENTES ATENDIDAS NUMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE MARINGÁ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GIACOMETTI JUNIOR, Jorge
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: KRUPP, Taciane Aline, FERREIRA, Adriano Araujo, VIVIAN, Carla Renata, STELUTI, Pedro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7237
Resumo: As vulvovaginites recorrentes constituem-se em afecções que acompanham as mulheres sexualmente ativas, desde que foram feitos os primeiros relatos históricos sobre os problemas ginecológicos. Este trabalho tem como objetivo realizar um levantamento biliográfico sobre o perfil epidemiológico das mulheres portadoras de candidíase vulvovaginal recorrente. Considera-se as vulvovaginites como um problema universal, afetando milhares de mulheres em todo o mundo. Vários autores descrevem a Cândida sp. como o principal agente etiológico da vulvovaginite recorrente (VVR), sendo este fungo o principal responsável por esta afecção em toda Europa. Em um monitoramento realizado através de relatórios anuais em clínicas de DST na Inglaterra, entre 1971 e 1981, observou-se um aumento significativo no número de casos de VVR de 28% para 37%, ao passo que na Itália, foi encontrado uma prevalência de 34,1% de culturas positivas para Candida sp. em triagem realizada com 2043 pacientes atendidas no ambulatório de Ginecologia da Universidade de Pádua. Em um estudo transversal realizado no Brasil, entre 1998 e 1999, foram avaliadas 205 mulheres atendidas no ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade do Espírito Santo, sendo encontrada uma prevalência de 25% de candidíase vulvovaginal entre as pacientes assintomáticas e 60% entre as que apresentavam sintomas de vulvovaginite. A candidíase vulvovaginal é caracterizada por inflamação verdadeira da vagina devido à infecção por Candida sp. Incluem-se neste espectro pacientes com ou sem sintomas cujo diagnóstico foi estabelecido por cultura positiva de secreção vaginal. Alguns microbiologistas supõem que a Candida possa ser encontrada na vagina, sem causar sintomas, fazendo parte da sua flora normal. Estima-se que cerca de 75% das mulheres adultas apresentem pelo menos um episódio de vulvovaginite fúngica em sua vida e ainda que cerca de 40% a 50% vivencie um episódio desta afecção. As causas que levam uma mulher a desenvolver episódios agudos “recorrentes” de vulvovaginites são incertas. Alguns dos fatores que podem predispor a candidíase vaginal são: diabetes mellitus, o uso de corticosteróides, de anticoncepcionais orais, gravidez. Dada a relevância e implicações dos dados citados anteriormente, torna-se de suma importância o conhecimento sobre VVR causada por Cândida para os profissionais da saúde, tendo em vista que os mesmos poderão com este conhecimento, orientar de maneira correta suas pacientes, melhorando com isso a qualidade de vida das mesmas.
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