Sentido, dialogismo e cena enunciativa em Pessach: a travessia, romance de Carlos Heitor Cony

• Autor(a) principal: Borges, Marilurdes Cruz
• Data de Publicação: 2008
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
• Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/864
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA; Dialogismo; Cronotopo; Ideologia; Transformação

No presente trabalho de pesquisa, propôs-se uma reflexão sobre o conceito de dialogismo bakhtiniano, tomando como corpus, o romance Pessach: a travessia, de Carlos Heitor Cony, especialmente as cenas enunciativas que construíram o tecido histórico-social representado e refratado pela obra e também a formação/transformação do sujeito/herói na narrativa. A fim de entender o poder dialógico da linguagem como mecanismo de persuasão e manipulação sobre o sujeito, selecionou-se cenas enunciativas representativas dos conflitos ideológicos de que o sujeito/herói, participa, por meio das interações verbais, refutando ou incorporando as vozes alheias. Analisou-se como tais vozes vão transformando a consciência ideológica do sujeito, de neutra e descomprometida a consciente, impulsionando-o a realizar “a travessia”, sua transformação: ação e comprometimento social. Destacou-se também, como fator relevante para a transformação do sujeito, o estudo do cronotopo, pois, o tempo histórico representado no romance, década de 1960, coincide com o tempo de ditadura no Brasil, o que instigava o conflito de ideologias, que permeavam a consciência do sujeito/herói. Verificou-se que não só o tempo histórico mas também o tempo vivido pelo sujeito, associado aos espaços pelos quais transitou, foram determinantes para sua “travessia”, para sua transformação. Palavras-chave: dialogismo; cronotopo; ideologia; transformação